sexta-feira, 29 de maio de 2020

EMPRESÁRIOS ACOVARDADOS - 29.05.2020


EMPRESÁRIOS SABEM QUE NÃO HÁ SAÍDA PARA BOLSONARO MAS ESTÃO ACOVARDADOS - 754 - 29.05.2020

Publicado por  Moisés Mendes em 29 de maio de 2020
     Se o Brasil não tivesse se transformado num país de acovardados, que assistiu à ascensão do fascismo sem nenhuma reação política articulada, as agressões da família Bolsonaro contra o Supremo seriam encerradas nos próximos dias. Não passariam de maio.
Mas isso só aconteceria se o Brasil tivesse entidades liberais fortes, conservadoras mas vigorosas, e não arremedos de organizações empresariais e assemelhadas, quase todas golpistas.
O empresariado brasileiro (muito bem sentado no esquema mafioso de patrocínios de Fake News) não é apenas caroneiro do fascismo, é seu sócio e seu aliado político.
Há muito tempo esvaiu-se a dúvida em torno do caráter do apoio que o capitalismo brasileiro dá aos Bolsonaros. Não só o ‘capitalismo’ agrário e arcaico, mas o capitalismo da Avenida Paulista.
Fomentou-se como diversão a falsa dúvida sobre a ambição pragmática do empresariado pós-golpe de agosto de 2016.
Se estavam apenas tirando proveito da situação, para que Paulo Guedes conduzisse as reformas em paz, ou se a índole desse capitalismo era mesmo antidemocrático.
Vai sendo provado que o caráter dos empreendedores nacionais, de todos os calibres, é mais do que conservador, mais do que reacionário, é entreguista, negacionista, imediatista, oportunista.
Pegue-se um pensador da direita, e não alguém de esquerda, que seria logo desqualificado pelo empresariado, que reflita sobre a adesão do empresariado à extrema direita.
Pegue-se o que diz Demétrio Magnoli, que pergunta há muito tempo, a partir da situação que vivemos, se é verdade que, para ser liberal, o capitalismo brasileiro precisa suprimir a democracia e cortejar desmandos?
Mas como ser cúmplice de um Bolsonaro, se nos iludiram com a ideia de que, na doutrina liberal, a liberdade política é inseparável da liberdade econômica? É o que pergunta Magnoli, sempre sem respostas. É tudo bobagem.
Os liberais brasileiros, e aqui não há referência apenas ao sentido econômico, encolheram-se diante do bolsonarismo.
Encaramujaram-se nas suas ‘entidades representativas’, nas instituições das chamadas forças vivas locais e, o que é dramático, nas universidades.
A UFRGS, a nossa mais bem avaliada universidade pública, reduto histórico de resistências, está promovendo debates com a participação de expressões da extrema direita.
Extremistas que conspiram contra as liberdades, incluindo a de expressão, podem frequentar o espaço da universidade pública para falar em nome do direito de ser fascista?
É provável que, em nome do livre pensar, as universidades acolherão um dia nazistas assumidos para troca de ideias sobre a pandemia como possibilidade de eugenia?
O bolsonarismo cooptou sentimentos e interesses, em todas as áreas, muitos com adesões dissimuladas, e aniquilou a possibilidade de reações no setor público. Tudo ficou fácil para a direita.
O enfrentamento das deliberações do Supremo para conter a indústria de fake news e difamações é liderada por um filho de Bolsonaro e por uma militante armamentista da extrema direita. E não há nenhuma manifestação dita liberal, solitária ou em jogral, que se insurja em defesa do Supremo.
Um filho de Bolsonaro, um blogueiro e uma militante de Youtube decidem desafiar a mais alta Corte do país e ninguém mais, fora as esquerdas, a imprensa e as entidades de sempre, como a OAB, ergue a voz. Sim, as exceções são as exceções.
O projeto do liberalismo bolsonarista nem existe mais. Não há
qualquer sinal de funcionalidade do governo. Paulo Guedes sumiu. Mas Bolsonaro e os filhos fingem que governam, com a proteção dos militares.
E os ‘liberais’ acreditam que algo pode ser salvo. Estão mudos, resignados, cagados.
Os empresários fazem o marketing das lutas identitárias. Ganham dinheiro com o marketing ambientalista. Defendem pautas progressistas nos costumes. Mas são covardes para enfrentar Bolsonaro e dizer não à ameaça de golpe.
Eles sabem que não há saída com Bolsonaro, mas estão paralisados pela inércia de décadas de covardia.


quinta-feira, 21 de maio de 2020

753 – VAI E RACHA - 22.05.2020

753 – 22.05.2020 – VAI E RACHA

      No saudoso dia 20 de março, quando o COVID-19 dava os primeiros sinais em nosso País, tendo como portadora a equipe do (des)governo Bolsonaro que deslocou-se aos Estados Unidos para importar o vírus mortífero com o intuito de comprovar a eficácia da Cloroquina, escrevi minha última coluna publicada neste jornal, cujo título foi OU VAI OU RACHA!
      Agora retorno com a tendenciosa coluna, depois do Gazeta ter resolvido o problema de espaço, o que proporcionou o retorno, escrita por este “colunista de banheiro”, como dizem alguns. Disto tudo remanesce que o título não poderia ser outro senão “VAI E RACHA”, não restando alternativas a não ser que a gripezinha identificada por Bolsonaro esteja Avançando e Rachando com o povo brasileiro. Como diria o Gaúcho atualmente: “a morte ronda a coxilha”!

      Mandetta alerta: cloroquina mata - "33% dos pacientes em hospital, monitorados com eletrocardiograma contínuo, tiveram que suspender o uso da cloroquina porque deu arritmia que poderia levar a parada cardíaca”, diz o ex-ministro, que teve que deixar o cargo, assim como seu sucessor Nelson Teich, por se recusar a recomendar o remédio prescrito por Jair Bolsonaro.

        A jornalista Miriam Leitão, um dos sustentáculos da tese de "pedaladas fiscais" usada para justificar o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, voltou a apontar crimes reais – e não fictícios – cometidos por Jair Bolsonaro e a defender seu afastamento.

        O Coronavírus está chegando ao interior do interior do Brasil numa velocidade espantosa, assustando muita gente. Mesmo os incrédulos que acreditavam, e continuam acreditando, inspirados no Bolsonaro e seus arautos da desgraça de que não passava de uma gripezinha, hoje se borram de medo. Comerciantes que queriam abrir suas casas comerciais a todo custo, hoje colocam máscaras até nos manequins das vitrines. É lamentável dizer isto, mas uma grande massa de pessoas que se acham os bã bã bãs do pedaço, ainda acreditam em seus heróis ignorantes e analfabetos. Sob o ponto de vista da sociologia, é uma pena o velho mobral ter acabado. Quem sabe poderia curar uma doença maior chamada ignorância.
O ex-ministro da Saúde fez um alerta importante, em entrevista concedida à jornalista Natália Cancian, da Folha de S. Paulo: cloroquina, o remédio prescrito por Jair Bolsonaro, mata. “Começaram a testar pelos quadros graves que estão nos hospitais. Dos estudos informados e não concluídos, 33% dos pacientes em hospital, monitorados, tiveram que suspender o uso da cloroquina porque deu arritmia que poderia levar a parada cardíaca”.

      Xico Sá, um dos mais influentes jornalistas brasileiros, publicou na noite de ontem um desabafo sobre o papel da imprensa comercial brasileira na destruição do país e na ascensão do fascismo. "Toda mídia brasileira colaborou com o bolsonarismo. Como um cara xinga preto, pobre, gay e isso não é manchete do Jornal Nacional e nem de um ou outro portal do Brasil. Tudo foi tratado como o doidão polêmico do CQC ou da Luciana Giménez. E haja pano de chão". "Tem um momento q as chefias de redação não proíbem, mas também não incentivam. Que matéria saiu na mídia brasileira na reta final contra Bolsonaro? Zero. E contra Haddad sim, inclusive pautada pela Polícia Federal de Moro, naquela tramoia do Palocci. Que merda vocês fizeram! Vocês são responsáveis sim, escreveu o jornalista.

Na reunião ministerial que levou à demissão de Sergio Moro, realizada em 22 de abril, poderá revelar uma faceta ainda mais perversa de Jair Bolsonaro. Quem estava presente na reunião ficou estarrecido com a maneira como ele reagiu a uma nota da Polícia Rodoviária Federal em homenagem a um servidor morto pelo coronavírus. Segundo participantes do encontro, Bolsonaro teria ficado irritado com a nota e afirmado que a cúpula da Polícia Rodoviária deveria ter falsificado a causa de sua morte, destacando as comorbidades.

O Diretor Daniel Filho, da Globo, afirmou em entrevista para a Folha, publicada nesta sexta-feira (15), que não entende o que acontece com a ex-esposa, amiga e parceira profissional Regina Duarte, atual Secretária de Cultura. O diretor suspeitou de problemas psicológicos, dupla personalidade e até mesmo a possibilidade de ela estar apaixonada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro. Hoje, eu a considero a namoradinha do Bolsonaro. Será que ela se apaixonou e realmente acha que o Brasil vai melhorar com o Bolsonaro? Essa pandemia, então, arrebenta tudo, e ela se une a um assassino. que é tão perigoso quanto foi a ditadura.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

744 - COMEÇOU A REVOADA - 31.01.2020


744 – 31.01.2020 – COMEÇOU A REVOADA

Prefeitos descontentes com o esquecimento econômico imposto pelo governador Moises, aquele que recebeu a Tábua de Mandamentos, se preparam para pousar em outros ninhos que não sejam o quebrado PSC nem o natimorto PSL. “Foram muitas promessas e nada de cumpri-las, dizem”. Agora vão responder trabalhando contra.
Na contramão desta tendência, alguns pardais vereadores e pretendentes, pensam em revoar nessa direção, acreditando que as siglas lhes colocarão votos em suas urnas. Enganam-se. Na última eleição, na esfera federal e estadual, as urnas passaram uma lição inesquecível. Quem aprendeu, aprendeu.

O recado das urnas é o que está estampado na Constituição há 30 anos. “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos”. É preciso, portanto, respeitar sobretudo a vontade popular, mesmo que ela não seja a sua vontade individual, e tentar compreender o recado das urnas.
Em geral, pode-se afirmar que em 7 de outubro de 2018 ocorreu no país uma onda de votos para candidatos que se identificam com a extrema direita tupiniquim. A expressão indígena é aplicada para definir a extrema direita brasileira, que não tem um alinhamento total com a dos Estados Unidos e a Europa, porque apesar de querer um Estado mínimo, defende propostas de Estado forte. Ou seja, não tem uma posição clara da visão de Estado.
Afinal, qual é o recado das urnas? O recado das urnas é que o Brasil é um país diverso ideologicamente e que o próximo governo precisa respeitar essa diversidade pelo bem da democracia. 



A revoada dos galinhas verdes. Batalha da Praça da Sé é o nome como ficou conhecido um conflito entre antifascistas e integralistas no centro da cidade de São Paulo no dia 7 de outubro de 1934. A Ação Integralista Brasileira (AIB) havia marcado para aquele dia um comício em comemoração aos dois anos do Manifesto Integralista, e, tão logo souberam dessa intenção, os antifascistas da capital paulista se organizaram para impedir a realização do evento. Ainda que sem uma direção centralizada, todas as forças da esquerda paulista participaram do conflito, que resultou em sete mortos — entre eles um estudante antifascista, três integralistas, dois agentes policiais e um guarda civil — e cerca de trinta feridos.
Para as esquerdas, esse evento tornou-se um símbolo da luta antifascista e contra os elementos reacionários da política nacional. Combinada com identificação do corpo do jovem militante Tobias Warchavski, a Batalha da Praça da Sé detonou uma campanha política contra a política repressora do governo de Getúlio Vargas que se combinou com o sentimento antifascista, impulsionando um movimento mais geral contra a "reação" e apontando para a formação de uma frente ampla progressista, o que seria concretizado com a formação da Aliança Nacional Libertadora (ANL).

Para esmagar o Fascismo, é preciso colocar os galinhas verdes para correr, de novo!
O crescimento da extrema-direita não é um acaso, é preciso organizar milhares de companheiros em comitês nos locais de trabalho, bairros, universidades, para derrotar a direita.
      No dia 9 de novembro, a Frente Integralista Brasileira (FIB), realizou uma manifestação com o objetivo de homenagear três integralistas da velha guarda mortos recentemente e celebrar os 87 anos do chamado Manifesto de Outubro, que selou a fundação do movimento em 1932.
A manifestação ocorreu em São Paulo, em local onde Plínio Salgado redigiu o Manifesto de Outubro. Apesar da participação de 15 pessoas, no entanto, o episódio – diferente do que a esquerda tende a pensar e tratar como “meia dúzia de gatos pingados”, é um dado concreto de que a extrema-direita está levantando a cabeça novamente.
De acordo com seus líderes, em reportagem do O Estado de São Paulo, a FIB hoje tem “núcleos provinciais” em sete estados (SP, RJ, MG, PR, ES, CE e PE) e no Distrito Federal, além de representantes espalhados por todo o País. Cerca de oito mil filiados efetivos.
Todos os dias, ao olhar a internet e os jornais, vê-se algum avanço importante da extrema-direita. A aprovação do pacote anticrime, a fundação do novo partido de Bolsonaro, o aparecimento de grupos de extrema-direita, homens desfilando com a suástica em locais públicos. Todo dia há notícias que mostram o crescimento e a iniciativa da extrema-direita nacional. Por outro lado, a esquerda está concentrada na questão eleitoral.
Isso levará ao momento em que a extrema-direita, que se organiza por todos os lados, começará a atacar as organizações do movimento operário, o que levará a um completo fechamento do regime, que já é praticamente uma ditadura.
Até a próxima...

745 - CORRENTES MIGRATÓRIAS - 07.02.2020


745 - 07.02.2020 – Correntes Migratórias

Correntes migratórias é o termo usado para registrar a mobilidade das pessoas de um país, estado, região ou até mesmo domicílio para outro. Quando um indivíduo migra, ele se torna um emigrante. Emigrante: é toda pessoa que sai de um lugar de origem com destino a outro lugar.
As “Casas do Povo”, como os políticos gostam de referir o Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, desde há muito tempo deixaram de sê-lo para se transformar num balcão de negócios visando interesses outros que não sejam especificamente do povo.
Sobretudo nesse momento, em que as eleições municipais estão aflorando na pele dos interessados em todos os lugares e até em Sanchas Parda, na Província de Caximbetê. As articulações, reuniões, projetos, manobras, jogadas, além de todas as espécies de malandragens estão sempre na “ordem do dia” das sessões legislativas em qualquer instância.
Isso mesmo, porquê daqui a pouco mais de dois anos haverá eleições nas esferas estaduais e federal, onde os eleitos desta serão excelentes cabos eleitorais no futuro.

Quem quiser ser candidato a algum cargo nas próximas eleições, tem prazo para mudar de partido. Isso porque de acordo com a legislação atual, o candidato precisa estar filiado a um partido político com antecedência mínima, de acordo com a Lei.
Isto provoca uma “corrida maluca” em busca de partidos que aceitem “desertores” ou quem proporcione a melhor opção em termos de “$uporte$ para a campanha.
Na Câmara Federal, o histórico de mudanças de partido é espantoso. Em algumas legislaturas recentes, chegou-se ao absurdo de 157 trocas de partido, sendo que alguns trocaram três vezes. Nesta, alguns deputados estão sem partido, assim como o próprio presidente da república, o nosso conhecido “jaboti”.
A reboque do enxame na câmara federal (letra minúscula mesmo!), o reflexo chega nas assembleias legislativas e câmaras de vereadores, até chegar em Sanchas Parda.
Para o cientista político da Universidade de Brasília, Otaciano Nogueira, as constantes mudanças partidárias desmoralizam a política e tem uma má repercussão no eleitorado. O eleitor elege alguém para um partido, três meses depois ele está em outro. Então ele está se desvinculando, pois quando você vota no candidato, está votando no partido também.
     
Existem trocas de partidos em outros Legislativos, como o Congresso americano, Parlamento Europeu e Legislativos da Itália e do leste da Europa, mas sua ocorrência nesses casos é rara e residual.
Não há nenhuma democracia no mundo, sem partidos. Legendas partidárias foram a resposta a dois problemas para decisões democráticas: evitar maiorias cíclicas e oferecer ao eleitor um mínimo de previsibilidade sobre o que fará seu representante ao longo do mandato.
Políticos costumam falar que no Brasil os partidos não importam mesmo e os eleitores votam "na pessoa e não no partido". Na verdade, ao trocar de partido, os representantes estão quebrando um dos pilares da democracia representativa. Quando a troca de partidos ocorre durante o mandato parlamentar, a consequência é uma alteração na correspondência entre votos e vagas, violando a regra básica da representação política, de que a distribuição de preferências dos eleitores constitua a medida para definir as oportunidades de acesso a postos públicos.

      Assim como em Sanchas Parda, aqui mesmo na terra do Padre Aurélio a realidade não é outra. Entrando no terceiro ano da atual legislatura, são poucas as pessoas que sabem qual o partido político de todos os vereadores. Os motivos são os acima expostos, com os agravantes do analfabetismo político dos eleitores e a “ignorância palaciana” dos nobres edis que se acham moradores do Palácio de Buckingham.  
A dança das Cadeiras, o Passarinho do Romano ou a Dança do Bolsonaro no Ceará, se equivalem ao que vem acontecendo na “colenda”. A ordem do dia foca em articulações para as próximas eleições. Poderiam os nobres edis privar o povo de ouvir baboseiras e articulações, inclusive as ridículas entrevistas coletivas para a imprensa, quando lá só comparece o entrevistado e um mísero entrevistador. Todos já sabem que o gran finale será “quase todos juntos pela reeleição”.
Fala-se tanto em valorizar o poder legislativo. Esta missão deve partir de quem quer ser valorizado, e para isso não basta manobras sutis, possibilidade ou não de renúncia de mandato, eleição de sucessor temporário, cujo efeito desejado é permanecer na mídia até o fechamento dos apoios necessários a manter o “status quo”.  
Não é despiciendo afirmar que continua-se contando com o analfabetismo político dos eleitores, mas é de bom alvitre atentar para a evolução da sociedade, da mídia, das redes sociais e sobretudo o descrédito nos políticos.
É sempre bom estar atento ao famoso ditado dizendo que “À mulher de César não basta ser honesta. Tem de parecer honesta”, proferido em 1º de maio de 62 a.C. na festa de Bona Dea (boa Deusa).
Até a próxima!


746 - UMA NO CRAVO ... 14.02.2020


746 - 14.02.2020 – Uma no Cravo...

O significado da expressão “dar uma martelada no cravo e outra na ferradura tem um sentido cultural que pode ser considerada figurativa, gíria ou contexto popular”. Traça uma analogia com a atividade de colocar ferraduras em cavalos para proteger os cascos, caracterizando a inaptidão do “ferrador” que acerta uma martelada e erra a outra.
Em termos práticos representa o “sujeito” que não quer se comprometer, que utiliza argumentos dúbios, que defende e dá razão para ambos os lados de uma contenda, que fica em cima do muro.
No campo político, a expressão faz referência ao governante que toma uma decisão aceita pelo povo e em seguida toma outra que desagrada profundamente. Significa também o parlamentar que faz um discurso popular defendendo quem o ouve e em seguida, em outro local e com outra plateia defende a exploração pura e simples de quem o ouvira em momento anterior.
O que mais acontece no momento, é o político que volta à sua base eleitoral para criticar o governo que, por exemplo, pretende reformar a previdência social, e no momento seguinte volta ao congresso nacional e vota a favor do projeto.

Desde a reeleição da Dilma – DilmANTA como muitos a referiam (inclusive alguns leitores destas “mal traçadas linhas”), dar uma no cravo e outra na ferradura se tornou prática recorrente, não só pelos políticos mas também por parte de cidadãos que se acham o supra sumo das análises de cenários políticos universais.
Na votação do impeachment, transmitida ao vivo pela TV, as manifestações   dos deputados votantes chamavam à atenção e causavam espécie aos telespectadores, pelo inusitado e sobretudo pela ignorância e menosprezo com os assistentes, ouvintes e atingidos. Naquela oportunidade, não houve uma única martelada no cravo, apenas na ferradura. Quase mataram o cavalo à marteladas. Aliás, mataram-no. Os que votaram contra, foram mais comedidos, utilizando argumentos plausíveis.
Exemplo clássico deste comportamento, um ilustre parlamentar que diz representar a Região e dela tem extraído, juntamente com seu clã, centenas de milhares de votos, tornou-se especialista na arte de mentir, usar argumentos dúbios, fazer discursos segmentados, prometendo tudo e cuidando somente de seus próprios interesses.
Este sujeito, que costuma tirar os sapatos quando viaja, para inebriar os passageiros com seu chulé aromático, juntamente com seu clã frequenta o elevador do congresso nacional há pelo menos 40 anos. Às vésperas das últimas eleições se deu conta que a BR 158/SC parou na confluência com a BR 282 e “incontinenti” patrocinou a instalação de um imenso outdoor naquele local, reclamando da paralisação da importante obra por quatro décadas.
Antes do episódio do impeachment, o sujeito percorreu a região para ouvir seus eleitores sobre como deveria ser seu voto, já que era aliado digamos: tinha vários cabos eleitorais ocupando postos muito bem remunerados no governo. De volta, cravou o voto a favor da cassação da correligionária, sem o menor pudor, invocando a Deus pela defesa da Pátria.
Como prêmio, manteve seus privilégios e até ampliou seu espaço.
Na eleição seguinte, não teve dúvidas: ajudou a promover o sepultamento de seu partido para aliar-se ao insignificante e jaboti sem noção, de onde continua tirar leite sem equipamentos.  

      Não é preciso dizer “se a moda pega por aqui”. Já pegou. Pudera, com professores como o acima referido, dar marteladas alternadas entre o cravo e a ferradura, com os exemplos que vem de Brasília e Florianópolis é o caminho mais fácil para se chegar ao cume. Nem precisa GPS e muito menos o Google Maps.
Aqui em Santa Catarina, o “governador do Bolsonaro” que atende pelo nome de Comandante Moisés, tem na criminalidade seu principal plano de governo. Quer investir no policial e melhorar os presídios. Acabar com o crime na base da força. Da educação, nada! Deve estar ciente que ao governo interessa a criminalidade, porque é uma das principais cadeias produtivas deste País. Se tirar o crime de cena, o PIB do Brasil vai ficar do tamanho do de Camarões.
Aqui mais perto, as marteladas mais fortes vem da “colenda” com sua dança das cadeiras, pois tem eleições logo aí adiante. Então, mãos à obra! Como por estas bandas há uma cultura “cavalar” trazida do vizinho Rio Grande do Sul, a colenda espera que os gaúchos levem seus cavalos para serem ferrados no estabelecimento, pois os esforços estarão concentrados nas eleições. Os nobres edis já estão treinando a pontaria em casa, com martelo e cravos novos. Prometem não judiar dos animais.
Até a próxima…

750 - O BOLETO - 13.03.2020



750 – 13.03.2020 – O BOLETO

O Boleto com a conta das trapalhadas políticas de Bolsonaro e suas brigas com o Congresso Nacional chegou, diz a jornalista Miriam Leitão em sua coluna no Jornal O Globo. Embora tenha contribuído com a derrubada de Dilma Roussef que atualmente muitos lamentam, diz a Jornalista que "Um governo sem base parlamentar, de um presidente sem partido, que hostiliza e ameaça o Congresso”, o que pode receber de volta?
O Congresso derrubou o veto do presidente sem noção a um projeto que quadruplica o valor da renda de quem pode receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Pelas contas da equipe econômica, o gasto seria de R$ 20 bilhões por ano. Hoje, só quem tem um quarto de salário mínimo de renda familiar é que pode requerer BPC. O projeto eleva para um salário mínimol.
O Ministério da Economia, na última quarta feira, trabalhava exatamente no cálculo do valor a ser contingenciado. É obrigatório congelar despesas quando se faz uma revisão para baixo do crescimento do PIB. Por enquanto isto não será mais necessário. Mas a previsão do PIB para 2020 continua negativa.

Nosso Presidente Jaboti agora também chamado de “abúlico”, atualmente vive num processo de “letargia”.

       Abulia é uma deterioração mais ou menos evidente da vontade de atuar, que se traduz na indecisão, na incapacidade para conceber ou concretizar ações e tomar decisões. O abúlico revela falta de interesse e de motivação, sentimento de impotência, dando a impressão de estar sempre cansado.

       Letargia, é o estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir. É também a incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse de um povo amordaçado pela ditadura.


        Após a mentira de Bolsonaro sobre vencer as eleições em primeiro turno, a Hashtag #AnulaTSE chega aos tópicos populares (Trending Topics em inglês) no Instagram. O tiro da “arminha” saiu pela culatra.
Jair Bolsonaro mentiu ao falar que houve “fraude” nas eleições e que ele teria ganho em primeiro turno se não houvesse “fraude”. Por conta disso, internautas levataram a hashtag #AnulaTSE. Afinal, se houve mesmo fraude nas eleições, o TSE deveria anular o processo, tirar Bolsonaro da presidência e reiniciar a corrida eleitoral.

O Gênio da Lâmpada do presidente da República Jair Bolsonaro acha ótimo o preço do petróleo cair no mercado mundial. O sujeito é tão puxa-saco do Trump que pensa que o mercado de petróleo no Brasil e nos EUA é igual.
A Petrobrás, ainda não completamente privatizada, repassa uma grande parte de seu lucro ao governo, que é acionista da empresa. Logo, com o preço desabando, o governo perde arrecadação. Por isso, o Ministro, para compensar a perda de receita, tenta aumentar a CIDE Combustíveis (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) que foi instituída para assegurar um montante mínimo de recursos para investimento em infraestrutura e subsídios de transporte e em projetos ambientais relacionados à indústria petrolífera.
Aos incautos fãs do Jaboti, que tanto quanto o próprio pouco sabem da realidade Brasileira, sempre é bom lembrar que a  CIDE foi instituída em 2001, em pleno governo do direitão enganador Fernando Henrique Cardoso. Ele entregou o governo aos “ladrões” do PT e seus parceiros do PMDB, com a alíquota em 50% sobre o Diesel e 86% sobre a Gasolina. Com a assenção dos “ladrões” do PT ao Governo, a alíquota foi sendo reduzida desde 2004, até chegar a ZERO em 2015, quando os direitões usurparam o poder e o governo. Atualmente sob os auspícios do Bolsonaro (Jaboti), a alíquota retomou a velocidade, já estando em 5% sobre o diesel e 10% sobre a gasoluna. Gostaram? Por essas e outras sempre falo aos meus netos: “Vão estudar, crianças”!

Nada Melhor que um dia depois do outro. “Quanto mais gasolina sobrar nos postos, o preço vai diminuir. Parem de abastecer os carros” dizia Tais Helena em março de 2015. Na época, o preço da gasolina rondava os R$ 3,40. Hoje o preço ultrapassa os R$ 4,30 na média e em estados como o Rio de Janeiro chega a R$ 4,80.
A questão é: onde está Tais, que se revoltou com o reajuste de 2015 e participou do golpe de 2016?

       Quem lembra das FAKE NEWS de Bolsonaro, tidas como verdade, dizendo que iria zerar impostos federais e que a Gasolina só não baixava por culpa do Governadores? As Milícias digitais, espalharam as FAKE NEWS sobre a gasolina baixar de preço. Está ai... O Presidente agora, quer aumentar a CIDE, um dos impostos que compõe o preço do combustível. E agora, quem ele vai culpar? vai continuar dizendo que a culpa é dos Governadores?