ESPERO QUE O BRASIL AMADUREÇA
836 – por Jaime Capra
Já quase ultrapassamos o primeiro trimestre de 2024, duas
décadas e meia deste século XXI. No entanto continuamos marcando passo como se
estivéssemos no século XIX. É incrível, com todo o avanço tecnológico à nossa
disposição, continuarmos agindo como se o Brasil ainda fosse uma província de
Portugal e pior, como província do Clero Secular e do Clero Regular o que
perdurou até 1892, portanto a mais de setenta anos após a proclamação da Independência.
Neste texto não quero referir especificamente o Brasil, pois
o País é imenso e sabe-se que parte dele, pelo menos, deixou de ser província a
muito tempo. Quero me referir especialmente aos mais próximos, jornalistas,
políticos, comerciantes, e grande parcela da população com diplomas
universitários pendurados atrás das portas ou na entrada das salas de trabalho.
Quero dedicar um “entre aspas” especial à imprensa local e às mídias sociais,
as quais tem emprestado toda sua capacidade para criar bobagens, mostrar tendências
e preferências pessoais, sobretudo as políticas. A estes, tenho uma sugestão
especial, embora extemporânea: assistir a palestra cujo título é: ESQUERDA – A disputa da narrativa nas redes
sociais, com o jornalista Leandro
Demori, na UFFS (Universidade Federal Fronteira Sul) em Chapecó.
Alguns
de nossos pretensos jornalistas que nos informam (sic), inclusive travestidos
da autoridade militar, deveriam comparecer para aprender alguma coisa além da abertura
e acompanhamento das estradas na Amazônia (quiçá também proteger as fronteiras
e os Indígenas), distribuir Fake News ou seguir a cartilha dos donos das redes
de comunicações, e evidentemente aumentar suas reservas à custa do novos
provincianos.
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Quanto aos demais
provincianos não efusivamente citados, só o fato de andarem fantasiados com
bandeiras do Brasil grudadas nos carros, em seus estabelecimentos e em outros
locais visíveis, nada a acrescentar. Pode-se apostar que em toda a vida
pretérita, evidentemente anterior a 8 de janeiro de 2023, estes provincianos
nunca lembraram que o Brasil existe e seu símbolo maior seria a Bandeira
Nacional. Só o fato de subscrever listas orientando seus iguais para que evitem
manter relações comerciais com aqueles que não o são, bem diz do seu caráter,
demonstrando que efetivamente dizer que estão no Século XIX é elogio. Na
verdade, estão ainda em 1549, quando o Brasil foi fundado como unidade
política.
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