terça-feira, 29 de março de 2022

AS ÚLTIMAS DAQUI E DE LÁ 798

 AS ÚLTIMAS DAQUI E DE LÁ - 25.03.2022

 

AS DAQUI - Nesta sexta-feira é dia de reminiscências. São lembranças de frases, ditados ou dizeres que (pelo menos para este reles escriba, como diz um amigo) se tornaram famosas. É o caso de dizer: “nesta terra em se plantando tudo dá... e como deu! Confusão então, deu às pampas”, de autoria do inesquecível José Vasconcellos em parceria com Pero Vaz de Caminha. Ou então: “esta, se colocar no jornal, cai!, de autoria de meu sempre lembrado irmão Ovilmo Pedro Capra. Para a primeira, o que vem abaixo é pertinente e para a segunda, a referência é para o inacreditável.

        O município de São Miguel do Oeste resolveu inovar. Além de aceitar fornecimento de merenda escolar vencida e deteriorada (para não dizer podre) o que não é privilégio único, resolveu também adquirir uma imprestável capinadeira.

Não é de hoje que afirmo ser provinciano o nosso município. Como exemplo, cito que ainda existem lavouras no centro da cidade (mandioca, milho, feijão). Não levem à mal, pois isto é somente uma metáfora, embora seja realidade. Nada contra manter os lotes urbanos limpos de maneira útil. O provincianismo, no caso, vem de outras atitudes ou maneiras de encarar uma realidade latente. Cito como exemplo os outdoors espalhados pela cidade incitando os cidadãos a serem honestos, quando a honestidade deve ser um comportamento inato do ser humano. Cito também o famoso “impostômetro” que a ACISMO patrocinou para reclamar da arrecadação de impostos. Mal sabe esta entidade que os impostos são uma forma de distribuição equitativa da riqueza. Felizmente o tal equipamento foi retirado porque a energia elétrica utilizada para sua manutenção era paga com dinheiro do povo! Mas tem mais: os menos avisados (incautos) reclamavam do Bolsa Família no governo anterior. Muito inteligente a reclamação. Os que mais reclamavam ficavam felizes, atrás de seus balcões, quando os pobres gastavam o bolsa família em seus estabelecimentos. Têm ainda os que reclamavam do MST porque bloqueavam os bancos. No entanto, foram os maiores beneficiados pelos sem-terra, pois graças a eles hoje podem adquirir SUVs e caminhões financiados com juros subsidiados. Querem exemplos?

        Mas voltando à capinadeira imprestável, onde será que a administração municipal pensava capinar? Nos canteiros das ruas? No calçamento com pedras irregulares? Nos terrenos baldios? Nas roças dos agricultores que hoje ninguém mais capina? Decerto pensaram em resgatar a “arte” de capinar! Não à toa que tal equipamento inovador está indo à leilão.

        Deixo de falar sobre a aquisição do “drogômetro?” pela abundosa administração municipal, que está rodando para lá e para cá e ninguém o utiliza. A sumidade que sugeriu sua aquisição tem constrangimento em mantê-lo sob sua guarda. Para quem não sabe, o tal drogômetro é um aparelho que se destina a averiguar as pessoas usuárias de drogas do tipo “marijuana, pó branco, crack e outras. Esta suntuosa aquisição cabe na medida a meu irmão Ovilmo. Se colocar no jornal, cai! Espero que a revisão deixe o texto intacto. O provincianismo faz mal, tanto é que até hoje se atribui o atraso brasileiro à Portugal.

        AGORA AS DE LÁ – Tanta coisa acontecendo neste primeiro trimestre de 2022 que é difícil focar em um único tema. Temos fora de nossos domínios alguns cenários importantes, tais como a interminável guerra entre Rússia e Ucrânia, a queda do COVID-19, o uso de máscaras indo para o final, a ascensão da DENGUE, o carnaval abortado, a Páscoa chegando com o chocolate mais caro. Mesmo assim, um assunto toma conta dos principais noticiários: a política.

Pudera não, caros leitores, o tempo vai passando, os prazos estão chegando e o movimento dos políticos se intensifica. Para começar, penso que a capinadeira de São Miguel do Oeste será vendida logo, porque os candidatos já estão demarcando seus territórios onde pretendem capinar os votos. A tal capinadeira tende a mudar o nome. Passaria a ser chamada de Emenda Parlamentar, uma fonte inesgotável de recursos públicos sacados das verbas orçamentárias destinadas à saúde, educação e bem-estar social e com um poder de atração maior que um imã de milhares de newtons. As emendas parlamentares são capazes de atrair os votos de um território inteiro. Isto está na moda. O senador Jorginho Mello já inaugurou o imã para nosso município provinciano com módicos 531 mil Reais. Com este valor deve passar uma rede de arrasto e vai fazer a colheita de todos os votos destinados ao seu amigo Bolsonaro.

Ao PT, partido que abriga o ex-presidente Lula, também está reservado um espaço, embora singelo: já que as pesquisas apontam uma boa preferência do eleitorado, sem nenhuma emenda para capinar votos, ele que primeiro pense em acalmar seu partido esquecendo estas tais de “tendências” que só servem para dispersar seus seguidores. Aliás, insistirem com as tais tendências interesseiras que só olham para os futuros cargos, sujeito terem que cantar todos juntos a famosa e tradicional música de Barry McGuire, EVE OF DESTRUCTION.

Até a próxima.              

 

quinta-feira, 17 de março de 2022

OS BRASILEIROS ESTÃO ADORMECENDO...

 OS BRASILEIROS ESTÃO ADORMECENDO 797 - 18-03-2022

 

        Na coluna da semana passada, dia 11 deste mês, que por obra anônima foi publicada em outro jornal, afirmei peremptoriamente que o Brasil estaria mudando. Disse que via na imprensa local e em mídias eletrônicas algumas mudanças de opinião acerca da realidade em que a voz comum insiste em nos fazer acreditar. Acrescentei que recentemente vi uma matéria não convencional citando o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein que destaca a importância da linguagem nas relações que as pessoas estabelecem com o mundo. Nada mais alentador, pois a importância da comunicação não está na simplicidade do que é dito, mas no entendimento que o interlocutor lhe dá. Infelizmente, como em qualquer regra sempre haverá exceções. Impende também considerar o grau de formação dos interlocutores, que deve observar certo equilíbrio entre os que falam e os que ouvem. As discrepâncias entre as partes sempre levarão ao confronto.

 

        → As notícias recentes nos leva a acreditar que, embora o mundo e o próprio Brasil estejam dando sinais de pequenas mudanças, os povos, nos parece, caminham em sentido contrário: ao invés de acordar de vez os sinais funcionam como sedativos. Colocam os usuários em sono profundo. Vamos então aos inconfundíveis exemplos.

 

O conflito bélico entre Rússia e Ucrânia coloca o povo em geral em estado de letargia. A grande maioria, ainda acha que o conflito tem conotação ideológica, colocando em guerra o capital versus o comunismo. Este povo nada sabe e nada conhece sobre história política e econômica das nações e tampouco sobre a verdadeira origem do conflito, que não se resume a uma simples invasão. Tem muitos outros motivos por trás disso, sobretudo de cunho geopolítico, o que, lamentavelmente, poucos sabem o que efetivamente esta palavra significa. No entanto, a desconhecem e assim mesmo tomam posição, quase sempre baseada em sentimentos e pensamentos personalíssimos. Para esta epidemia de sonolência, não há vacinas e muito menos medicamentos. A instrução é o único caminho para a cura.

 

Os governos, suas ações e reflexos, no seu conjunto, são um importante sintoma do grau de letargia por que passa o povo, sobretudo o brasileiro. Em geral, a grande maioria reclama insistentemente do preço da gasolina, do gás de cozinha, da farinha de trigo e da carne que são o efeito e pouco reclamam da causa. Para quem ainda não se deu conta, esses efeitos t em uma única causa: é a política econômica do atual governo. Ela é a verdadeira responsável pela atual situação. Como mudar a atual política econômica? Logo haverá oportunidade para tanto. As eleições que se avizinham. A fórmula é simples: é só mudar o governo.

            Neste mesmo tema, o povo dorme frente a mais uma série de problemas que afetam sua vida, tais como a péssima conservação das rodovias, a proliferação de equipamentos de multas e infrações, a falta de água nas cidades, a coleta de lixo deficiente, a desertificação da Amazônia, a privatização do patrimônio nacional, os problemas nas áreas da saúde, educação, assistência social, que colidem com os interesses do povo em geral. Para tanto, a solução é a mesma: trocar todos os governantes e os que lhes dão apoio, que são os principais responsáveis por esta situação de descalabro.

 

O surgimento de novas autoridades que se revestem do poder que “institucionalmente” não possuem, é uma nova prática que funciona como um sedativo, hipnotizando o povo, quando este se depara com uma situação destas. Neste raciocínio, não há como absolver hierarquicamente os governos, pois são eles os difusores destas práticas. Desde o maior até o menor governante, o desrespeito à Constituição, às Leis Ordinárias, aos Decretos, aos regimentos, aos regulamentos e toda a legislação esparsa, é uma prática constante. Sendo assim e vindo o exemplo dos escalões superiores, qualquer funcionariozinho público de meia pataca se reveste de toda a autoridade do mundo, impondo regras e procedimentos a seu bel prazer, para DIFICULTAR e não facilitar a vida do cidadão comum e com isto difundir e solidificar sua autoridade. O povo, sobretudo os mais humildes e não só eles, submetem-se a estes descalabros e deixam para reclamar no âmbito familiar, no rol de amizades ou nos escritórios de advocacia.

Infelizmente, tais fatos estão presentes no próprio sistema Judiciário, inclusive nas Procuradorias Públicas e Ministério Público, que se proclamam fiscais da lei mas nem sempre a fiscalizam com base nas letras da lei mas sim no seu eletroencefalograma. Para piorar ainda mais a situação, em caso de erro ou sentença contrária anulada, ao cidadão comum não lhe é permitido buscar indenização pelo prejuízo. O Estado não se responsabiliza pelos erros de seus protegidos.

 

            Alguns segmentos desta nossa difusa sociedade, sobretudo onde acham que embora sendo pobre quem não é capitalista ferrenho é comunista, a letargia também tem afetado alguns que se acham especialistas em enriquecer. Muitos destes que atuam nos mercados como se estes fossem o oásis do deserto do Saara, não relutam em inscrever no SPC/SERASA, no Tabelionato ou na Justiça quem lhe deve algumas merrecas oriundas das degradantes políticas governamentais e também das inesperadas epidemias.

Mas como o castigo vem a cavalo, (Tião Carreiro e Pardinho) estes que pegaram no sono entregaram boa parte de seu patrimônio a um especialista em ganhar mais dinheiro. Mas o investimento se justifica, pois o espertalhão tinha (e tem) pedigree. É de boa família, temente a Deus (nem Deus deixam de lado), bem recomendado e por isso merecedor de toda a confiança. Para alguns, não é a primeira vez.

Com tudo isto, que dizer? Sinto muito! Até a próxima.               

 

quinta-feira, 10 de março de 2022

O BRASIL ESTÁ ACORDANDO?

 796 O BRASIL ESTÁ ACORDANDO

 

        Será mesmo o Brasil? Ou serão algumas personalidades carimbadas que estão caindo na realidade? Se for por engano e ainda não caíram, logo irão cair.

        Vejo na imprensa local e em algumas mídias eletrônicas (procriam mais que coelhos) algumas mudanças de opinião, seja pela redução nas intervenções, compartilhamentos e respostas, ou mesmo pelas acanhadas mudanças nos textos publicados. Recentemente vi uma matéria não convencional para o veículo que a publicou, citando o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein que destaca a importância da linguagem nas relações que as pessoas estabelecem com o mundo.

        Nada mais alentador segundo o filósofo, pois a importância da comunicação não está na simplicidade do que é dito, escrito ou representado, mas no entendimento que o interlocutor lhe dá. Aí está a chave e os efeitos da comunicação. Se bem produzida, será bem interpretada.

        Infelizmente, como em qualquer regra, seja nas ciências sociais ou exatas, sempre haverá exceções. Nas comunicações, desnecessário alongar o presente texto, pois os exemplos estão bem debaixo dos nossos olhos, sobretudo neste momento em que as principais notícias que nos chegam são de temas conflituosos, de disputas territoriais ou ideológicas, onde nem a filosofia, embora tenha mais de 28 séculos de existência, é reconhecida.

        Impende também considerar o grau de formação dos interlocutores, que deve observar certo equilíbrio entre os que falam e os que ouvem. As discrepâncias entre as partes sempre levarão ao confronto.

 

        → Vejo ainda em relação ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia algumas vozes e até comportamentos, que me fazem acreditar que o Brasil, e não só ele, está acordando, vendo a realidade como ela é e não como é contada. Surpreende ainda mais que uma dessas vozes tenha partido de um general da reserva do exército brasileiro, de nome Maynard Marques de Santa Rosa. Surpreende, pois os soldados são talhados para o ataque e defesa, enfim para a guerra, além de o veículo que referiu e citou o autor não ter um histórico da disciplina do filósofo citado na abertura deste texto. Assim, voltemos à teoria do filósofo Ludwig Wittgenstein para detalhar o que este modesto escriba entendeu da manifestação do General. Para tanto vamos buscar em Willian Shakespeare a analogia com sua peça Hamlet.

            Sua célebre frase “Há algo de podre no reino da Dinamarca” que foi pronunciada pelo personagem Marcelo no ato 1, cena 4, da peça teatral, pode ser traduzida como:  ”Algum mal sério está escondido na Dinamarca” (ou no Brasil, no caso). Outro personagem, o Fantasma da Sombra também faz alusão a esta mesma condição: ...Todas as orelhas da Dinamarca (ou do Brasil, no caso) foram rudemente enganadas com esta fabulosa invenção; mas você deve saber, jovem generoso, que a cobra que mordeu seu pai, hoje cinge a sua coroa.... ...A Dinamarca é o leito da luxúria e do incesto abominável....

        É um alerta para que o personagem Hamlet perceba a situação de perigo em que se encontra. Após cada cena, ele passa a comportar-se como um louco incapaz de compreender o que se passa ao seu redor, no intuito de meramente não ser eliminado e poder sobreviver e se preparar para a reação contra o principal algoz.

        Trazendo para o nosso mundo atual e cotidiano, representa a situação em que nos damos conta de estarmos sendo enganados e que ainda há tempo de sairmos ilesos da situação, desde que saibamos agir com inteligência e calma.

        Qualquer semelhança com o Brasil dos tempos atuais, será mera coincidência? Teria Willian Shakespeare previsto nosso futuro?

 

        → MARCANDO PASSO

 

            Em minha última coluna neste semanário, abordei a questão da dificuldade e demora na regularização da passagem internacional para a Argentina através da BR 282 em Paraíso.

Não é segredo que a abertura desta passagem encontra oposição, dado a concorrência entre regiões e municípios. De qualquer forma, repito, a representação política de nosso município e região junto às esferas estadual e federal, deixa muito a desejar.

O problema se resume à falta de planejamento para ações em conjunto na busca de investimentos que reflitam as necessidades de desenvolvimento da Região.

Para quem não conhece a história, a AMEOSC foi criada em 1971, por iniciativa da antiga SUDESUL, para fazer planejamento. As associações de Municípios criadas naquela época em número de 18, seguiram os rumos das Capitanias Hereditárias. Apenas uma prosperou. Foi a AMOSC, de Chapecó.

 

Quanto a São Miguel do Oeste, marcar passo é o que melhor representa seu desempenho na economia de Santa Catarina. O município é o 40º colocado no retorno de ICMS, que tem como base de apuração o VA (Valor Adicionado). Com 40 mil habitantes, fica atrás de Seara, com 17,5 mil habitantes, Itá, com 6,4 mil, Itapiranga com 16,0 mil, Capinzal com 20,0 mil e outros 36, aí incluídos os maiores. As principais industrias e parte do comércio local, distribuem o valor adicionado que produzem com o município sede de sua matriz, reduzindo o quinhão de São Miguel do Oeste. Para resolver é preciso ação política orquestrada e planejada. Ficar assistindo e só contar com as famosas emendas ao orçamento, criando dependência com os políticos e não com o desenvolvimento, não resolve. Piora!.

Até a próxima.              

 

QUEM SE RESPONSABILISA?

 795 – QUEM SE RESPONSABILISA?

 

         Com tudo o que vem acontecendo no mundo todo e em nossa aldeia, já não é tempo de nós, pobres, mortais, sem instrução, doentes, vítimas, indefesos, excluídos, sendo a grande maioria, isto sim, botar a boca no mundo e fazer valer a nossa voz, se é que ainda somos donos dela?

        Não é segredo para ninguém, por mais ignorante que seja, que tudo o que nos cerca, de bom ou de mau, os culpados são os governos, que infelizmente nós escolhemos. Fosse em regimes totalitários, estaríamos isentos de culpa, pois, afinal, não decidimos por quem gostaríamos de ser governados.

        Aí, para completar nosso autoflagelo, temos que assistir (e o fazemos pacificamente) nossos colegas de sofrimento desfilando toda sua ignorância em formato de bandeiras, adesivos, outdoors, mídias eletrônicas e outras querelas.

        Nesta balada, um que outro se encoraja e resolve chiar, mas a maioria cai de pau em cima do revoltoso. Pior, por quê a turba canta e se diverte. Amém.

 

         Não são só os governantes. Podemos aí incluir os que se apoderam das instituições criadas para atender e dar segurança à turba sofredora. Os políticos, em geral, agem dessa maneira. Ocupam as instituições para se servir, ao invés de servir o povo. Exemplo incontestável é o tal poder legislativo (letra minúscula, pois mais não merece), que não legisla coisa alguma a não ser para si ou os seus. Estão lá, feito bonecos em museus de cera, desfilando garbo pelo território, visitando seus assessores espalhados por todo o canto de sua influência, preparando a próxima eleição. Ah, desculpem, esqueci-me de referir as emendas parlamentares, que são migalhas distribuídas aos municípios para deslumbrar os incautos que se deixam enganar por algumas toneladas de asfalto. Como Paradoxo, desfilam pela péssima BR 163 como se estivessem praticando patinação sobre o gelo. É o fim da picada.

 

          Mas nem tudo está perdido! Ainda é possível recuperar alguma coisa que a estiagem, a COVID-19 e os políticos profissionais ainda não conseguiram destruir. É a voz do povo, que haverá de se fazer ouvir nas próximas eleições. Além desta voz gutural vinda das massas e algumas pessoas menos medrosas, como nosso amigo Darci Zanotelli, que resolvem botar a boca no mundo e as coisas em seus devidos lugares.

Recentemente, aconteceu uma audiência Pública para debater o alfandegamento da passagem internacional entre Brasil e Argentina, através de de Paraíso e San Pedro, possibilitando assim o transito de pessoas e cargas, o que em muito beneficiaria os municípios e toda a região. Dos presentes ao evento, estavam o próprio Darci Zanotelli, que há muitos anos, desde a construção da ponte sobre o Rio Peperi Guaçu, luta pela oficialização da passagem, o Prefeito de Paraíso, algumas autoridades da Argentina, um representante da Polícia Federal, o representante do Prefeito Municipal de São Miguel do Oeste, o deputado estadual Mauro de Nadal e o representante do deputado estadual Maurício Skudlark.

        O Sr. Zanotelli, dirigente da Comissão Bi-Nacional não aguentou, soltou o verbo, cobrou as promessas de empenho das autoridades brasileiras, lamentou as ausências.

O empresário aproveitou a presença do deputado estadual, Mauro de Nadal, revelou ser um crítico da classe política. Para ele os parlamentares estão desinformados em relação ao processo, pois ainda acham que a passagem é considerada “clandestina.

Se alguma coisa positiva aconteceu na tal audiência Pública, foram as alfinetadas disparadas pelo presidente da Comissão Bi-Nacional e da Zicosur, enfatizando que os políticos estão desinformados e não cumprem seu papel. Acrescentou que a passagem internacional está autorizada desde 1994 e que uma instalação de cerca 400 m2 que abrigaria a administração da passagem, foi demolida.

 

        Para completar as expectativas, eis que surge no horizonte a possibilidade de uma nova guerra entre países liderados por políticos que não poderia classificar de outro modo senão com o que foi utilizado na abertura da  presente coluna.

        De uma coisa poderemos ter certeza. Seja qual for o resultado final desta encrenca, alguma coisa positiva, finalmente, vai brotar. Será uma nova ordem multilateral, com a participação de, pelo menos, mais alguns blocos que não sejam unicamente as loucuras dos Estados Unidos e seus governantes sem noção. Nos governos do PT, diga-se de passagem, alguns países do terceiro escalão, tentaram formar um bloco chamado BRICS, mas os malucos trataram de minar a ideia. Agora é iminente o surgimento de novo bloco entre China e Rússia, o que faz com que os Estados Unidos e seus seguidores pensem duas vezes antes de colocar a mão naquela cumbuca da Ucrânia. Por enquanto, estão latindo para a lua.