787– RESCALDO - 10.09.2021
1-Nada mais importante num incêndio qualquer que a operação de “rescaldo", normalmente realizada
pelo pessoal especializado. Nela, além de extinguir totalmente qualquer
resquício de fogo, busca-se identificar as origens.
O Brasil vive este momento
após o incêndio do Sete de Setembro e da semana da Pátria. E não foi preciso
muito tempo para isto. Logo no dia seguinte, o incendiário maior veio a público
dizer: “alguém me viu brigando com as Instituições? ” Para este reles escriba o
protagonista deste incêndio de fundo de quintal demonstrou toda sua
infantilidade, incapacidade e despreparo para ser presidente de uma República
do tamanho e importância do Brasil. Faria melhor se renunciasse. Por muito
menos, Jânio Quadros fez isso. Os resultados todos sabemos, mas o risco vale a
pena.
3. Nas Mídias Sociais, as manifestações,
memes, piadas, charges e outros achados contra o tal movimento, são mais
intensos que os comentários a favor. Os mais recentes mostram um Bolsonaro
saindo do Sete de Setembro de quatro, e dando de cara com todo o STF. Outra
charge mostra o dito cujo travestido de cavalo, oferecendo garupa!
Mesmo os asseclas mais fanáticos, mas melhor dotados de
inteligência, ficaram constrangidos com o desenrolar do rescaldo e rapidamente
recolheram suas bandeiras. Vai se formando um consenso que o tal movimento
contra o STF e as Instituições, foi financiado por quem tem interesse no caos e
pretende aplicar o golpe. Porém, há convicção que não será um golpe do João Sem
Braço. Ainda não encontraram o tal João.
“Depois de passar esse infindável dia 7, podemos avaliar que
o governo Bolsonaro foi o grande derrotado. A participação de seus asseclas não
chegou a 5% do esperado. Para quem passou tempo preparando, este dia mostrou
que não existe espaço para aventuras. Esse governo está perdido, sem
iniciativa, derrotado perante a sociedade e em todos os setores. Já é notória a
debandada de seus apoiadores. Enquanto tiver cargos e dinheiro, o Centrão
estará lá, mas ele é tratado como uma vaca leiteira, bem amarada, mas
tranquila.
O poder de compra do salário mínimo sucumbiu, a inflação está
nas alturas, os preços estão descontrolados. O governo não tem iniciativas, não
tem recursos para investimentos, nenhum país está negociando com o Brasil e
todos só estão esperando o fim deste péssimo governo”. (Colaboração de Adair
Bernardi).
5. As Instituições Políticas também participam do rescaldo. Alguns partidos da base do governo, vão convocando reuniões para tomar posição, cientes que o apoio ao Bolsonaro vai perdendo intensidade. É o caso do PL e do PSDB. Quanto ao MDB, já é por demais conhecido. Vai pegar carona, antes ou depois das eleições. Mas vai de carona... como sempre fez.
Em nível local, o PT veio à público com uma nota oficial,
manifestando repúdio aos atos convocados por Bolsonaro, e que esperava alguma
menção aos 14 milhões de desempregados, aos 19 milhões que vivem na extrema
pobreza, a inflação que corrói o poder de compra, fazendo a comida sumir da
mesa. Continua a nota dizendo que ao invés de atacar os problemas reais, o
presidente escolheu seguir sua marcha de insensatez, colocando os brasileiros
como párias mundiais nas questões sanitárias e de maio ambiente. Conclui a nota
dizendo que o negacionismo presidencial empurrou quase 600 mil brasileiros para
a morte, e que as ameaças de fechar o STF e o Senado Federal é crime e como tal
merece ser tratado.
7. Surgem mais rescaldos de
última hora: O dólar comercial disparou 2,89%
nesta quarta-feira (8) e fechou a sessão cotado a R$ 5,326 na venda, um dia
após o presidente Jair Bolsonaro fazer ameaças golpistas. É o maior valor do
dólar em mais de duas semanas e a maior alta percentual diária em um ano.
Inflação dispara em agosto e vai subir ainda mais
em setembro, com caos promovido por Bolsonaro e seus caminhoneiros. Na Verdade,
Jair Bolsonaro revelou que tem medo de ser preso, e vai acelerar
ainda mais uma inflação que já foge do controle. O IPCA de agosto bateu em
0,87% e 9,78% em doze meses.
Quanto
aos caminhoneiros, estão lá por conta própria. Em 2018, o óleo diesel estava em
R$ 3,50 ao litro, e atualmente, por conta do Bolsonaro, está em R$ 4,50. Neste
período o frete manteve o preço estável. Portanto, estão enganando o Bolsonaro.
Aliás, ele merece.
Até
a próxima