quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

DE VOLTA AO FEUDALISMO

 

 

DE VOLTA AO FEUDALISMO – 12.02.2021

 

       >> Feudalismo foi um sistema político, econômico e social que predominou na Europa entre o início da Idade Média até a afirmação dos Estados Modernos, entre os séculos XI e XIII. O conceito teórico de Feudalismo tornou-se popular através do filósofo Montesquieu.

       Uma série de fatores contribuíram para a formação do Feudalismo, entre eles a desagregação do Império Romano, o declínio da escravidão e do comércio, a debandada das populações para a área rural, a formação de muitos senhorios e reinos bárbaros, a incapacidade dos sacro-imperadores de constituir uma unidade política abrangente e eficiente, a supressão do paganismo e o fortalecimento político da Igreja Católica.

       O feudalismo evoluiu lentamente até se tornar o modelo dominante na Europa, e se caracterizou, em sua forma madura, pela regionalização do poder, cuja concentração ficava nas mãos de uma aristocracia que dominava a terra e subjugava a população através do poder de domínio. O sistema era garantido pelo monopólio das forças militares pela elite, pelo apoio da Igreja, por uma progressiva sustentação jurídica e ideológica, e por uma forte rede de obrigações entre os senhores feudais e seus vasalos, susseranos e súditos.

       A partir do século XIII, com o surgimento de novas monarquias, a reurbanização e o reaquecimento e diversificação da economia, o sistema iniciou seu declínio, que se acentuou a partir do século XIV com a emergência do capitalismo, a concorrência da burguesia, a substituição dos servos por trabalhadores assalariados e grandes mudanças culturais. Assim mesmo os feudos propriamente ditos, perduraram até depois do fim do Antigo Regime.

 

       >> Feudo é a terra ou uma fonte de renda concedida por um suserano ao vassalo, em troca de fidelidade e ajuda militar. Essa prática desenvolveu-se na Idade Média, no governo de Carlos Magno após o fim do Império Romano e foi a base para o estabelecimento de uma aristocracia fundiária. Na sociedade feudal, o feudo era a fonte de renda do vassalo e era mantido por seu senhor em troca de serviços. O feudo feudo era a instituição central da sociedade feudal.

 

>> Suserania ou Suserano era o termo empregado para distinguir um nobre que doava algum bem, normalmente terras, mas podia ser a concessão de impostos, o uso de equipamentos agrícolas, de uma fonte d'água, etc. a outro nobre. Nessa relação, suserano é quem doa o bem e quem o recebe o denominado vassalo. Em troca do benefício doado pelo suserano, o vassalo lhe faz um juramento de fidelidade, devendo-lhe prestar diversos serviços, entre os quais lutar no exército quando for convocado, ajudar seu suserano economicamente quando este precisar, etc. Também, um suserano pode se tornar vassalo de outro nobre se dele receber algo; da mesma forma, um vassalo pode se tornar um suserano se doar algo a outro nobre.

Entre as obrigações do suserano e do vassalo, está a hospedagem, que consiste em servir abrigo e comida para o senhor feudal em sua casa; pagar a talha, imposto que o servo tem de pagar, o que representa doar parte de sua produção para o senhor; pagamento de banalidades, o que significa pagar pelo uso de estruturas para o processamento de cereais; e pagamento da mão morta, que é um imposto sobre a mão de obra perdida, quando um servo e morto.

Os senhores feudais faziam rodizio de visitas a seus suseranos, onde ficavam hospedados por algum tempo com toda sua corte. Dessa forma, eram praticamente sustentados por seus vassalos.

 

>>  Qualquer semelhança não é mera coincidência. Levada ao pé da letra, a dissertação sobre feudalismo, suserania e vasalagem é o retrato fiel da atual administração municipal de São Miguel do Oeste, comparável a um feudo. Em pouco mais de um mes, o senhor feudal já estabeleceu susseranias que romperam os limites do paço municipal e deram origem a outras, com a indicação dos respectivos vassalos.

Como não poderia deixar de ser, a exemplo da era Feudal, o poder está concentrado nas mãos da aristocracia que domina a área e subjuga parte da população através do poder de domínio.

 

       >> Diferente da realidade dos séculos XI a XIII, a terra foi substituída por uma fonte de renda temporária mas estável, concedida pelo senhor feudal aos seus suseranos e estes aos seus vassalos. Em troca,muito mais que terras, bens ou direitos, a fidelidade e a ajuda estratégica passam a ser extremamente importantes. Na sociedade feudal, o feudo é a fonte de renda do vassalo, este mantido por seu senhor em troca de serviços; o feudo constitui a instituição central da sociedade feudal.

 

>>  Nem foi preciso acordar Montesquieu de seu sono eterno. A queda do Imperio deu-se tão rapidamente que a prática até saiu da esfera administrativa para a legislativa, onde o primeiro suserano foi guindado ao posto antes mesmo  da criação do feudo. E o primeiro suserano não perdeu tempo e jà fez dois ou três suseanos, e estes, sem perda de tempo, já estão cercados por seus vassalos, sejam eles parentes, sócios colaboradores ou fiéis seguidores.

A mais recente suserania foi criada recentemente. Tem a missão da fidelidade e compromisso único com a guerra. A primeira batalha já foi travada: afastar as mulheres da área, evitando homenagens. Afinal, no feudalismo as mulheres só serviam para procriar. Os tempos estão voltando.

Até a próxima

SAIA JUSTA OU CALÇAS NA MÃO

 

769 – SAIA JUSTA OU CALÇAS NA MÃO

 

>> Nada melhor que um dia depois do outro. Nem bem o ano começou, e nossas autoridades constituídas, eleitas e empossadas, já foram submetidas a saias justas e ficaram com as calças na mão. A situação foi provocada justamente por quem e de onde nada se esperava. Para começar, os nobres vereadores da situação, que correspondem grande maioria no legislativo Migueloestino, com sobras, pois agregaram um caroneiro, já tomaram duas invertidas consecutivas da pequena minoria.

Na primeira, tiveram que engolir a suspensão de uma sessão extraordinária, convocada exclusivamente para mostrar serviço e colocar melhor alguns pingos nos is e referências entre vírgulas e/ou entre linhas, que ficaram para trás com o resultado das eleições.

A segunda invertida é recente e provocou ciúmes desde o início do Século XX quando a moda da saia justa se iniciou. Na votação do projeto de aumento dos vencimentos do funcionalismo, os vereadores da situação (grande maioria) meio a contragosto, tiveram que votar a favor da emenda da minoria que suprimiu o aumento para os ocupantes dos cargos de agentes políticos, eleitos e nomeados. Ficaram mal com grande parte dos servidores que ocupam estes cargos e desestimularam a si próprios e os pretendentes. Jogada articulada e inteligente da oposição.

Esta legislatura promete. O pequeno grupo de oposição, parece não estar disposto a engolir a grande maioria sem dar umas boas mastigadas. A experiência vai servir de sobremesa.

 

       >> Isto já não é mais saia justa nem calças na mão. É, a bem da verdade, aquele animalzinho pequeno e safado da fauna brasileira, cujo nome estou impedido de citar. O caos sanitário e a crise das vacinas levaram Jair Bolsonaro a mudar radicalmente sua postura em relação ao maior parceiro comercial do Brasil, a China, que decidiu liberar a venda de insumos para a vacinação no País. "Agradeço a sensibilidade do governo chinês", diz o Jaboti em cima da árvore”.

       Depois de dois anos de ataques, numa política externa que atendia aos interesses da extrema-direita estadunidense, Jair Bolsonaro se rendeu à realidade e agradeceu ao maior parceiro comercial do Brasil pela liberação de insumos para a produção da vacina Coronavac no Brasil.

Antes de fazer o anúncio, pelo tweet, Bolsonaro e seus seguidores criticavam sua eficácia. Como a maioria dos brasileiros pretende se vacinar, Bolsonaro mudou sua postura, dizendo: “Agradeço a sensibilidade do Governo chinês, bem como o empenho dos Ministros”.

 

>> É uma martelada no cravo e uma na ferradura. Jair Bolsonaro afirmou à CNN na noite desta segunda-feira que a vacinação contra a pandemia será parcialmente privatizada, liquidando com a lógica do Programa Nacional de Imunização. Ele desmentiu a informação segundo a qual a vacinação seria apenas pública no país.  

Com a decisão do governo, haverá a fila do programa público de vacinação e ela será furada por empresários, dirigentes e funcionários das empresas.

 

>>  Medo do inferno. Os inocentes uteis, inúteis, safados e seus sucedâneos que foram cruciais no golpe midiático de 2016, aos poucos, com medo de queimar no fogo do inferno, vão revelando seus arrependimentos.

       O aguardado livro "Tchau, querida", do ex-deputado Eduardo Cunha, confirma, para a História, o que todos os brasileiros com acesso à informação e honestidade intelectual já sabem: a ex-presidente Dilma Rousseff foi vítima de um golpe de estado, que destruiu a democracia e vem também destruindo a economia.

       No livro, ele revela o papel vil desempenhado por Michel Temer, que traiu a ex-presidente. "Temer foi sim o militante mais atuante e importante. Sobre os articuladores do golpe, Cunha aponta o dedo para o PSDB, na figura do então líder Carlos Sampaio, e para Rodrigo Maia. "Foi no apartamento de Rodrigo Maia, em São Conrado no Rio de Janeiro, em 10 de outubro de 2015, em uma reunião articulada por ele, com o então líder do PSDB Carlos Sampaio e da minoria Bruno Araújo, que se decidiu a mudança, exigida por mim do pedido de impeachment, que tinha sido apresentado na Câmara".

       Entre os inocentes inúteis, encontram-se a Jornalista Miriam Leitão, e seus parceiros da Rede Globo, o ex-senador Cristóvão Buarque, as trouxas que fizeram manifestações pelo impeachment de Dilma e agora trilham o caminho de volta, e os milhares de inocentes que votaram no Jaboti. Bem feito a todos. Satanás vos espera. Vocês não acabaram com um governo. Acabaram com um País.

 

>> Golpista em 2016, Reinaldo Azevedo em sua coluna na Folha de São Paulo, descobrem em 2020, que é preciso parar os golpistas: "não podemos ficar entre o tudo e o desastroso nada: a permanência no cargo de um sabotador impune".

"É preciso romper o círculo vicioso a que estamos presos. Bolsonaro está começando a nos tornar dependentes de sua estupidez.

 

>>  Só no leite condensado! A rotina do presidente Jair Bolsonaro de colocar leite condensado no pão no café da manhã fica bem aparente na tabela de compras do Executivo Federal. Levantamento divulgado pelo Portal Metrópoles mostra que o item está entre os principais gastos do governo em supermercado. Foram mais de quinze milhões de Reais gastos apenas em Leite Condensado no ano de 2020. Com base no Painel de Compras, do Ministério da Economia, o Metrópoles estimou gastos de mais de R$ 1,8 bilhão no carrinho de compras do governo.

Boa leitura no Jornal Gazeta e em Jaimecapra.blogspot.com/