segunda-feira, 29 de junho de 2015

OS PATETAS

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre
  
Prólogo: Os patetas da oposição foram “salvar” a Venezuela do Governo Bolivariano. Exatamente o governo do presidente Nicolás Maduro, e, anteriormente, o do revolucionário Hugo Chávez, que livrou o povo da exploração e da roubalheira da oligarquia venezuelana ligada ao petróleo e aos bancos. Mais ridículo e insensato não poderia ser. Os nomes dos trapalhões da direita brasileira golpista e irresponsável, bem como iradamente inconformados com a quarta derrota eleitoral para o PT: Aécio Neves (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Agripino Maia (DEM-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

O desatino, a arrogância e o despropósito desses políticos foram tão cabotinos e surreais, que ainda voaram para o País bolivariano em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), com o intuito de efetivarem a molecagem e a irresponsabilidade de confrontar um governo democrático, em solo estrangeiro, além de criarem uma quizumba e pataquada diplomática, que contou ainda com a cumplicidade e o apoio de uma mídia de mercado e partidarizada, que, imediatamente, tratou de repercutir a bazófia demotucana, como se tais senadores realmente representassem os interesses do Brasil, no que concerne à diplomacia com a Venezuela. Durma-se com um barulho desses.

A pergunta, então, é esta: o que esses homens tem em comum, além de serem ideologicamente de direita? Resposta: são reacionários; politicamente conservadores; não tem programas de governo e projeto de País para apresentar aos brasileiros; recusam-se, terminantemente, a pensar o Brasil, e, para finalizar, são títeres ou testas de ferro dos interesses das grandes corporações empresariais nacionais e internacionais, bem como subordinados e subservientes aos governos dos Estados Unidos e de meia dúzia de países da combalida Europa, que há sete anos enfrenta uma crise econômica tão séria, que emprego em certos países daquele continente se tornou um acontecimento comemorativo para quem consegue encontrá-lo, pois raro.

O inacreditável dessa palhaçada liderada por Aécio Neves, o playboy do Leblon, é que a imprensa dos magnatas bilionários dá uma conotação de crise entre os dois países, quando, na verdade, não existe crise alguma, a não ser o movimento tucano, que cria situações políticas em forma de farsa, porque farsantes. A verdade é que a metade ou mais das pessoas que se informam pelas mídias comerciais e privadas dos magnatas bilionários são mal informadas, porque recebem notícias que distorcem os fatos e as realidades, quando não, simplesmente, mentirosas.

Duvido que a classe média coxinha brasileira, por exemplo, saiba, de fato, quem é o empresário venezuelano e político, Henrique Capriles, bem como saiba, com conhecimento de causa, quem é o extremado à direita, Leopoldo Lopez, que está preso por ter liderado um movimento político e armado violentíssimo, que causou dezenas de mortes de ativistas políticos pró-governo e de oposição, além de dezenas de agentes públicos terem sido também assassinados.

A Venezuela, de Maduro, teve de conviver com a violência e mortes, bem como sofreu prejuízos econômicos e financeiros de altíssimas montas, ao ponto de a economia do País entrar em recessão, além de experimentar a a diminuição da oferta de alimentos nas prateleiras dos mercados e, por conseguinte, ter de o governo lutar, incessantemente, para estancar a inflação.

Para quem não compreende o que ocorre naquela nação, desde que Hugo Chávez chegou ao poder na Venezuela, nos idos da década de 1990, as tentativas de golpes são constantes e violentas, razão pela qual se torna muito difícil governar, assim como tratar de desenvolver o país, apesar dos altos índices de alfabetização, de melhoria na saúde e dos avanços sociais que acontecem em todos os segmentos, porque o dinheiro do petróleo, que era destinado a privilegiar e beneficiar os inquilinos da casa grande venezuelana e os trustes internacionais, agora parte dele é direcionado para promover o desenvolvimento social e econômico de sua população.

Enquanto isto, as famílias midiáticas da Venezuela, do Brasil e, evidentemente, da América Latina e Estados Unidos, continuam a manipular e distorcer as notícias sobre a Venezuela, por intermédio de uma propaganda sistemática e perniciosa, que transforma a mentira em verdade e a desinformação como algo digno de ter crédito, ao ponto de as pessoas tecerem críticas absurdas e encolerizadas contra o governo bolivariano, sem ao menos ouvir o outro lado ou ter pelo menos a sensatez de viajar para Caracas e verificar in loco como se encontra a situação do povo da Venezuela, bem como tentar compreender os embates políticos e armados que por lá acontecem desde que a oligarquia petrolífera foi apeada do poder.

Acreditar apenas nas palavras e nas opiniões de jornalistas, empresários e políticos brasileiros de perfis conservadores, sem se dar o trabalho de ouvir o outro lado para pensar e ponderar é a mesma coisa que dar comida a lobos esfaimados, sem se valer de proteção para quem alimenta as feras não fique sem as mãos. E assim caminha a humanidade, no caso de Aécio Neves e seus gogoboys da política rasteira e espertalhona, que visa apenas bagunçar ainda mais o que já está difícil de administrar em termos governamentais, tanto aqui, no Brasil, quanto na Venezuela.

Leopoldo Lopez, a quem Aécio Neves e seus gogoboys foram “libertar” é líder de grupos que cometeram assassinatos e rasgaram a Constituição para cometer ações de assaltos ao poder. Literalmente. A cara de pau e a desfaçatez dessa gente são inenarráveis, pois o despropósito é incomensurável, porque essa trupe realmente não tem limites. Aécio, o playboy que foi impedido de ganhar seu brinquedo do Papai Noel de 2014, a Presidência da República, afirmou que foi à Venezuela para fazer “aquilo que o governo brasileiro deveria ter feito há muito tempo”. Nunca ouvi nada mais tosco e imbecil.

Então o Itamaraty, com a aquiescência da mandatária trabalhista, Dilma Rousseff, deveria se intrometer em assuntos internos de tal país, além de passar um pito no presidente Nicolás Maduro. Talvez enviar tropas brasileiras para ocupar o presídio onde está preso um delinquente perigoso e fascista, como o é Leopoldo Lopez, que tentou derrubar um presidente eleito legalmente e constitucional, além de ser um testa de ferro dos Estados Unidos, inclusive ligado à CIA.

Apesar disso, Aécio e seus gogoboys da política rasteira e inconsequente, recebem apoio da imprensa golpista brasileira, que dá à sua movimentação política tão suja como uma pocilga uma conotação legal, mas, sobretudo, equivocada, porque até mesmo um completo débil mental ou analfabeto político sabe, de antemão, que Aécio Neves não iria libertar ninguém, bem como as narrativas de enfrentamento e despreendimento desse grupo que foi fazer uma pantomima irresponsável em Caracas, com a finalidade de produzir fakes para que a imprensa dos Marinho, dos Civita, dos Mesquita e dos Frias e dos Sirotsky tenha mais uma oportunidade de fazer política baixa e tentar, mais uma vez, pressionar o governo e, por sua vez, desconstruir sua imagem.

Essa viagem do mineiro-carioca derrotado por Dilma em 2014 passou de todas as medidas. Uma vergonha e embromação que realmente faz muita gente pensar no que esse playboy seria capaz se tivesse assumido a Presidência da República, a ter como seu ministro da Fazenda outro playboy, que atende pelo nome de Armínio Fraga, o pupilo do megainvestidor George Soros.

Vaiados por populares, os “capriles” e “leopoldos” brasileiros deram, ridiculamente, uma de heróis. Além de “libertar” um assassino golpista da dimensão de Leopoldo Lopez, os valentões da terra brasilis disseram também que iriam resgatar a liberdade de expressão e garantir eleições livres na Venezuela. Demagogia e bazófia pura e aplicada nas veias dessas personas mequetrefes e rastaqueras.

A verdade é que as eleições da Venezuela são realmente diretas e onde viceja a democracia popular e não a representativa, como ocorre no Brasil. O povo venezuelano decide o que quer, inclusive a parte da população que vota contra o governo bolivariano. Referendos e pebliscitos foram realizados aos montes naquele país do norte da América do Sul.

Enquanto no Brasil, quando o governo informou que tinha a intenção de organizar um plebiscito para que o povo desse sua opinião e votasse sobre a questão da reforma política, a imprensa corporativa e seus áulicos da Judiciário, do MP e do Congresso trataram imediatamente de abrir a boca e combater quaisquer chances de o plebiscito ser efetivado. Ponto.

A verdade é a seguinte: a farsa da viagem de Aécio Neves e seus gogoboys teve apenas uma finalidade: fazer da Venezuela um motivo para colocar o Governo Dilma na parede, agora em âmbito internacional, bem como pautar o debate político no Brasil, além de manter a agenda da oposição em pé de guerra. Aécio e seus gogoboys fizeram molecagem na Venezuela e abraçaram a causa golpista e violenta do assassino Leopoldo Lopez. Esta é a alma da direita brasileira.

PS: O Globo, antes mesmo de a comitiva circense de Aécio Neves e seus gogoboys tentarem “libertar” Leopoldo Lopez, informou que tais “heróis” das causas “libertárias”, a exemplo de Agripino Maia, Ronaldo Caiado e Cássio Cunha Lima, foram impedidos de entrar na Venezuela pelo seu governo “ditatorial e perverso” — o que foi facilmente desmentido.

O Globo mentiu, descaradamente, para o público brasileiro e mundial, o que é crime para muitos juristas. Quem editou tal notícia publicada no Globo mentiu, e ninguém é processado. Bem feito! Quem manda o Brasil ainda não ter efetivado o marco regulatório para setor midiático, conforme reza a Constituição.

PS 2: Leopoldo López foi o responsável mais importante pelas “guarimbas”, que vem a ser os movimentos de ordem política e paramilitar, que mataram 43 pessoas e feriram outras centenas, muitas dessas vítimas gravemente.

López é um dos envolvidos no golpe de estado de 2002, que sequestrou o presidente Hugo Chávez, com o intuito de derrubá-lo do poder. O golpista truculento é também um dos signatários do decreto do golpe, que tratava, inclusive, de dissolver todas as instituições democráticas da Venezuela. Se algum desavisado e desinformado ou simplesmente reacionário não acredita, que pesquise e leia o decreto de essência ditatorial. É isso aí.  Fim.

FIM DA PICADA

FIM DA PICADA
O parlamento municipal, em associação com a administração, protagonizou um evento inacreditável. Juntos conseguiram embaralhar os vereadores de tal forma que ninguém mais sabe de que lado está. A sugestão não poderia ser outra senão a encomenda urgente de algumas bússolas para achar o rumo a ser seguido daqui para frente.
Nos últimos tempos, tanto se falou no estacionamento rotativo, que a cabeça dos nossos ilustres políticos, com algumas raras e honrosas exceções, gira e aponta para uma ou outra direção qual biruta de aeroporto.
A administração municipal colabora para isso. Mandou um projeto que foi substituído por outro alguns dias depois. A colenda o modificou e aprovou. Incontinenti, o executivo vetou tudo. A colenda, em represália, derrubou o veto, obrigando o executivo a implantar o tal rotativo.
Isso não é tudo. Algumas cabeças iluminadas sugeriram jogar a nova lei no lixo e votar outra, de comum acordo. Muito bem, pois se é para pagar mico, que se pague um bem grande de uma vez.
Alguns vereadores que votaram a favor do estacionamento, votaram a favor do veto e outros que votaram contra o estacionamento, votaram também contra o veto, que justamente é para o povo não entender nada e engolir o sapo.
O prefeito que vetou o projeto viu seus vereadores derrubarem o veto, coisa inusitada no contexto de fidelidade partidária exigido pelo PMDB. Assim, o PMDB traiu seu próprio prefeito. Deve já ter-se acostumado, pois há menos de seis meses sofreu um revés semelhante. Naquela oportunidade, a reação foi bem outra, assim como foi em 2002, quando o vereador Vanirto Conrad quis ser presidente da colenda. A reação foi imediata e violenta. O que está acontecendo com o PMDB? Está perdendo a noção do ridículo?
Para o povo menos atento, o que pode esperar de um partido que aceita essas incongruências em nome de interesses pessoais? O que pode o povo esperar de um partido desses, que manda no Governo Federal, na Câmara e no Senado? O que pode esperar o povo Migueloestino de um partido que comanda seu futuro, nega o que escreve, deleta o que fala e manda seus soldados atirarem contra sua própria trincheira? Isso nem Freud explica.
AUSTERIDADE COM GANHOS ALHEIOSpor Juremir Machado da Silva
       Alguém levaria a sério um defensor da abstinência sexual que passasse as suas noites num bordel?
       A imagem é grotesca. Às vezes, é preciso ser brutal como um leão numa garagem. Metáforas pálidas levam a conclusões beges. Um político que ganha, somando suas diferentes fontes de renda, mais de cem mil reais por mês não pode ser o porta-voz da necessidade de austeridade. Só se fala na importância de cortar gastos, desde que eles não atinjam quem os propõe. O Brasil está sob o controle de uma elite vampira que suga o sangue da plebe de canudinho. Sangue com uísque é de lamber os beiços. A França já passou por isso. Marie-NoëlleLienemann até publicou um livro intitulado Os canibais do Estado. Basta procurar na internet. Tudo se encontra na rede. Nada mais ultrapassado do que pedir indicação de hotel em Paris. Quem canibaliza mais, a plebe ou os camarotes?
       A turma dos camarotes, por ser numericamente menor, acha que não tem impacto sobre o buraco da bala. Manda a conta para o térreo, que fica de cara para o muro e quase sem raios de sol. O pessoal da cobertura não tem constrangimentos. Considera a fórmula 85/95, que joga o fator previdenciário para escanteio sem lhe dar cartão vermelho, muito perigosa. Talvez essa escala deva mesmo ser móvel de acordo com o aumento da expectativa média de vida. A receita dominante é simples e clara: a minoria se elege, administra e ganha bem. A maioria vota, é administrada e paga a conta dos que tomam as decisões sempre em nome da responsabilidade, do bom senso e do compromisso com o futuro. Conversa para empregado dormir em pé.
       Tudo se joga agora. A presidente da República quer vetar a fórmula 85/95. Para isso, precisa mandar ao Congresso Nacional uma proposta alternativa. Qualquer que seja ela, genial ou medíocre, será pior para os trabalhadores do que a 85/95. Especialistas minimamente sinceros sabem que a Previdência não tem rombo. É o mito dos séculos. O problema é que a grana vai parar em outros lugares para cobrir gastos que possivelmente nem deveriam existir. Wladimir Novaes Martinez, criador da fórmula 85/95, ensina o caminho das pedras: “A fórmula 85/95 representa mais do que uma simples soma do tempo de serviço com a idade. Reconhece a distinção legal da mulher, enquanto assim pensar o legislador. Da mesma forma a atividade insalubre, determinante da aposentadoria especial. E, é claro, a situação do professor, que, constitucionalmente, aposenta-se cinco antes dos demais segurados”. É justa e cristalina. Mas não pode ser eterna.
       O que faz um leão na garagem? Não sei quem o colocou lá. Mas arranha o carro novinho dos canibais da República. O advogado da Associação Brasileira de Benefício aos Aposentados, Pensionistas e Servidores Públicos (Abasp), Caio Ferrer, mostra as garras sobre o rombo da Previdência: “Trata-se de um mito divulgado pela imprensa para consolar os aposentados”. O economista do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp, Eduardo Fagnani, completa: “Se somarmos os últimos anos todos esses fatores [de contribuição], vai dar um resultado superavitário”. 85/95 já!

       Legislativo, executivo e judiciário adoram cortar gastos. Dos outros.

MANIAS

A VOLTA DE CUNHA
Na aldeia, querem imitar a truculência, a imposição e o projeto pessoal de Eduardo Cunha a qualquer preço. Se lá o projeto transcende o interesse nacional, cá atropela o interesse municipal. Que o digam os burburinhos e a busca por notoriedade. Querem ser mais realistas que o Rei. Se a colenda e a egrégia foi um fracasso, o parlamento, já que “parla, parla e non facieva niente, instituiu o statu quo ante bellum”. Como por essas bandas o calendário conta para trás, breve chegaremos a Vila Oeste.

MANIAS
Cada vez mais pessoas, abominam o uso de telefones celulares, smartphones, tablets e outros modismos eletrônicos. O que era para ser evolução nos meios de comunicação transformou-se em modismo desrespeitoso.
Já não se consegue conversar em grupo, pois a invasão desses artefatos transforma o saudosista em João Batista, aquele que pregava no deserto.
A falta de respeito tornou-se tão explícita, que o deputado federal João Rodrigues foi flagrado em plena sessão do Congresso Nacional assistindo um vídeo impróprio.
A justificativa do deputado foi pior que o próprio ato. Demonstra toda a falta de respeito com o povo Brasileiro e o Catarinense que o elegeu.
Não seria necessário dizer, mas o deputado sabe perfeitamente que a nenhum representante do povo cabe o direito de “brincar” de criança em seu templo. Lá, embora poucos o demonstrem, é um lugar sagrado para a Nação, onde se traça o rumo que o povo deve seguir.
Isso não é tudo. Qualquer jornal traz manchetes em letras garrafais enaltecendo os “grandes” feitos de parlamentares dessa estirpe, descrevendo o trabalho, a dedicação e o interesse com sua gente. Na verdade, o trabalho, o interesse e o esforço é aquele contido nas entrelinhas, qual seja o de se perpetuar na política e alavancar o maior número de cabos eleitorais para fazer-lhe companhia.

ENTORNANDO O CALDO
Em Bandeirante, onde o PMDB, associado ao PPS reina quase absoluto, foi aberta uma cisão que tem tudo para se transformar em rachadura e entornar o caldo nas próximas eleições. Os resquícios da eleição de 2008 ainda estão presentes. Naquela ocasião, a soberba e a disputa interna soterraram o plano de continuísmo, colocando o PT no governo.
A manifestação do vereador Volmir José Lamb habilitando-se como pré-candidato a prefeito do município por qualquer partido, deixou os caciques de tacape erguido.
Os motivos não foram revelados, mas os pardais que cantam também em São Miguel do Oeste dizem que alguns Peemedebistas estão cheios do regime ditatorial com que o município vem sendo administrado, e que já está mais que na hora de mudar os rumos de Bandeirante.

TENDÊNCIAS
       Em São Miguel do Oeste, a carroça política começou a se mover e com isso as melancias vão se acomodando.
       O PSD vai se aproximando do PP de Amin, livre de Pizzolatti mas se afogando na Lava Jato. A aproximação é imposição do comando estadual, cansado do PMDB órfão de Luiz Henrique. A aproximação mexe em São Miguel do Oeste, que se quiser continuar no paço municipal precisará encontrar novo parceiro.
       Atualmente o PMDB debate-se com o “affair” Cris Zanatta, que ainda não sabe o que fazer. Se decidir ficar no partido terá que convencer os “mandarins” que sua insubordinação foi um golpe de mestre. Se resolver sair, não há opções com boa vitrine, pois a do PSD já está ocupada.
       O PT, apesar do isolamento imposto pela grande mídia, pela direita golpista e pelos descontentes com o dinheiro que ganharam nos últimos anos, está na expectativa dos acontecimentos e apostando na militância que se motivada poderá encampar uma candidatura “quase” solo. De positivo, o reconhecimento da força da militância.
       O PR, parceiro ou ex-parceiro tanto do PT quanto do PP sofre o mesmo desgaste. Embora a possibilidade de migração de Cris Zanatta para suas hostes, o futuro ainda é nebuloso, permitindo a rotulagem de pouca confiabilidade. Por enquanto procura uma tábua de salvação, apostando em mais três anos e meio de parceria com o PT nacional, o que lhe proporcionaria alguma vantagem comparativa.


VATICÍNIOS
       Considerando o quadro político local, reflexo do Nacional, não há dúvidas que estamos em plena luta de classes. Os sinais que emanam do Congresso Nacional com a disputa entre grupos, deixam clara a intenção.
       Karl Marx e Friedrich Engels designaram “luta de classes” o confronto entre os que consideravam a burguesia opressora e o proletariado, oprimido. Burguesia e proletariado constituíam-se classes antagônicas no modo de produção capitalista, no terreno econômico, ideológico e político.
       Em São Miguel do Oeste há sinais claros que setores da sociedade que historicamente se mantém à margem da política embora tenham suas preferências, organizam-se para participar do processo eletivo que se avizinha. O objetivo é eleger uma representação na Câmara Municipal e disputar a eleição majoritária, se conseguirem atrair nomes com peso político. A sigla não importa. Basta que represente a burguesia e se oponha ao Governo Federal, aos trabalhadores e aos pobres. Depois dizem que “labor omnia vincit”. Pura balela.

BOA GENTE
       Um empresário da construção civil quis antecipar o pagamento do ITBI sobre um imóvel que vendera, calculado em pouco menos de mil Reais. Recebeu como sugestão do funcionário municipal que poderia recolher o tributo quando o imóvel estivesse concluído.
       Acatou a sugestão. Quando foi pagar, o valor subiu para mais de sete mil Reais. Ao reclamar, recebeu como justificativa a vigência de nova lei.
       O empresário promoveu um levante com seus colegas e todos foram às barbas do comandante boa gente. Ouviram as justificativas de praxe e receberam tapinhas nas costas. Saíram arrependidos.

       Para constar, a lei que elevou de forma absurda o ITBI e as taxas foi aprovada de afogadilho no apagar das luzes de 2014 com os votos do PMDB, PDT E PR.    

terça-feira, 16 de junho de 2015

O VETO DO SÉCULO

A apreciação do veto do prefeito ao projeto de estacionamento pago tem tudo para passar para os anais de São Miguel do Oeste.
RESUMO DA HISTÓRIA: O prefeito encaminhou o projeto de estacionamento pago. A colenda deu sinais de rejeição. O alcaide retirou o projeto e mandou um novo. A colenda emendou, votou e aprovou, com voto contrário do PT. O prefeito VETOU tudo: projeto e emendas.
A colenda vai apreciar o veto. Está em vias de: 1) alguns que votaram a favor do projeto pretendem manter o veto. 2) Uns que foram contra o projeto, pretendem rejeitar o veto. Vai entender...
Aos que acreditam ter o Padre Aurélio "amaldiçoado" algumas coisas, podem ir consolidando suas crenças.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

CADA UM NA SUA

NÃO TEM JEITO
A administração municipal de São Miguel do Oeste não tem jeito mesmo. É uma mancada em cima de outra. O veto interposto em seu próprio projeto deveria levar o Oscar das mancadas, mas ficou em segundo lugar, infelizmente. O concurso público tem tudo para levar o prêmio. Esta administração que está aí não consegue fazer nada com lisura. Sempre tem que tentar um jeito de burlar a lei, enrolar os vereadores, enganar o povo, para tentar acomodar ou favorecer seus protegidos. Via de regra o tiro sai pela culatra.
Neste último concurso, a escrita não foi diferente. No entanto, alguém descobriu a intenção e o concurso está sob judice, na mesa da promotoria pública. Com isso, as pessoas de bem, que pagaram as taxas para tentar seguir carreira no serviço público, mais uma vez foram enganadas. Os discursos poderão mudar, mas as caras continuarão as mesmas e são de pau mesmo. Não é exagero nem força de expressão. É a realidade.

ESPORTES
       A história da não participação de São Miguel do Oeste nos Jogos Abertos de Santa Catarina merece mais um capítulo.
       (A)Fundaram a Fundação sob o pretexto de alavancar recursos para projetar o esporte, buscando dinheiro junto aos governos estadual, federal e patrocinadores. Pois a alavancagem foi tão forte que nem Arquimedes imaginaria. Com este grande ponto de apoio, alavancaram o esporte Migueloestino para o quinto dos infernos.
A pergunta que não quer calar: Qual o Órgão, de sã consciência, colocará dinheiro em uma instituição desportiva que não disputa coisa alguma? Qual o patrocinador empresário, que vai colocar dinheiro no esporte de um município que não sai de seus domínios nem para disputar um jogo de peteca? Quem vai querer colocar o nome de sua empresa na camiseta, se esta fica guardada no armário? Será que a administração municipal pensa que os empresários colocam dinheiro no esporte pela bela cor dos olhos do prefeito?
A decisão de não participar dos Jogos Abertos demonstra que a administração municipal não conhece nada de nada.
Pobre São Miguel do Oeste. Ostenta o título de 8º melhor município, apenas para consumo interno. Para angariar simpatias e obter resultados com a curiosidade de viajantes, turistas e investidores, conta apenas com a produção de ovos e seus derivados. Belo projeto para os próximos 30 anos como é divulgado. Estamos contando o tempo para trás. Daqui a pouco voltamos ao Século XX.

RECLAMAÇÕES
       São cada vez mais freqüentes as reclamações quanto ao atendimento das necessidades básicas dos cidadãos Migueloestinos, prestadas pela gloriosa municipalidade sexagenária e 8ª maravilha do mundo. É o caso de um cidadão com problemas auditivos graves, que necessita de uma ressonância magnética de crânio, e desde janeiro luta pela realização do exame. O que tem recebido até o momento são promessas e adiamentos.
       Caso semelhante de uma senhora que há mais de dois meses aguarda pela realização de uma ultrassonografia.
       Saindo da área da saúde, que já está saturada, a Rua da República, no Bairro São Sebastião, há anos não vê a cor de uma patrola, embora haja um razoável estoque na garagem do município. A referida rua que se encontra em petição de miséria e intransitável nos dias de chuva, só é lembrada pelos computadores da gloriosa prefeitura, que não se esquecem de imprimir os carnês de IPTU, Taxa de Coleta de Lixo e Iluminação Pública.
       Não há dúvidas que desse jeito o povo não necessita de governo algum. Melhor não ter nada e não pagar impostos, pois com a economia pode-se comprar tudo o que se necessita, inclusive exames médicos. Quanto a conservar as ruas e estradas, sem impostos seria possível voltar aos anos 1950, quando os proprietários de terras faziam mesmo o serviço. Estamos contando o tempo para trás. Aliás, o município só progride para alguns. Estamos voltando aos tempos do Império, com o território sendo fracionado em Suseranias e Vassalagens.

CADA UM NO SEU QUADRADO
       Já sobram as entrevistas de deputados estaduais reclamando das obras do governo federal. Parece não terem nada para fazer, a não ser cuidar das realizações de outras esferas de governo. Por que não cuidam de sua assembléia legislativa ao invés de imiscuir-se na seara dos outros?
       Analisando toda a questão, os deputados nada tem a fazer por estarem ao lado de um governo inerte, que chegando à metade do sexto ano de seu mandato ainda não disse a que veio. Não tomou nenhuma decisão de governo, limitando-se em administrar as vagas para os companheiros.
       O que os nobres deputados tem feito de seu mandato além de viajar para cumprir as agendas organizadas pela legião de assessores espalhados por todo o território catarinense? Não tendo nada a apresentar, resta-lhes criticar o governo que ajudaram a eleger. A moda é criticar os outros para esconder sua inércia. Para os incompetentes, os culpados sempre serão os outros. Já dizia CONFÚCIO (551-479 a.C.), “o homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum, aos outros”. E LUIGI PIRANDELLO (1867-1936) “é próprio da natureza humana, lamentavelmente, sentir necessidade de culpar os outros dos nossos desastres e das nossas desventuras”.
       Está mais que na hora de os políticos de oportunidade conscientizar-se que o povo não é mais imbecil quanto imaginam.

COMENTÁRIOS
       Este reles escriba recebeu e-mail de um policial militar comentando a coluna que abordou o incidente ocorrido no último domingo e que redundou na morte de um homem de 22 anos com um tiro de espingarda calibre 12 no peito. Não me incomodo com os comentários, pois denotam o prestígio da coluna perante a opinião pública. Também não pretendo adentrar ao mérito da questão, pois entendo que isto cabe à justiça. No entanto não posso deixar de considerar que o comando da Corporação, através da imprensa, reconhece o excesso, a despeito da opinião do autor da mensagem.

       

TRUCULÊNCIA

IMPRENSA PODRE
       Está cada vez mais difícil assistir, ouvir ou ler matérias jornalísticas. Parece que todos os órgãos de imprensa, afinados como uma grande orquestra, fazem questão de dar notícias ruins ou perder-se em análises fajutas e tendenciosas.
       A poderosa Rede Globo através da Globo News, recentemente gastou não menos que quinze minutos da programação para comentar o aumento de um décimo (0,1) por cento na inadimplência das famílias. A apresentadora do programa, que não entendia nada do que estava lendo, trouxe uma analista desconhecida, preparada para encher lingüiça e dar o recado que interessa à patronagem, qual seja o de que o Brasil ruma para a recessão e bancarrota.
       O Willian Bonner, aquele fantoche, boneco de ventríloquo, que apresenta o jornal nacional, outro dia teve a cara de pau para anunciar: “até que enfim uma notícia boa”! Mas é claro, pois é ele mesmo quem só anuncia acidentes com veículos, assaltos e tiroteios, tudo o que interessa à rede sonegadora de impostos.

IMPRENSA INTERIORANA
       A imprensa interiorana também é uma lástima. Não consegue manter uma linha editorial decente. Tem que atrelar-se a alguma facção política, pois imagina que não sobrevive do desempenho de seu papel de informar. Precisa atrelar-se para puxar vantagens.
       O que espanta é o crescimento do número de adeptos da política da terra arrasada. A mídia se ocupa em demonstrar que vivemos num País com os dias contados.  Todos querem culpar o governo por tudo o que acontece. Noves fora as incompetências, pela falta de objetivos claros e sobra de projetos privados, pobre Brasil. Bem se diz que cada povo tem o governo que merece.

VIROU NOTÍCIA
       São Miguel do Oeste foi notícia nacional. A morte do garoto vítima de um tiro calibre 12 disparado “sem querer” por um policial, foi mais que suficiente para projetar a 8ª melhor cidade brasileira com até 50 mil habitantes no cenário nacional.
       O acontecimento, mais que a notícia, revela a falta de preparo da polícia e de urbanidade do povo. Enquanto uns acham que podem tudo, outros pensam resolver com truculência.
       O simples ato de conduzir um veículo em via pública já é motivo de estresse. A parcela da sociedade que cultua o automóvel se acha dona das ruas enquanto outra se apodera das faixas de segurança. Uma terceira quer se apropriar das vagas de estacionamento, pensando em obter vantagem para si.
       A educação, as boas maneiras e a urbanidade aos poucos são jogadas no lixão da hipocrisia, local onde se prega o bem e se pratica o mal.
       A dinâmica social, que o digam os sociólogos, não funciona desse jeito. Muito menos o aparato governamental pode funcionar pela truculência. A este, mais que a ninguém, cumpre produzir boas obras e dar os bons exemplos que a sociedade clama.
       Nesses tempos bicudos, do aparato estatal só vem maus exemplos. A hipocrisia impera absoluta. Pregar o bem e praticar o malfeito é a regra. Deixou de ser exceção. O notório acontecimento até então admitido somente em grandes aglomerados urbanos chegou ao interior como fruto dos maus exemplos vindos do aparato estatal. Aí está, portanto, uma parcela do custo da voracidade pelo poder. Quem pagará a conta?

COMANDANTES E COMANDADOS
       Não se pode esperar urbanidade de quem é treinado para agir com truculência. Existe ordenamento jurídico, aparato policial e estrutura judiciária para coibir os abusos. Não há necessidade de criar novos mecanismos tais como a força e as armas para manter a ordem, a não ser em casos excepcionais e em grandes conflitos.
       Cita-se a polícia inglesa como exemplo de eficiência sem uso da força. Talvez isso se deva à preparação, à remuneração, ao reconhecimento social e a cultura do agente policial. Talvez...
       A sociedade clama por mais segurança. O aparato policial deve responder com mais eficiência, nunca com mais truculência, pois segundo o físico Isaac Newton, “para toda ação existe uma reação”. Isso as autoridades já deveriam saber, pois a obra de Newton foi publicada em 1687. Talvez pelo fato de nossas autoridades lembrarem-se de Newton pela lei da gravidade, desconheçam a teoria da ação e reação.

REFÉNS
       É comum e está na moda culpar o Estado pelos descalabros sociais. A culpabilidade do Estado vem sendo ampliada pela sociedade para os campos da economia e do bem-estar.
       No entanto há que se adotar alguma parcimônia nas críticas, pois o Estado aos poucos vai se tornando refém da sociedade.
       As pressões exercidas pela sociedade organizada sobre o Estado Brasileiro (considerando o “Estado” em todos os níveis: federal, estadual e municipal), transformam-no refém das organizações policiais, militares, judiciais, profissionais, sindicais e tantas outras até onde nossa memória alcança.
       Tais pressões, muitas vezes desmedidas, precipitam o fracionamento das ações, desvirtuando suas próprias finalidades. O resultado é um descontentamento generalizado contrapondo-se às ações pontuais.
       Mais uma vez busca-se na educação o lenitivo para todas as distorções. Mas a pergunta que surge de imediato é: como ofertar educação de qualidade se os agentes focam no próprio bem estar?

FUTEBOL
       Finalmente a caixa preta da estrutura futebolística mundial foi aberta. Foi preciso uma ação policial de países mais maduros que o Brasil para pegar a quadrilha que domina a organização futebolística.
       Não faltaram ladrões brasileiros, pois, afinal, o Brasil é o País do futebol, mesmo depois de levar 7 X 1 da Alemanha.

       A ação policial culminou na Suíça, em Zurique, sede da FIFA, e aproveitou a reunião dos ladrões para eleger o presidente da corja. O know now da ação foi adquirido na prisão de Al Capone pelo FBI. É sabido que o mafioso mor foi preso devido à sonegação de impostos, não pelos crimes que cometeu. No caso da FIFA, a acusação é a mesma. Para este crime (sonegação), a pena é de 20 anos de prisão. Por aqui, muitas barbas estarão de molho. O Congresso Nacional vai abrir uma CPI (mais uma) para dar a devida publicidade. Romário vai se decepcionar com o resultado. 

ESTACIONAMENTO

RESCALDOS
Dos festejados PARAJASC, restaram críticas dos participantes à falta de infra-estrutura para realização de tão importante evento esportivo e fundamentalmente à questão da mobilidade urbana. A administração municipal que achou injustas as críticas e preferiu contestá-las com visível falta de educação, está com anos de atraso. Ainda pensa que competições esportivas de alto rendimento podem ser disputadas em qualquer lugar, além de achar que deficientes físicos desportistas são apenas deficientes.
O resultado não demorou em aparecer. Segundo anunciado, São Miguel do Oeste não participará dos Jogos Abertos de Santa Catarina deste ano. O argumento usado é que o dinheiro despendido será aplicado em infra-estrutura.
Poderiam ter contado outra piada. Que infraestrutura é possível executar com algumas patacas investidas para levar uma pequena representação nos jogos abertos? Pobre São Miguel do Oeste sob a direção desta gente. Desse jeito, o Santo corre sério risco de ter cassada sua canonização.

BATE PRONTO
O deputado Maurício Skudlark bateu firme na entrevista dada pelo vice-prefeito licenciado Vilson Trevisan que afirmou estar o PSD satisfeito e disposto a repetir a coligação com o PMDB nas próximas eleições municipais.
O deputado que além da eleição tem as costas aquecidas por João Rodrigues, foi buscar abrigo no PSD estadual e voltou candidatíssimo. Diz contar também com o possível apoio do PP, agora turbinado pela volta de Gilmar Baldissera ao cenário político. A gula aumenta na medida em que as notícias vindas de Brasília abrem a possibilidade do próximo eleito ficar por seis anos.
Um pequeno obstáculo colocado no caminho é a pretensão de Nini Sharnoski que também quer ser candidato a qualquer custo. Vai ser uma disputa interna digna de final de copa do mundo. Como a queda de braço tornou-se o esporte favorito nos últimos dias, está aí mais um round para divertir a torcida.
Nas conversas paralelas dá-se como certo que o projeto do PR é o desmantelamento. A alquimia vem sendo atribuída ao deputado  Jorginho Mello, que segundo consta botou o partido embaixo do braço e não deixa ninguém se aproximar. Fazem por merecer o tratamento, pois nas últimas eleições os expoentes partidários tomaram rumos diferentes, inesperados e reprovados já demonstrados nas eleições municipais. Jorginho Mello não permite que haja alguém mais realista que o rei.
REQUENTÉE
       O assunto Estacionamento Rotativo, embora já tenha enchido o saco do povo e dos comentaristas, não pode ser esquecido assim de graça. A decisão da administração municipal de vetar seu próprio projeto é digna das comédias pastelão do cinema mudo.
       Os gozadores de plantão foram buscar na história política da região algo parecido. Uma vem de São José do Cedro, onde um vereador, querendo se abster de votar, tirou a bunda da cadeira e ficou “meio em pé” para sinalizar que não era contra nem a favor do projeto. De São Miguel do Oeste vem duas histórias: uma, onde um nobre edil propôs um projeto de lei e na hora da votação votou contra. Cobrado, disse que tanto apoiava quanto “repoiava” o projeto; A outra, dá conta que um vereador sinalizava seu voto com o dedo polegar: contra, polegar para baixo (negativo). A favor, polegar para cima (positivo). Certa feita, para sinalizar abstenção, deixou o polegar na horizontal.
A decisão da administração municipal é sui generis. Fez do estacionamento rotativo seu cavalo de batalha. Na hora do combate, tirou os arreios do animal e o soltou no pasto. Embora esteja impedido, não posso deixar de fazer referência ao famoso “mico” que se instalou no paço municipal e não há banana que o faça sair de lá.
A idéia de reunir as partes interessadas para discutir o desfecho do imbróglio, é o que se pode considerar “a emenda pior que o soneto” ou como se dizia em bom italiano: “lè pédo el tacon che el sbrègo”!

FASES DE UM PROJETO
       Por várias vezes utilizei este espaço para dissertar sobre as fases de um projeto. São elas: entusiasmo, apreensão, decepção, busca dos culpados, punição dos inocentes e promoção dos não participantes. No caso do estacionamento, estamos na antepenúltima fase, que é a busca dos culpados. A ACISMO e suas coligadas elegeram a queda de braço entre os poderes legislativo e executivo como culpada pelo veto. Pela manifestação, a entidade condiciona o lucro da atividade empresarial à existência de vagas para estacionamento em qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer dia do mês e em todos os meses do ano.
Sobre os canteiros das ruas onde há vagas para estacionar, sobre os exageros das vagas reservadas defronte algumas empresas detentoras de privilégios e sobre as reservas defronte prédios que não possuem estacionamento próprio, comenta-se que a atividade empresarial de sucesso independe do estacionamento. Depende isto sim da boa gestão, da criatividade, da inovação, da oferta de bons produtos, de preços competitivos e da capacidade de cativar clientes. Isto não se regulamenta por lei. Editar leis para favorecer um segmento em detrimento de outros é anticonstitucional e discriminatório. Vivemos num País que, embora contrariando a opinião de alguns que o querem só para si, tem como cláusula pétrea de sua Constituição a igualdade de direitos e de obrigações.

EXPLICAÇÕES
       Está mais que na hora da administração municipal, através de sua jurisconsultoria, procurar boas desculpas para o gasto com a contratação de uma empresa de fora, que com grande alarde desenvolveu estudos para resolver o problema viário de São Miguel do Oeste. O dinheiro foi gasto, a propaganda foi feita e o resultado traduziu-se num vergonhoso veto. Isso sim deve ser explicado.