sexta-feira, 18 de novembro de 2016

QUE FUTURO NOS ESPERA?




GAUCHISMO
Os gaúchos, especialmente os portoalegrenses estão em pior situação que a nossa. Mal acabaram de eleger o prefeito em segundo turno, da linha ancestral dos Marchezan, velhos conhecidos da direita absoluta que serviram ao militarismo pós 1964, já sentem os efeitos da escolha. O líder fascista e golpista Aécio Neves está indicando parte do staff que participará da administração na prefeitura de Porto Alegre. E para começar, indicou um cidadão de Minas Gerais, sua terra e seu interesse.
       Os eleitores poderão se orgulhar do prefeito que elegeram e que já reconhece não existir portoalegrenses com competência para auxiliá-lo.
       A prática de indicar e importar auxiliares parece fazer escola. Se continuar, transformar-se-á em matéria obrigatória das grades curriculares nas faculdades da política.

ECONOMIA INFORMAL
       A Fundação Getúlio Vargas pesquisou o mercado informal no Brasil e constatou que houve crescimento em 2015 em comparação com o ano anterior. A pesquisa indicou que a movimentação informal na economia chegou a 16,2% do PIB nacional, representando R$ 957 bilhões de Reais.
       Os dados representam um fenômeno que não ocorria desde 2003 e podem indicar uma tendência de incorporar os atores econômicos da esfera produtiva, que atuam na informalidade.
       Por conta da falta de vagas no mercado, os trabalhadores passaram a ofertar seu trabalho pelos próprios meios e sem regularização formal. Medidas como a criação da figura do microempreendedor individual foram bem recebidas e atualmente representa mais de 5 milhões de inscritos.

DEU NO JORNAL
         No Japão, uma cratera com 15 metros de profundidade e 30 de largura, foi reparada pela prefeitura local em 48 horas.
       O fato, infelizmente leva à comparação com o que acontece no Brasil. Por aqui, é comum um buraco (não uma cratera) festejar aniversários, abrigar plantio de árvores (inclusive bananeiras) e não raro, servir de pesque e pague.
       Em São Miguel do Oeste, só para exemplificar, um simples buraco que não é cratera, mas um inusitado cânion localizado na rótula das ruas Marcílio Dias com Barão do Rio Branco já se tornou perene e será repassado como próprio municipal ao novo prefeito.

ESTÁ DANDO O QUE FALAR
       A idéia da colenda câmara municipal de São Miguel do Oeste de realizar uma sessão solene em louvor ao dia da Consciência Negra está provocando reações que deixam claro sermos um povo racista. Precisamos nos aculturar e admitir que os brancos, amarelos ou negros não são os únicos responsáveis pelo progresso brasileiro, se assim pode ser referido o nosso estágio de desenvolvimento. Precisamos aprender um pouco mais de história, da história econômica do Brasil e dos motivos da vinda de negros, italianos, alemães, poloneses, japoneses, árabes e outros.
       Atribuir aos brancos o desenvolvimento da Região Sul é um descalabro. Na Revolução Farroupilha, por exemplo, quem botou o peito para levar tiros e estocadas de espada foram os negros, a mando dos fazendeiros e senhores de charqueadas.
Em todo o país, os negros chegaram como escravos para trabalhar em troca de um punhado de comida jogada nas senzalas como se jogava milho e mandioca aos porcos. Os italianos chegaram para substituir os negros nos cafezais devido à iminente abolição da escravatura. A escravidão foi abolida não por beneplácito dos fazendeiros, mas por pressão internacional. Em todos os casos, o Brasil abriu suas fronteiras à imigração para povoar um país continental e para produzir bens e serviços e não para disputar um campeonato de competência.
Não posso deixar de citar a construção (frustrada) da ferrovia Madeira-Mamoré onde até foi importada mão de obra japonesa, para morrer na selva vítima de malária.
Antes de criticar ou fazer comentários desastrados, vão estudar! A biblioteca está cheia de livros.
MAIS UMA
       A justiça de São Miguel do Oeste está empenhada em descobrir quem contratou João Mineiro e Marciano. Suspeita-se que João Mineiro tenha sido contratado por Joaquim José da Silva Xavier. Quanto ao Marciano, há dúvidas se ele teria sido contratado pela cadelinha Laika que foi ao espaço sideral a bordo da nave Sputnik disparada pelos Russos, ou por Barak Obama, empenhado em enviar missões à Marte.

JORNALISMO E JORNALISTAS
       Este reles colunista que eventualmente ocupa este espaço, parte da mídia eletrônica, púlpitos de botecos e encontros de descendentes de italianos, nunca se intitulou jornalista e nem pretende ser âncora de noticiários. Quanto muito aceitaria ser âncora de algum caíque velho, abandonado à margem de um riacho, preso à uma taboca.
       Sem maiores pretensões, portanto. Tocando a vida na horizontal, sem altos nem baixos, sem momentos de glória, mas também sem quedas vertiginosas. Esta humilde coluna é a de número 597 escritas gratuitamente neste mesmo jornal, sem contar as publicadas em outros, sinal que há algo que a torna sobrevivente.
       Os meios para sobrevivência econômica deste escriba, vêm do trabalho e de um mísero benefício previdenciário. Não há reservas resultantes de roubalheira ou outros desvios de conduta.
       Os principais críticos que possuo, o fazem para atingir pessoas de minha família. Falta-lhes coragem para atacar diretamente a quem pretendem. Imagino que o fazem por frustração, por não terem alcançado em suas atividades originárias a notoriedade que achavam que deveriam ter, considerando sua linha ancestral.
Um, pelo menos, acusa-me de ter “quebrado a AMEOSC” quando por lá passei. Mal sabe que em todo o tempo que lá estive, NUNCA recebi o salário mensal de uma vez. Sempre a contagotas, porque os municípios membros, inclusive aquele onde se achava influente, não contribuíam regularmente. O real motivo é o fato de o “crítico” nunca ter sido contratado pela AMEOSC, onde poderia exercitar sua soberba e mostrar sua incompetência. Atribui a este reles colunista a responsabilidade por ter sido preterido. No entanto, sua história o denuncia.
Quanto aos demais, ou são excessivamente partidários ou fracassaram em suas profissões tendo que sujeitar-se, em plena idade produtiva, a atividades secundárias. Dou como exemplo o assoberbado Prisco Paraíso, que de jornalista âncora de um grande jornal, contenta-se em publicar seus escritos raivosos em jornais sem expressão.
Não sofro desse mal. Nunca sonhei escrever para o New York Times, nem para o Le Monde.