A campanha política em São Miguel do Oeste está linda de “ouver”, quer dizer, de ouvir e ver. Os candidatos da situação, que são três, dois titulares e um reserva, deram para fazer campanha juntos, ao melhor estilo de jogo entre compadres. Qualquer um que vença, fica mesmo na sua casa. Nenhum deles se sentirá derrotado, pois estão juntos desde 2013, e assim continuarão, prometendo e mentindo como é seu DNA.
Não
é o caso desta coluna e deste colunista, que antes mesmo do lançamento das
candidaturas, previu sinais de que haveria uma falsa dispersão com o objetivo
de confundir o eleitor e caso necessário depositar os ovos num mesmo ninho. Isto
já está acontecendo de forma subliminar.
De
lamentar apenas o envolvimento de pessoas que não possuem índole para a
enganação e a mentira, que entraram inocentemente neste jogo sujo. Mas como a
vida é a melhor escola, este aprendizado deverá despertar a consciência e a
exposição da realidade da política de São Miguel do Oeste. Uma lástima.
Por
outro lado, surge uma candidatura bancada pelos heróis da resistência, pelos
excluídos assustados pelo rufar dos tambores e pancadas dos cassetetes, que não
puderam expelir seu “grito” no desfile do dia 7 de Setembro. Como consolo, a
perspectiva que no dia dois de outubro, as urnas expeçam o resultado da
persistência inflamada pela voz do povo.
AULA
MAGNA
Um ex professor universitário de São Miguel
do Oeste que foi guindado à condição de reitor, chegando a usar “vestes talares
reitorais”, símbolo de poder e de posição hierárquica, e também ocupou posição
na política local, entendeu de gravar uma aula magna através do WhatsApp para
“ensinar” o eleitor Migueloestino a votar.
Seu
ensinamento resumiu-se à formulação de três perguntas e três respostas
próprias, formuladas com o sentido de avaliar a vida pregressa dos candidatos a
prefeito e vice de São Miguel do Oeste, de modo que as respostas alijassem da
disputa três candidatos indesejáveis e seus vices e privilegiassem os de sua
preferência.
Até aí,
tudo bem. Qualquer cidadão pode manifestar sua preferência de forma pública. No
entanto, dito catedrático é alto dirigente de uma instituição que é sustentada
pela classe empresarial do comércio, que mensal e compulsoriamente contribui
para o conhecido sistema “s” (Sesc, Senac e Sebrae) com um percentual sobre a
contribuição social incidente na folha de pagamento das empresas.
Não parece crível que a remuneração
de referido dirigente seja para ministrar aulas sobre a maneira de votar
corretamente para prefeito. Também a um colunista de banheiro como este reles
escriba, não parece prudente que, na ânsia de direcionar o raciocínio para o
candidato de sua preferência, referido catedrático, usando ou não as vestes
talares reitorais, tenha excluído de sua preferência pelo menos quatro
empresários que mensalmente e compulsoriamente ajudam a pagar seu polpudo
salário. Voltando à linguagem popular: “sujou o coxo onde bebe”!
OS DONOS DAS OBRAS
No
início desta reles coluna, consta que a atual campanha política está linda de
se “ouver”, de ouvir e ver. O asfaltamento da estrada que liga a Linha
Cruzinhas ao Bairro Salete, passando pela Barra do Guamerim, Alto Guamerim e
Linha Emboabas, vem sendo disputado a faconaços e foiçadas pelos candidatos a
prefeito do PSD e do PMDB, este último representado pelo escudeiro coraçãozinho
de criança.
Convém
alertar a população beneficiada por esta estrada que tomem cuidado. Se
continuarem cada um puxando para o seu lado, correm o risco de inutilizar a
estrada, partindo-a ao meio. Nesse caso, tal estrada terá duas entradas e
nenhuma saída.
Sarcasmos
à parte, a estrada foi construída com dinheiro do povo vindo do Governo Federal
do PT que alguns odeiam. Mesmo assim querem ser pais da criança. Pais do
asfalto.
Tem
também dinheiro do Fundo Social do Estado, retirado do ICMS, onde 25% foi
roubado dos municípios catarinenses. No caso de São Miguel do Oeste, os dois
candidatos contendores que querem ser os donos da obra, nem sabem dessa manobra
do governador, e se acaso sabem, lançam uma cortina de fumaça para esconder a
safadeza.
ENGRAÇADO:
1) por que ninguém quer ser pai da reforma do Colégio São Miguel? Será porque é
o filho bastardo do atual governo do Estado, da Secretaria (cabide de empregos)
Regional e da Prefeitura? 2) Por que ninguém quer ser pai da estação de
tratamento de água do Bairro Progresso? Será porque o poço secou? Ou será por
falta de pagamento do aluguel! Ah, ia esquecendo: o aluguel foi transferido
para a Secretaria da Educação, da Saúde e Farmácia. Aí rende mais... para dois.
O povo que se ...
SEMENTINHAS
Caros Leitores desta
coluna: vocês sabem o que são “sementinhas”? Pois eu lhes digo: sementinhas são
aqueles indivíduos que o PMDB e seus aliados plantam nos outros partidos para
que cresçam e se tornem dependentes.
Isso
começou ainda no período da ditadura militar, por obra e graça do general
Golbery do Couto e Silva, auxiliado por Tancredo Neves. Tancredo organizou uma
dissidência na ARENA, fundando o PP (Partido Popular). Feito isso, o PP cantou
como uma sereia e o MDB, encantado, abraçou a sereia. O “P” do antigo MDB, vem
do Partido Popular. Daí para frente, o PMDB nunca mais se entendeu. Dele saíram
vários outros partidos. Ficou surfando sobre as ondas dos outros.
Voltando
às sementinhas, a prática ficou no DNA do PMDB. Aqui em São Miguel do Oeste,
têm ramificações ou tentáculos em quase todos os partidos. Querem nomes,
endereços e CPFs? Ponham vossos cérebros para funcionar!