sexta-feira, 26 de abril de 2024

838 – O PAPEL DA MÍDIA NA ATUALIDADE 26.04.2026

 838 – O PAPEL DA MÍDIA NA ATUALIDADE

 

O assunto proposto para esta coluna, busca abordar a influência da mídia na vida das pessoas. Sempre se acreditou que a mídia, de um modo geral, teria como missão informar a sociedade, definir os temas a serem discutidos, expor ideias e formar opiniões. O papel da mídia é formar cidadãos conscientes e críticos. Mais do que tudo, é ser leal com o seu público. Sendo assim, a parcela de colaboração da mídia na construção e formação política e cultural da sociedade é significativa.

Ela é composta pelos mais diversos meios de comunicação: cinema, televisão, rádio, internet, jornais, revistas, livros, panfletos, cartazes ou outdoors. Enfim, tudo aquilo que comunica em massa, ou seja, que torna algo comum a todos ou a um grande número de pessoas, pode ser considerado mídia.

E qual o papel da mídia na sociedade? Como ela pode influenciar na construção e formação cultural e política? Para a jornalista Marisa Sanematsu, “a mídia informativa é um importante espaço de poder, debate e mediações de conflitos. Ela diz que “estar na mídia é sinônimo de existir”. Define os assuntos sobre os quais as pessoas conversam dentro de casa, nas reuniões sociais, no ponto de ônibus e no trabalho. Em outras palavras, a mídia tem o poder de selecionar e hierarquizar temas, definindo prioridades. É nesse contexto que se pode afirmar que a imprensa tem muito poder e uma responsabilidade social muito grande na configuração da agenda de debates de uma sociedade”.

Mas nem tudo são flores. Apesar do belo discurso, a mídia não tem desempenhado seu papel de forma verdadeira, eficaz e sincera. Ela tem desvirtuado sua ideologia e feito um papelão jogando fora suas virtudes que ainda lhe restam, para fazer uma sociedade inteira perder suas próprias virtudes. Ela tem trabalhado em prol de interesses pessoais, empresariais e políticos, e não a favor do bem para a sociedade. A imprensa televisiva, escrita e falada tem cometido inúmeros casos de manipulação e distorção das informações. Ela mente, desmente mentindo e confunde. Infelizmente, aos poucos, a mídia e o seu verdadeiro papel estão sendo jogadas no lixo, embora se espere que deva preservar o pouco de responsabilidade social que ainda lhe resta.

Apesar de boa parte do povo estar mais atenta a essa sujeira toda, ainda existem pessoas inocentes que são iludidas e que ajudam a mentir junto, passando a frente as falsas informações.

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Para piorar a situação, a mídia tradicional recebeu o funesto reforço das mídias sociais, para ajudar o trabalho do “Fatritol” (antigo e tradicional espalhador de esterco utilizado na agricultura), para espalhar o estrume e potencializar o mau cheiro em meio aos incautos e aos bem-intencionados. Nesta balada entraram em campo o rei das Fake News, o funesto Elon Musk mais uma trupe local de especialistas em adubação orgânica.

Para sucesso da empreitada, pelo menos em nossa região não falta matéria prima, pois o rebanho, a porcada e a frangalhada superam a população e os ventos abundantes mais a mídia alienada se encarregam de espalhar o odor.

Outro papel importante na nossa região, tipo papel higiênico usado, e aí podemos incluir a santa e a catarina que volta e meia põem um ovo, ajuda a fomentar os incautos para contribuírem no aumento da produção. Mas isso, nossas mídias tradicionais e sociais alienadas não divulgam. Sem nenhum esforço, preferem divulgar as titicas dos pardais e sabiás nos fios da rede elétrica. Talvez isto produza seus esperados efeitos, pois os bichinhos são pequeninos e indefesos. Agora, os elementos dos rebanhos que produzem grande quantidade de esterco e infectam o intocável território, além das cagadas dos animais de rapina, sempre serão desconhecidos pela mídia alienada, interesseira e sem compromisso com sua missão de ofício.  Preferem, sem qualquer escrúpulo, execrar toda e qualquer notícia que ouse tocar os intocáveis, riquinhos de ocasião, apaniguados e puxa sacos, mesmo os de moral duvidosa. Preferem, acima de tudo, organizar manifestações, abaixo assinados, bilhetes anônimos e práticas deploráveis para proteger os intocáveis em detrimento dos fracos e oprimidos. Isto é o que restou da mídia, que pelos seus próprios arroubos vai se exterminando.

Jaime Capra.  

sexta-feira, 12 de abril de 2024

JARDIM ZOOLÓGICO - 837

 JARDIM ZOOLÓGICO - 837

Jaime Capra

 

        É chegado o tempo das grandes movimentações políticas. Falar de São Miguel do Oeste e seu entorno não é perda de tempo, porque a história se repete a cada quatro anos e País inteiro. Tal mobilização, seja nos botecos, esquinas, e até nas igrejas, transforma os lugares, sobretudo os menores, em verdadeiros picles, saladas de frutas, sopas de letrinhas, zoológicos, ou qualquer outra forma que cada um, não provinciano, resolve classificar. Por aqui, especificamente em São Miguel do Oeste, esta movimentação chegou cedo associada à política Nacional onde a cúpula dedica-se a repetir as estratégias e suas consequências das eleições gerais de 2022. Muitos ainda pensam em manifestações em frente aos quartéis da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, animados pelo Governador do Estado e seu Exército e pelas centenas de Células Fascistas espalhadas pelo território.

Se eventualmente a movimentação opta por seguir o modelo “zoológico”, menos mal. Embora se saiba que nos zoológicos, especialmente no setor dos macacos (animal mesmo!) onde pulam de galho em galho, fazem acrobacias, ficam pendurados pelo rabo, todos juntos em confraternização. Porém, em época de cio, acasalam-se entre iguais, não misturam as raças, podendo inclusive acasalar-se entre pais e filhos. Diferente é o quadro político atual, mas com uma discrepância: o acasalamento está se encaminhando, não pela via genética, mas pela via dos interesses pessoais onde se cogita acasalamentos fora do padrão como entre Macacos-Prego e Muritis. Já se cogita, inclusive, seguir o filósofo italiano Niccolò Machiavelli que parafraseou dizendo que “os fins justificam os meios, significando que se os objetivos forem importantes ou suficientes, qualquer método para os atingir é aceitável. Embora a fama e importância de Machiavelli, é evidente, palpável e previsível que nenhum dos atores cogitados tem como preocupação a administração pública. Com certeza nem sabem que a Gestão Pública é a espinha dorsal da administração governamental. Abrange desde a elaboração de políticas públicas até a execução de programas e projetos que visam melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, não de si próprio. Além disso, busca assegurar a correta utilização dos recursos públicos baseada nos princípios da eficiência, eficácia e efetividade, o combate a corrupção e a promoção da participação e controle social nas decisões governamentais.

Até a próxima.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

ESPERO QUE O BRASIL AMADUREÇA (836 - 05/04/2024)

 

                ESPERO QUE O BRASIL AMADUREÇA 

                836 – por Jaime Capra

 

        Já quase ultrapassamos o primeiro trimestre de 2024, duas décadas e meia deste século XXI. No entanto continuamos marcando passo como se estivéssemos no século XIX. É incrível, com todo o avanço tecnológico à nossa disposição, continuarmos agindo como se o Brasil ainda fosse uma província de Portugal e pior, como província do Clero Secular e do Clero Regular o que perdurou até 1892, portanto a mais de setenta anos após a proclamação da Independência.

        Neste texto não quero referir especificamente o Brasil, pois o País é imenso e sabe-se que parte dele, pelo menos, deixou de ser província a muito tempo. Quero me referir especialmente aos mais próximos, jornalistas, políticos, comerciantes, e grande parcela da população com diplomas universitários pendurados atrás das portas ou na entrada das salas de trabalho. Quero dedicar um “entre aspas” especial à imprensa local e às mídias sociais, as quais tem emprestado toda sua capacidade para criar bobagens, mostrar tendências e preferências pessoais, sobretudo as políticas. A estes, tenho uma sugestão especial, embora extemporânea: assistir a palestra cujo título é: ESQUERDA – A disputa da narrativa nas redes sociais, com o jornalista Leandro Demori, na UFFS (Universidade Federal Fronteira Sul) em Chapecó.

Alguns de nossos pretensos jornalistas que nos informam (sic), inclusive travestidos da autoridade militar, deveriam comparecer para aprender alguma coisa além da abertura e acompanhamento das estradas na Amazônia (quiçá também proteger as fronteiras e os Indígenas), distribuir Fake News ou seguir a cartilha dos donos das redes de comunicações, e evidentemente aumentar suas reservas à custa do novos provincianos.

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        Quanto aos demais provincianos não efusivamente citados, só o fato de andarem fantasiados com bandeiras do Brasil grudadas nos carros, em seus estabelecimentos e em outros locais visíveis, nada a acrescentar. Pode-se apostar que em toda a vida pretérita, evidentemente anterior a 8 de janeiro de 2023, estes provincianos nunca lembraram que o Brasil existe e seu símbolo maior seria a Bandeira Nacional. Só o fato de subscrever listas orientando seus iguais para que evitem manter relações comerciais com aqueles que não o são, bem diz do seu caráter, demonstrando que efetivamente dizer que estão no Século XIX é elogio. Na verdade, estão ainda em 1549, quando o Brasil foi fundado como unidade política.  

 

 


quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

COMEÇANDO UM NOVO ANO - 836

836 – COMEÇANDO UM NOVO ANO – 03-01-2024

 

     Nos últimos dias de 2023 nas mensagens pessoais das redes sociais não se via outra coisa não fossem votos de feliz Natal e próspero Ano Novo. Nos noticiários jornalísticos e televisivos, o que mais se viu e ouviu foi a repetição das notícias ruins acontecidas no ano que se findava, culminando com a resenha das desgraças acontecidas. Nem uma palavra de animo, esperança, incentivo e orientação, para que leitores, ouvintes e assistentes fizessem qualquer movimento para minimizar os efeitos funestos dos episódios relatados. 

A dúvida que sub existe ano após ano: estaria a mídia interessada somente em divulgar as desgraças na crença que são estas que alimentam a audiência? Ou seria o convencimento que palavras de esperança não produzem qualquer efeito prático junto à população? Ou ainda, a certeza que o nosso povo e o próprio País onde habita não tem jeito mesmo? Ou seria o povo seguindo o exemplo de quem tem a obrigação de mostrar boas práticas e não o faz?

       Mas a dúvida persiste e pelos sinais emitidos destes primeiros dias há de persistir, porque a prática continua absolutamente a mesma. Pior que isto, todos os votos de um feliz e venturoso ano novo já foram esquecidos e pior, absolutamente os desejos são aplicados.

A começar pelo nosso quintal catarinense, não passa um dia sequer sem que o estado ou algum município seja motivo de notícias vinculadas ao mal comportamento. É o poder público e o povo em geral, sobretudo aqueles que ainda não engoliram o resultado das eleições de 2022, que preenchem as páginas judiciais e/ou policiais pelos mais diversos motivos, sejam pela idiotice, maus espírito ou burrice mesmo. Contradizendo a triste realidade, pelo menos a notícia que um catarinense de Ipira acertou as seis dezenas da Mega Sena da virada pode nos dar um fio de esperança.

       Por Jaime Capra.