segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

MORRO E NÃO VEJO TUDO

 Esse povo de Maravilha e agora também de Cunha Porã não para de surpreender. Depois de colocar um outdoor homérico na confluência da BR-282 com a BR-158 reclamando da descontinuidade da obra 158 por 40 anos, agora vêm com essa de chega de esmolas. A solução é simples: é só acionar os políticos que este povo manteve pendurados nas tetas dos governos e nas costas do povo por todos estes mais de 40 anos. Quem sabe daí consigam fazer alguma coisa útil. A campanha se aproxima e os tatús começam a sair da toca. Morro e não vejo tudo!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

É MUITO COMPLICADO - 794 - 26.11.2021

 É MUITO COMPLICADO – 794 - 26.11.2021

 

1 A internet, e por decorrência as Redes Sociais, aquelas que as pessoas do povo tem acesso irrestrito sem intenção escusa, apenas a de relacionar-se com amigos, conhecidos e até desconhecidos, também estão sendo destruídas, deturpadas ou abandonadas tal a quantidade de bobagens, mentiras e propagandas que diariamente entopem esta grande invenção do homem moderno a propósito de melhorar os meios de comunicação.

Imagino que os leitores já se deram conta que omiti os temas e matérias de cunho político, porque acho que do jeito que está, a política não merece sequer menção.

Uma mensagem compartilhada que recebi, transformei-a em tema deste artigo, porque não poderia deixar em branco um assunto tão inusitado.

É lamentável não ser possível postar nas páginas escritas do nosso Portal GC, pois lá não cabem outras mídias que não sejam simplesmente letras e números. Mesmo assim tentarei traduzir o conteúdo recebido

O vereador Sandro Fantinel, em primeiro mandato na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul fez um pronunciamento em sessão legislativa, comentando sobre a má vontade das pessoas colaborarem demonstrando vontade de trabalhar para ajudar os outros. Disse que tem um programa de sua autoria, que arrecada frutas sem a qualidade para o comércio e as distribui aos necessitados. A queixa do ilustre vereador é que ninguém o ajuda a organizar as sacolas para distribuir, nem mesmo os beneficiários. Culpa a escola, o sistema educacional, a falta de umas boas palmadas nas crianças para que aprendam e gostem de trabalhar.

Não pude deixar por isso mesmo. A internet me forneceu o e-mail do ilustre edil e rebati seu discurso. Lá vai: “Prezado nobre e ilustre edil. Nada tenho com suas agruras, suas decepções, sua cidade e seu povo. Tenho tudo a ver com a enxurrada de compartilhamentos que, com certeza, V.S. difundiu junto aos que lhe são servis, e estes se encarregaram de espalhar aos quatro ventos. Isto sim tem muito a ver comigo pois não gosto de políticos de sua estirpe, que se utilizam de métodos subliminares para obter vantagens. 

        Quanto ao tema central, V.S. desconhece a sabedoria de seu povo, que não lhe ajuda a fazer o bem. Sim, claro! O bem que V.S. pretende fazer é plantar as bases para sua próxima campanha à custa de meia dúzia de sacolinhas de frutas rejeitadas pelo mercado consumidor, este sim sustentáculo do Brasil. 

        Em Gênesis 3:19, Deus disse: "ganharás o pão de cada dia com o suor de teu rosto". Se Deus disse isto há milhares de anos, nisto estava implícito que deveria haver uma contrapartida ao suor do rosto, isto é, ao trabalho! Deus não disse que preparar campanha política à custa do suor dos outros, é ganhar o pão VOSSO de cada dia. 

        Por último, nobre e ilustre edil: Eu, modestamente, tenho a fórmula para fazer com que o povo readquira o gosto pelo trabalho. É só pagar salários justos! É só contradizer Karl Marx em sua obra "O Capital", no capítulo onde fala da "Teoria da Mais Valia", pela qual o empregador, capitalista se apropria de parte do salário de seus empregados para aumentar sua fortuna. Só isto, meu caro e ilustre edil. O povo trabalhador, grande maioria pobre, está abrindo os olhos. A escola está ensinando, desde crianças, a ter amor próprio, raciocinar e sobretudo, deixar de ser bobo, otário, burro, seja lá o adjetivo que queira lhe atribuir. Abraços. Jaime Capra - 77 anos.

 

2 O bicho está pegando! A Conmebol vetou a entrada de qualquer profissional da Globo no Estádio Centenário, no Uruguai, palco da final da Copa Libertadores, que será disputada no próximo sábado. A medida é consequência da exibição “pirata” de uma coletiva de imprensa do técnico Abel Ferreira, do Palmeiras. A exibição foi feita no programa Troca de Passes, da SporTV, após a classificação do Palmeiras para a final graças a um empate com o Atlético Mineiro, no dia 28 de setembro. Por causa disso, a emissora não teve nenhuma credencial aprovada para as decisões da Sul-Americana e da Libertadores.

 

3 Incêndio na Extrema Direita. O ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, Ricardo Salles, radical, fez ataques inusitados ao ex-juiz Sergio Moro, declarado suspeito pelo STF e pré-candidato à Presidência. Foi no programa “Morning Show” da Jovem Pan. Ele afirmou que Moro é “de esquerda”, “comunista”, “a favor de droga” e “traidor” e, finalmente, “tucano”.

Diante das expressões atônitas dos apresentadores e comentaristas, Salles disse: “Moro é a política da dissimulação da traição. Aceitou ser ministro do Bolsonaro sabendo que não tinha nada a ver com o governo. Ele é de esquerda, é contra as armas, a favor de droga, é comunista. O moro é um tucano”.

 

4 Sergio Moro quebrou empresas e depois advogou para elas. Isto é o que Jair Bolsonaro disse após valer-se de Moro e sua Lava Jato para se eleger. Pela primeira vez o Jabuti reconhece que seu ex-ministro da Justiça quebrou várias empresas brasileiras com a Lava Jato. Bolsonaro também declarou que não está preocupado com a candidatura de Moro à Presidência. “Ele voltou à vida dele. Voltou a advogar para empresas que praticamente quebraram por ações dele. Mas tudo bem. É um direito de ele ser candidato. Mas como ele nunca conversou com ninguém, eu queria ver ele no carro de som, de ver como ele vai falar com a população. Não estou preocupado, não. O povo que escolha o que seja o melhor”, declarou Bolsonaro.

Até a próxima.É

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

QUE SE HÁ DE FAZER - 793 - 12.11.2021

  

1. Aparentemente por aquilo que é noticiado, pelas conversas de rua, pelos reclamos nas mídias sociais e pelas defesas dos crédulos da atual situação na qual se encontra nosso Brasil varonil, a nós pobres mortais, feitos Gabriela Andersen na Olimpíada de 1984 em Los Angeles, lutamos desesperadamente para atravessar a linha de chegada desta interminável maratona, que é assistir o fim do governo Bolsonaro e o início de um novo, mais humano e mais brasileiro.

“Naquele dia, a umidade relativa do ar era muito alta e a temperatura rondava os 32ºC, na cidade de Los Angeles, onde milhares de pessoas estavam atentas no estádio para presenciar a primeira maratona feminina da história dos jogos. Nesta ocasião tão especial participavam 50 mulheres e uma delas teria a maior atenção da história dos jogos Olímpicos. Não esperava receber o ouro, seu objetivo era o de chegar à meta. Gabriela entrou no estádio na posição 37, cansada e tomada pelas dores e câimbras mal conseguia se manter em pé, o público todo ficou de pé ao notar o esforço titânico e muitos foram às lágrimas enquanto juntos formavam uma corrente para empurrar a atleta que já tinha a metade de seu corpo paralisado. Imediatamente os organizadores quiseram prestar assistência médica, mas ela recusou, sabendo que se aceitasse seria desqualificada. Foram os minutos mais comoventes da história da maratona, enquanto os paramédicos seguiam pela margem da pista. Gabriela tinha um objetivo, nem as dores, nem o cansaço a fariam desistir.

Cruzar a linha de chegada era seu sonho e que se tornou realidade. Uma vez que chegou ao final, desabou; os juízes estavam esperando para carregá-la. Os sentimentos que esta história desperta são indescritíveis.

Foi assim que o nome de Gabriela Andersen entrou par a história e se converteu em sinônimo de determinação e perseverança”.

Assim será com o glorioso povo brasileiro, herói da resistência. Chagará claudicante à linha de chegada em 31 de dezembro de 2022, mas terá o prazer e a emoção de ver a faixa do Bolsonaro arrastada para a lata do lixo. Nenhuma Gabriela Andersen será ovacionada, mas a determinação e perseverança do povo brasileiro, aliadas ao arrependimento dos pregoeiros da mudança, passarão para a história.

 

2. Inimigo do Brasil e dos brasileiros, bolsonaro (recuso letra maiúscula) chama a Petrobrás de monstrengo para tentar privatizá-la. Pudera não: o sujeito não tem coragem para enfrentar os preços abusivos cobrados pela estatal desde o golpe de 2016 e aí usa a estratégia de ataque para tentar vende-la. Vejam, caros leitores, a que ponto chegamos. Depois de simular uma facada na barriga, pode-se esperar tudo deste sujeito que aí está para beneficiar os seus e os ricos, de onde deve vir grande parte da fortuna de seus filhos e aliados servis.

 

3. Pobre política falida, do primeiro ao quinto! Depois do contundente comentário de Mario Lima em sua página no Facebook relatando os acontecimentos que acabaram por esfacelar a política partidária no Brasil, do qual este modesto escriba ainda tirou (ou colocou) uma “casquinha”, somos surpreendidos pela assunção ao cargo de ilustre edil da gloriosa e colenda câmara municipal de vereadores de São Miguel do Oeste, um suplente “sem partido”! Ora, ora, meus caros leitores: isto mostra o grau de desmoralização de alguns partidos políticos. Para estes não mais interessa o partido, nem a política, nem a ideologia, nem a história, nada! Interessa apenas e tão somente estar próximo, mas bem próximo, dos centros de poder, nem que sejam do tamanho de uma cabeça de alfinete, para tentar auferir alguma coisa para si. Como em todas as organizações da natureza desta que permite tal aborto da natureza, isto é considerado normal e o povo que sufragou um sujeito e um partido destes, que se f...

 

4. Nem tudo está perdido!  O cantor e compositor Gilberto Gil foi eleito por maioria absoluta à cadeira de número 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL), nesta quinta-feira.

Gil, que teve 21 votos, concorreu com o poeta Salgado Maranhão e o autor e crítico literário Ricardo Daunt.

Gilberto Gil deve assumir o posto em março de 2022, quando o órgão volta do recesso de fim de ano.

A cadeira 20 estava ocupada pelo acadêmico e jornalista Murilo Melo Filho, que morreu em maio de 2020 Mas já foi ocupada pelo general Aurélio de Lyra Tavares (1905-1998), que o ... o tenha, que como ministro do Exército assinou o Ato Institucional número 5 em 13 de dezembro de 1968, que piorou ainda mais a ditadura militar do qual o cantor foi vítima e obrigado a se exilar, juntamente com Caetano Veloso.

Gil ficou preso de dezembro de 68 a fevereiro de 69 e, após ser solto, seguiu confinado em casa até julho. Depois, ambos foram exilados em Londres.

 

        5. A imprensa escrita, falada e fofocada, continua repercutindo a quantidade de vagas de trabalho disponíveis no SINE de São Miguel do Oeste. A sobra nesta quantidade de empregos é debitada à falta de qualificação dos trabalhadores. Já me manifestei sobre isto em algumas oportunidades: o que falta mesmo não é qualificação, é salário mesmo! Vejo alguns desempregados bem qualificados partindo para as MEI ou como autônomos, fazedores de bicos. Aqueles que reclamam da falta de trabalhadores, chamando os desempregados de vagabundos, que vão, eles próprios, puxar enxada, bater martelo, mexer concreto ou serrar madeiras pelo valor que pretendem pagar.

Até a próxima.

A CAMINHO DO DESCONHECIDO - 792 - 29.10.2021

DESEJOS INSATISFEITOS – 791 - 22.10.2021 1 A Colenda Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste acaba de prestar uma homenagem póstuma à Presidenta Dilma Vana Rousseff. Depois de o Brasil quase todo divertir-se à custa da Dilma sobre a proposta supostamente apresentada de “encanar” o ar do Brasil, eis que surge a ideia iluminada de um vereador migueloestino que apresentou um projeto de lei para obrigar a CASAN a “desencanar” o ar que a Dilma propôs encanar. É por essas e outras piores que este país não vai para a frente. Por aqui sempre aparece um iluminado para desfazer aquilo que um menos iluminado faz. A Colenda bem que poderia ocupar-se com a eficácia, eficiência e efetividade das instituições públicas ineficazes, ineficientes e inefetivas, quer dizer: incompetentes. Depois desta, Chester Barnard virou-se de costas no túmulo. 2 Mais uma novidade batendo por aqui: a instalação do Balcão Municipal de Empregos. Bem, já que as empresas não possuem capacidade para contratar a mão de obra ociosa, que se criem novos penduricalhos. Pelo menos, a prefeitura contribui com a criação de algumas vagas, já que os 4 mil, seiscentos e poucos desempregados inscritos no SINE-SC continuam sem empregos. Vai ver, é a incompetência do SINE que não dá jeito de coloca-los. Mas se o SINE não dá conta, tem mais trocentas agências privadas para tomar uns trocos dos infelizes antes mesmo de começar a ganhar umas merrecas. Outro fator a contribuir, é o salário oferecido pelos empresários, que obrigam os trabalhadores a fazerem biscates, onde conseguem remunerações melhores. A propósito, não se sabe qual a ojeriza dos capitalistas de direita contra Karl Marx, que escreveu “O Capital” ainda em 1867, uma Crítica da Economia Política (em alemão: (Cas Kapital Kritik der Politischen Oekonomie) que é um conjunto de livros escrito por Karl Marx, que constituem uma análise e crítica do capitalismo, crítica da economia política clássica. Aos incautos empresários sugiro que deveriam louvar Karl Marx, não o odiar, porque ele os ensinou a aplicar a “mais valia” que vigora até hoje, quando o empregador fica com uma parte do salário do empregado por não pagar seu valor real. Mas o assunto de fundo não é esse. O assunto é mais um penduricalho na área política, onde não existe a tal de mais valia. Esta, só existe para os garis e faxineiras. 3 Após quase seis meses de trabalho, nasceu o rebento da CPI da Pandemia. O senador Renan Calheiros apresentou oficialmente seu relatório. Na reunião o senador leu apenas uma pequena parte das 1.179 páginas do documento. Renan disse que está disposto a receber sugestões para alterar e melhorar o texto até a votação prevista para a próxima terça-feira. O relator identificou 29 tipos penais e sugeriu o indiciamento de 66 pessoas, incluindo deputados, empresários, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. Foram apontados ainda crimes cometidos por duas empresas: a Precisa Medicamentos e a VTCLog. Renan não poupou o presidente Jair Bolsonaro, que foi acusado formalmente de ter cometido nove crimes: prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade. Perto desta lambança, a Lava Jato virou um conta-gotas. Perto do único crime cometido pela Dilma, que todos os governos cometem, os do Bolsonaro parece uma folha corrida de ladrãozinho de rodoviária. 4 Ana Paula Vescovi, economista chefe do Banco Santander, afirma que os ventos favoráveis da economia mundial mudaram de direção, após uma acumulação recente de choques que jogam para baixo as expectativas de crescimento e trazem mais riscos inflacionários. Vescovi foi secretária do Tesouro Nacional no governo de Michel Temer. Em entrevista, ela diz que o Brasil deve conviver com uma taxa de juros elevada por mais tempo, o que leva a uma desaceleração do crescimento em 2022 e a um desempenho ainda pior em 2023. "Com certeza os ventos externos favoráveis mudaram de direção. Estamos observando uma acumulação de choques que trazem mais incerteza, mais risco. Há uma discussão sobre se eles se dissipam ou se são um pouco mais permanentes. São questões que estão em aberto. A grande dúvida é por quanto tempo estaremos expostos a esses choques antes de uma normalização. Isso tudo nos leva a um cenário de mais inflação, câmbio das economias emergentes mais depreciado e um cenário de crescimento mais contido", afirma a economista. Segundo Vescovi, o país vai passar por um ciclo de aperto monetário que deve terminar no começo do ano que vem. "Diante desses choques, e dessa deterioração do cenário externo em particular, podemos ter uma Selic [taxa básica de jros] contracionista por um pouco mais de tempo do que estimado antes. Então nós vemos a economia em 2023 ainda muito afetada por esse ciclo monetário contracionista. E com um mercado de trabalho que já volta para o pré-pandemia, que vai ser a última variável a alcançar os níveis anteriores à crise". Até a próxima.

 1 É certo que a humanidade (e quando se fala isto tem que haver ressalvas), caminha rumo ao desconhecido. Das possíveis e necessárias ressalvas, é preciso classificar a humanidade, principalmente a brasileira, em dois grupos: o primeiro, mais atingido, que cegamente acredita em Bolsonaro e que não acredita, constituindo assim o grupo dos incautos crentes. O segundo grupo, um pouco mais realista, presta atenção na atual instabilidade político/econômica da Nação Brasileira, convencido que a Pátria Amada Brasil caminha a passos largos e celeremente a caminho do desconhecido. Para os primeiros, o futuro não existe mais. Só o presente interessa desde que haja um prato de comida para colocar sobre as pernas, porque já não existem mesas com cadeiras. Por enquanto, estes ainda se conformam com a perspectiva de receber uma “quentinha” como dizia o saudoso Paulo Salin Maluf, crentes que o Bolsonaro vai instituir definitivamente e permanentemente uma ajuda aos miseráveis de R$ 200,00 por mês.

Para o segundo grupo, dos mais comedidos, o desconhecido está aí à frente, fantasiado de “liberalismo” econômico, onde quem tem algum capital usufrui do sistema para multiplicar suas posses. Como é certo que “na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, como dizia Antoaine-Laurent de Lavoisier, com base nessa premissa o capital, que é volátil, sai das mãos do primeiro grupo para pousar no bolso do segundo, onde se transformará em riqueza. Por isso a tranquilidade dos membros do segundo grupo. Não precisam das quentinhas do governo (mas as querem para acalmar os necessitados), bastando que este deixe a cancela escancarada para o livre trânsito dos bancos e das bolsas de valores. O resto é caminhar de olhos vendados.

 

        2 Também é certo que o povaréu Extremoestino Catarinense e os usuários da Rodovia BR 163 estão, mais uma vez, sendo enganados, ludibriados, enrolados e mais tantos sinônimos possíveis e imagináveis com a promessa de restauração (eu disse RESTAURAÇÃO) da rodovia. Tive a desdita de trafegar alguns quilômetros, desde o acesso para Anchieta até São Miguel do Oeste, e embora noite, pude observar as obras em andamento em alguns “decâmetros” do acostamento direito. As pretensas obras não passam de serviços de empreitada realizado à pá, picareta e carrinho de mão em uma estrada que leva do nada para lugar nenhum. Não pude ver nenhuma máquina um pouco maior daquelas que nominei. Também não vi um único sinal de perigo, o que para este reles escriba representa que não há obra alguma! Isto me faz lembrar a primeira e única tentativa de sua restauração.

        Primeiro, é preciso lembrar aos incautos e sobretudo aos súditos do jabuti, que certamente não sabem, que esta rodovia, não à toa, é paralela à “Transbrasiliana”. Sua extensão é de 4.057 Km, atravessa 6 estados do Brasil no sentido Sul-Norte, iniciando em Tenente Portela, no Noroeste Gaúcho e termina em Santarém, no estado do Pará. Passa pelos estados maiores produtores de grãos do país e serve como escoamento, principalmente da soja.

        A primeira tentativa de restauração foi atribuída a empresa Sul Catarinense, que era um simples britador, quer dizer, um moedor de pedras, do município de Criciúma/SC. O ganhador da licitação chegou em São Miguel do Oeste trazendo uma picape usada, meia dúzia de operários e nenhum equipamento. Iniciaram as obras alugando máquinas velhas, de fiéis cabos eleitorais dos políticos da região, que com o início das obras, (obras?) canalizaram votos dos incautos para sua reeleição. Passadas as eleições, a vaca foi para o brejo.

        Convém também salientar o início da história da BR 163, trecho São Miguel do Oeste a BR 373. A população fronteiriça do Extremo Oeste Catarinense, do Rio Brande do Sul e do Paraná, mobilizou-se para a pavimentação da Rodovia. Como o Governo Federal não deu o ar da graça, o então governador Esperidião Amin, resolveu assumir o encargo, e mandou pavimentar a rodovia com recursos próprios. Tendo assumido o encargo, reduziu o padrão da rodovia para a categoria “vicinal”, mais estreita e com a base mais fraca. Assim mesmo, vale salientar, o então deputado Casildo Maldaner disse publicamente que “se a rodovia fosse concluída no governo Amin, ele “comeria” o asfalto. Efetivamente ele não o comeu, mas o então prefeito de Guarujá do Sul, na inauguração do pavimento da rodovia,  mandou fazer um “bolo” de asfalto para que Cacildo o comesse.

 

        3 Neste momento, os usuários da rodovia, estão novamente às voltas com uma empreiteira desconhecida. Não se viu canteiro de obras nem movimento de equipamentos pesados. É uma incógnita. Este é o resultado do famoso caso Lava Jato, que a mando do Jabuti e sob os auspícios de Sergio Moro e seus asseclas, conseguiram lavar a jato as principais construtoras do Brasil, mandando-as para a outros recantos na América do Sul e na Africa. Triste fim de Policarpo Quaresma.

        Agora vamos nos fixar nesta novidade Mineira, para ver onde vai dar. Por enquanto ela prometeu pavimentar a BR 163 com concreto armado. Esta eu quero ver.

        Até a próxima. 

VAGABUNDOS, VAGABUNDAGEM – 790 em 08.10.2021 por Jaime Capra A erradicação definitiva da pobreza, no capitalismo, é uma falácia. 1.No Brasil, vagabundo é um insulto que significa uma pessoa que não trabalha, não gosta ou se recusa a ter um ofício ou executar qualquer outra atividade, um vadio. No entanto, o sentido original da palavra, que é o utilizado noutros países de língua portuguesa, é o de uma pessoa que leva uma vida itinerante, viajando de lugar em lugar e podendo viver de pequenos trabalhos que encontra ou de esmolas, como um mendigo. Ressalte-se que um vagabundo não é exatamente um mendigo, já que estes últimos permanecem no mesmo lugar e vivem exclusivamente de esmolas. Ao responder a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, Bolsonaro afirmou que ela está defendendo direitos humanos de vagabundos. A palavra que ofende a todos e qualquer um não tem a conotação pejorativa atual. A um, porque no mundo, especialmente no Brasil, a verdadeira vagabundagem, de acordo com o real sentido da palavra, não é tão numerosa quanto muitos querem fazer entender. A dois, porque muitos portadores de algumas destas características, são injustamente tratados por “vagabundos” porque não tem emprego, nem trabalho fixo. É normal ouvir a expressão “vai trabalhar vagabundo” saída da boca de quem se acha superior por ter alguma posse mais representativa, em confronto com quem não tem. 2.É preciso definir esta questão: E quando se quer achincalhar algum desafeto ou que incomoda, que não tem trabalho fixo, um diarista ou tarefeiro nômade ou mesmo um andarilho, como se deve xingar? Calma aí gentes. Vamos por partes... dizia Jack o Estripador (quem assistiu ao filme?). Vamos primeiro tentar saber de onde vem a vagabundagem que só os abastados enxergam. 3.CAPITALISMO: PRODUTOR DE RIQUEZA E DE POBREZA. Bruno Conti (excerto) https://brasildebate.com.br/o-capitalismo-produtor-de-pobreza-e-a-reacao-do-povo-grego/ O Capitalismo produz tecnologias a serviço da humanidade, mas enquanto produz ostentação para alguns, produz escassez e miséria para outros. O que parece contraditório nada mais é do que o próprio modo de funcionamento do sistema. No mesmo ato de geração de riqueza, o capitalismo produz e reproduz pobreza. E é exatamente por isso que essa pobreza é inaceitável, pois não resulta de acidentes naturais ou falta de recursos. É uma pobreza produzida e reproduzida incessantemente, nas periferias das grandes cidades e do mundo. Isso leva a uma constatação muito forte, mas esclarecedora: a erradicação da pobreza, no capitalismo, não será jamais definitiva. E o momento atual escancara essa constatação, já que, no coração dos países tidos como desenvolvidos, o capitalismo está novamente criando pobreza. Na Europa Ocidental, referência do Estado de Bem-Estar, o capitalismo, em pleno século 21, produz de novo pobreza em massa, o que nunca deixou de produzir. É evidente que essa pobreza não acomete a todos – isso também faz parte do modo de funcionamento capitalista –, mas, na periferia da zona euro, verdadeiras multidões são arremessadas a uma condição de elevada vulnerabilidade econômica e social. E a causa não é uma guerra, nem tampouco uma catástrofe natural, mas apenas e tão somente uma crise econômica. Uma crise profunda, mas, ainda assim, uma crise construída pelo próprio capitalismo. Para solucionar a crise, foi escolhido como remédio simples e nada inédito a imposição da austeridade fiscal, condicionando todo tipo de auxílio financeiro à “disciplina orçamentária” dos diversos governos nacionais. Afinal, a queda nos gastos públicos tornaria mais viável o pagamento das dívidas. Tem início, então, a crônica de uma tragédia anunciada. O caso da Grécia é o mais eloquente e os efeitos da crise com austeridade são devastadores. O PIB grego é hoje 30% menor do que era antes da crise. A taxa de desemprego mais do que triplicou de 2008 até agora, alcançando a marca de 27,5%. Entre os jovens com menos de 25 anos, essa taxa atinge inacreditáveis 55,3%. Em função disso, muitos gregos estão saindo do país, em busca de trabalho e dignidade. Falta de recursos? Não. Isso é simplesmente a pobreza sendo re-produzida pelo próprio capitalismo. Nada diferente do que já ocorre na imensa maioria dos países do mundo, especialmente na África, Ásia e América Latina. Mas chama a atenção porque mostra que a erradicação definitiva da pobreza, no capitalismo, é uma falácia. E se essa erradicação da pobreza, dentro do capitalismo, não será nunca definitiva, como empenhar esforços para mantê-la minimamente perene? A própria Grécia dá a resposta: por meio das lutas sociais. O contexto grego revela, infelizmente, a força do capitalismo produzindo pobreza; e revela, felizmente, a força do povo reagindo a esse rebaixamento no seu padrão de vida. E no Brasil? O país é diferente e o contexto também, mas o remédio empurrado goela abaixo é o mesmo: a austeridade fiscal. E o risco inquestionável é que nos enredemos em um marasmo prolongado e que se retroalimenta, como aquele vivido hoje pela zona do euro, laboratório vivo e atual dos efeitos deletérios de uma política de austeridade em uma economia já combalida. Se essa dinâmica perversa ameaça o padrão de vida da população até mesmo na Europa, que diremos dos países periféricos? A melhoria verificada nos últimos anos no padrão de vida de parte importante da população brasileira não está de forma alguma assegurada. Ao contrário, está em xeque. Eficiente por excelência, o capitalismo rapidamente destrói as conquistas sociais pretéritas, sejam as mais antigas e amplas, como as europeias, sejam as mais recentes e restritas, como as brasileiras. E a única maneira de manter, aprofundar e ampliar conquistas é por meio do enfrentamento social.VAGABUNDOS, VAGABUNDAGEM – 790 em 08.10.2021 por Jaime Capra A erradicação definitiva da pobreza, no capitalismo, é uma falácia. 1.No Brasil, vagabundo é um insulto que significa uma pessoa que não trabalha, não gosta ou se recusa a ter um ofício ou executar qualquer outra atividade, um vadio. No entanto, o sentido original da palavra, que é o utilizado noutros países de língua portuguesa, é o de uma pessoa que leva uma vida itinerante, viajando de lugar em lugar e podendo viver de pequenos trabalhos que encontra ou de esmolas, como um mendigo. Ressalte-se que um vagabundo não é exatamente um mendigo, já que estes últimos permanecem no mesmo lugar e vivem exclusivamente de esmolas. Ao responder a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, Bolsonaro afirmou que ela está defendendo direitos humanos de vagabundos. A palavra que ofende a todos e qualquer um não tem a conotação pejorativa atual. A um, porque no mundo, especialmente no Brasil, a verdadeira vagabundagem, de acordo com o real sentido da palavra, não é tão numerosa quanto muitos querem fazer entender. A dois, porque muitos portadores de algumas destas características, são injustamente tratados por “vagabundos” porque não tem emprego, nem trabalho fixo. É normal ouvir a expressão “vai trabalhar vagabundo” saída da boca de quem se acha superior por ter alguma posse mais representativa, em confronto com quem não tem. 2.É preciso definir esta questão: E quando se quer achincalhar algum desafeto ou que incomoda, que não tem trabalho fixo, um diarista ou tarefeiro nômade ou mesmo um andarilho, como se deve xingar? Calma aí gentes. Vamos por partes... dizia Jack o Estripador (quem assistiu ao filme?). Vamos primeiro tentar saber de onde vem a vagabundagem que só os abastados enxergam. 3.CAPITALISMO: PRODUTOR DE RIQUEZA E DE POBREZA. Bruno Conti (excerto) https://brasildebate.com.br/o-capitalismo-produtor-de-pobreza-e-a-reacao-do-povo-grego/ O Capitalismo produz tecnologias a serviço da humanidade, mas enquanto produz ostentação para alguns, produz escassez e miséria para outros. O que parece contraditório nada mais é do que o próprio modo de funcionamento do sistema. No mesmo ato de geração de riqueza, o capitalismo produz e reproduz pobreza. E é exatamente por isso que essa pobreza é inaceitável, pois não resulta de acidentes naturais ou falta de recursos. É uma pobreza produzida e reproduzida incessantemente, nas periferias das grandes cidades e do mundo. Isso leva a uma constatação muito forte, mas esclarecedora: a erradicação da pobreza, no capitalismo, não será jamais definitiva. E o momento atual escancara essa constatação, já que, no coração dos países tidos como desenvolvidos, o capitalismo está novamente criando pobreza. Na Europa Ocidental, referência do Estado de Bem-Estar, o capitalismo, em pleno século 21, produz de novo pobreza em massa, o que nunca deixou de produzir. É evidente que essa pobreza não acomete a todos – isso também faz parte do modo de funcionamento capitalista –, mas, na periferia da zona euro, verdadeiras multidões são arremessadas a uma condição de elevada vulnerabilidade econômica e social. E a causa não é uma guerra, nem tampouco uma catástrofe natural, mas apenas e tão somente uma crise econômica. Uma crise profunda, mas, ainda assim, uma crise construída pelo próprio capitalismo. Para solucionar a crise, foi escolhido como remédio simples e nada inédito a imposição da austeridade fiscal, condicionando todo tipo de auxílio financeiro à “disciplina orçamentária” dos diversos governos nacionais. Afinal, a queda nos gastos públicos tornaria mais viável o pagamento das dívidas. Tem início, então, a crônica de uma tragédia anunciada. O caso da Grécia é o mais eloquente e os efeitos da crise com austeridade são devastadores. O PIB grego é hoje 30% menor do que era antes da crise. A taxa de desemprego mais do que triplicou de 2008 até agora, alcançando a marca de 27,5%. Entre os jovens com menos de 25 anos, essa taxa atinge inacreditáveis 55,3%. Em função disso, muitos gregos estão saindo do país, em busca de trabalho e dignidade. Falta de recursos? Não. Isso é simplesmente a pobreza sendo re-produzida pelo próprio capitalismo. Nada diferente do que já ocorre na imensa maioria dos países do mundo, especialmente na África, Ásia e América Latina. Mas chama a atenção porque mostra que a erradicação definitiva da pobreza, no capitalismo, é uma falácia. E se essa erradicação da pobreza, dentro do capitalismo, não será nunca definitiva, como empenhar esforços para mantê-la minimamente perene? A própria Grécia dá a resposta: por meio das lutas sociais. O contexto grego revela, infelizmente, a força do capitalismo produzindo pobreza; e revela, felizmente, a força do povo reagindo a esse rebaixamento no seu padrão de vida. E no Brasil? O país é diferente e o contexto também, mas o remédio empurrado goela abaixo é o mesmo: a austeridade fiscal. E o risco inquestionável é que nos enredemos em um marasmo prolongado e que se retroalimenta, como aquele vivido hoje pela zona do euro, laboratório vivo e atual dos efeitos deletérios de uma política de austeridade em uma economia já combalida. Se essa dinâmica perversa ameaça o padrão de vida da população até mesmo na Europa, que diremos dos países periféricos? A melhoria verificada nos últimos anos no padrão de vida de parte importante da população brasileira não está de forma alguma assegurada. Ao contrário, está em xeque. Eficiente por excelência, o capitalismo rapidamente destrói as conquistas sociais pretéritas, sejam as mais antigas e amplas, como as europeias, sejam as mais recentes e restritas, como as brasileiras. E a única maneira de manter, aprofundar e ampliar conquistas é por meio do enfrentamento social.

sábado, 2 de outubro de 2021

MARCANDO PASSO - 789

 MARCANDO PASSO – 789 em 01.10.2021 por Jaime Capra

                                                             

                                                     “Os medos do passado não

                                                                        podem impedir nosso futuro”!

 

         1. A ordem-unida é uma formação habitual de marcha, de parada ou de reunião dos componentes de uma tropa, que observa as distâncias e os intervalos estabelecidos. Ao conjunto harmonioso, cadenciado e equilibrado dos movimentos de marcha, dá-se o nome de ordem unida.

         Além de praticado pelas forças militares, também é praticado por organizações jovens como o Bandas Marciais, o Clube de Desbravadores e o Clube de Aventureiros. Foi implantada no Brasil no quase longínquo ano de 1964.

         Este último clube, o de “aventureiros”, reinstalou-se recentemente em nosso País, e quer repetir o feito da ordem-unida em todos os lugares, desde as Instituições centenárias até as escolas primárias. E aí, minha gente, até os analfabetos e anciãos terão que marchar sob o rufar dos tambores e comandos de “sentido!” disparados por cabos e sargentos. Os oficiais ficarão só na observação.

         Mas como “Os medos do passado não podem impedir nosso futuro” e toda ação ou plano provoca uma reação. Está surgindo no seio da sociedade uma reação que toma vulto, chamada de anarquismo, que nada mais é que uma teoria social e movimento político presente na história ocidental do século XIX e primeira metade do século XX. Sustenta a ideia de que a sociedade existe de forma independente e antagônica ao poder exercido pelo Estado, sendo este considerado dispensável e até mesmo nocivo ao estabelecimento de uma autêntica comunidade humana. Por extensão, também pode ser definido por qualquer ataque ou afronta à ordem social estabelecida ou aos costumes reinantes.

         O anarquismo é uma corrente de pensamento, uma teoria e ideologia política que não acredita em nenhuma forma de dominação, que surgiu com o político francês Pierre-Joseph Proudhon e teve grande divulgação com o russo Mikhail Bakunin. É uma ideologia política que se opõe a todo tipo de hierarquia e dominação, seja ela política, econômica, social ou cultural, como o Estado, o capitalismo, as instituições religiosas, o racismo e o patriarcado.

 

         2. Brasil marcando passo ou em marcha à ré? A inflação atual que também assusta ao povo brasileiro, com a terrível lembrança da época dos 100% por mês, pode ter uma série de causas. A primeira e principal é quando o governo gasta mais que arrecada. Isto provoca uma série de consequências que são: aumentar impostos para cobrir as despesas; repasse dos custos aos consumidores; alta dos preços dos produtos finais e dos serviços.

         No bojo destas deformidades, surgem outras implicações: as empresas e os trabalhadores acreditam que haverá inflação; para não perder ganhos, empesas aumentam os preços; para não perder poder de compra os trabalhadores reivindicam maior remuneração.

         Por outro lado, o Governo reage imprimindo ou “fabricando” mais dinheiro para fazer frente às despesas, colocando-o em circulação; isto resulta que o volume de dinheiro em circulação é maior que a oferta de bens e serviços; com mais dinheiro circulando, os preços sobem.

         Isto também tem lá suas implicações: poucas empresas vendendo um determinado produto de grande procura; as empresas se juntam e combinam preços mais altos ou restringem a produção, formando o que se chama “cartéis”; com isto, os preços acabam subindo.

         Estamos aí no segundo estágio do processo inflacionário. A partir daí, a inflação passa a ter causas mais identificáveis e conhecidas. De parte das famílias, os aluguéis e outros contratos sobem de preço por conta da inflação passada; os preços mais altos entram no cálculo da inflação do próximo período; a inflação de hoje passa a ser o patamar inicial da inflação de amanhã.

         De parte das empresas, elas buscam empréstimos para viabilizar seus projetos; com as taxas de juros, os custos da produção também sobem; se o governo eleva a carga tributária, os preços dos produtos também aumentam; quando o custo das empresas sobe, elas aumentam os preços de sua produção.

         Como resultado de todo este processo, temos aí claro, salvo acontecimentos fortuitos, a incapacidade ou ineficiência dos governos no controle de gastos públicos; a inércia dos envolvidos e a formação de cartéis; a indexação com o consequente aumento nos custos de produção e como consequência a redução da produção provocando uma espiral inflacionária.

         Como resultado final, temos aí que as empresas produzirão menos que a procura por seus produtos; em contrapartida há um volume de dinheiro em circulação maior que a quantidade de bens e serviços em oferta; o consumidor com dinheiro no bolso se dispõe a pagar mais pelo mesmo produto e finalmente está aí formada o que se chama de espiral inflacionária.

         Até a próxima.  

 

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

RESCALDO - 10.09.2021

 

787– RESCALDO - 10.09.2021

 

        1-Nada mais importante num incêndio qualquer que a operação de “rescaldo", normalmente realizada pelo pessoal especializado. Nela, além de extinguir totalmente qualquer resquício de fogo, busca-se identificar as origens.

        O Brasil vive este momento após o incêndio do Sete de Setembro e da semana da Pátria. E não foi preciso muito tempo para isto. Logo no dia seguinte, o incendiário maior veio a público dizer: “alguém me viu brigando com as Instituições? ” Para este reles escriba o protagonista deste incêndio de fundo de quintal demonstrou toda sua infantilidade, incapacidade e despreparo para ser presidente de uma República do tamanho e importância do Brasil. Faria melhor se renunciasse. Por muito menos, Jânio Quadros fez isso. Os resultados todos sabemos, mas o risco vale a pena.

         2. As reações da mídia, das instituições judiciais e políticas e do povo em geral, estes providos do mínimo de discernimento, são no sentido do fracasso do movimento. Mas Bolsonaro continua articulando o caos. Este comportamento do presidente da República, por si só demonstra sua incapacidade para governar este País.

 

        3. Nas Mídias Sociais, as manifestações, memes, piadas, charges e outros achados contra o tal movimento, são mais intensos que os comentários a favor. Os mais recentes mostram um Bolsonaro saindo do Sete de Setembro de quatro, e dando de cara com todo o STF. Outra charge mostra o dito cujo travestido de cavalo, oferecendo garupa!

        Mesmo os asseclas mais fanáticos, mas melhor dotados de inteligência, ficaram constrangidos com o desenrolar do rescaldo e rapidamente recolheram suas bandeiras. Vai se formando um consenso que o tal movimento contra o STF e as Instituições, foi financiado por quem tem interesse no caos e pretende aplicar o golpe. Porém, há convicção que não será um golpe do João Sem Braço. Ainda não encontraram o tal João.

         4. O povo em geral, aquele da base da pirâmide, também participou das manifestações. Grande parte, infiltrado, aproveitou a oferta para conhecer Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e até São Miguel do Oeste, de graça! Aqui, dizem, foram 400 veículos desfilando. Para estes, a gasolina não está cara, sobretudo se patrocinada.

        “Depois de passar esse infindável dia 7, podemos avaliar que o governo Bolsonaro foi o grande derrotado. A participação de seus asseclas não chegou a 5% do esperado. Para quem passou tempo preparando, este dia mostrou que não existe espaço para aventuras. Esse governo está perdido, sem iniciativa, derrotado perante a sociedade e em todos os setores. Já é notória a debandada de seus apoiadores. Enquanto tiver cargos e dinheiro, o Centrão estará lá, mas ele é tratado como uma vaca leiteira, bem amarada, mas tranquila.

        O poder de compra do salário mínimo sucumbiu, a inflação está nas alturas, os preços estão descontrolados. O governo não tem iniciativas, não tem recursos para investimentos, nenhum país está negociando com o Brasil e todos só estão esperando o fim deste péssimo governo”. (Colaboração de Adair Bernardi).

         5. As Instituições Políticas também participam do rescaldo. Alguns partidos da base do governo, vão convocando reuniões para tomar posição, cientes que o apoio ao Bolsonaro vai perdendo intensidade. É o caso do PL e do PSDB. Quanto ao MDB, já é por demais conhecido. Vai pegar carona, antes ou depois das eleições. Mas vai de carona... como sempre fez.

        Em nível local, o PT veio à público com uma nota oficial, manifestando repúdio aos atos convocados por Bolsonaro, e que esperava alguma menção aos 14 milhões de desempregados, aos 19 milhões que vivem na extrema pobreza, a inflação que corrói o poder de compra, fazendo a comida sumir da mesa. Continua a nota dizendo que ao invés de atacar os problemas reais, o presidente escolheu seguir sua marcha de insensatez, colocando os brasileiros como párias mundiais nas questões sanitárias e de maio ambiente. Conclui a nota dizendo que o negacionismo presidencial empurrou quase 600 mil brasileiros para a morte, e que as ameaças de fechar o STF e o Senado Federal é crime e como tal merece ser tratado.

         6. A imprensa local faz o que sempre faz. Mostrar isenção para vender seus peixes e sorrateiramente apoiar Gregos e Troianos. Merece destaque uma entrevista onde o entrevistado adentrou na área econômica para revogar a lei da oferta e da demanda, atribuindo o vertiginoso aumento nas taxas de câmbio a outros fatores. Não citou a política de governo como responsável. Também não falou que o Sete de Setembro frustrado provocou um prejuízo de bilhões de Reais às empresas, em Bolsa. Pudera, para o entrevistado, o governo só faz o bem para o povo. Poderia ao menos falar a verdade.

7. Surgem mais rescaldos de última hora: O dólar comercial disparou 2,89% nesta quarta-feira (8) e fechou a sessão cotado a R$ 5,326 na venda, um dia após o presidente Jair Bolsonaro fazer ameaças golpistas. É o maior valor do dólar em mais de duas semanas e a maior alta percentual diária em um ano.

Inflação dispara em agosto e vai subir ainda mais em setembro, com caos promovido por Bolsonaro e seus caminhoneiros. Na Verdade, Jair Bolsonaro revelou que tem medo de ser preso, e vai acelerar ainda mais uma inflação que já foge do controle. O IPCA de agosto bateu em 0,87% e 9,78% em doze meses.

Quanto aos caminhoneiros, estão lá por conta própria. Em 2018, o óleo diesel estava em R$ 3,50 ao litro, e atualmente, por conta do Bolsonaro, está em R$ 4,50. Neste período o frete manteve o preço estável. Portanto, estão enganando o Bolsonaro. Aliás, ele merece.

Até a próxima

 

       

         

MANIFESTOS 13.08.2021

 

785 – MANIFESTOS - 13.08.2021

 

        1) Em tantas oportunidades ao longo destes 785 comentários, tenho me dedicado à crítica ou comentários sobre acontecimentos de Brasília e Florianópolis, relegando os temas regionais e locais. Desta vez, no entanto, não posso desconhecer a manifestação da Associação Empresarial de São Miguel do Oeste em face do projeto que tramita na Câmara dos Deputados em Brasília, estabelecendo novos patamares para o financiamento público das campanhas eleitorais.

        É bem verdade que os valores projetados são em princípio exagerados, absurdos, mas há que se considerar que ainda não foram fixados em lei e também é preciso entender que os processos políticos são lançados e com isso submetidos às reações da sociedade.

        Neste contexto, é pertinente o aludido manifesto. No entanto, os motivos alegados, o cenário descrito e os efeitos provocados pelo projeto, não refletem em absoluto a atualidade, a história, a participação e o comportamento de parte do setor empresarial ao longo do tempo.

        Impossível deixar de referir que o sistema de financiamento de campanha eleitoral proposto, visa sobretudo evitar que o capital defina a política e a administração pública. Mais ainda recordar que quem inaugurou o sistema de financiamento de campanhas eleitorais à margem da lei, foi a classe empresarial. Também é preciso lembrar dos funestos totens espalhados pelo Brasil, sob o patrocínio da classe empresarial, reclamando da carga tributária, lembrando que o de São Miguel foi retirado por que o município não quis mais pagar a conta de energia. Atualmente, este mesmo segmento pousa de guardião do cofre nacional.

        Os termos utilizados não refletem a realidade, pois prendem-se aos efeitos econômicos, mal referindo os milhões de desempregados, maioria dos quais responsabilidade das políticas econômicas do atual governo neoliberal. Quanto aos funestos resultados na saúde pública, a responsabilidade maior também recai sobre a incompetência e passividade do governo e da recusa deste e parte das classes empresariais em seguir os protocolos de prevenção. Há que se considerar que estas atitudes arrastam os pobres e desprovidos para as milhares de covas rasas espalhadas de norte a sul do país. Ademais, o manifesto restringe-se às questões econômicas, desconhecendo as questões sociais, culturais e à luta de classes que busca incessantemente erradicar as minorias.

 

        2) Os 5,7 bilhões de Reais apregoados no manifesto, representam hoje uma falácia, onde a oposição votou contra, sem sucesso. Uma manobra governamental levou o governo a  reduzir o valor, para tentar eximir-se da responsabilidade. Na verdade, o vil objetivo é fazer com que os partidos da base fiquem com a parte do leão, ou seja, a maior parte.

 

        3) Nosso governador Moisés, aquele mesmo que deixou que lhe roubassem o 7º Mandamento, resolveu fazer reverência a Bolsonaro, com chapéu alheio. Reformou um trecho da BR 470 e  veio se meter na reforma da BR 163. Vai ver que em sua formação militar não aprendeu que o dinheiro do estado é do povo catarinense. Aliás, não só ele não sabe, mas também muita gente da caserna. Teve um em Brasília que lançou mão do dinheiro do SUS para comprar uniformes para os milicos. A estes desmandos, não se ouve uma vírgula da classe empresarial.

 

        4) Não custa lembrar que a reforma da BR 163 foi contratada com um britador de Criciúma. Para iniciar a obra precisou alugar equipamentos (por indicação política), a maioria dos quais sucatas imprestáveis. A prova está aí até hoje, para quem quiser dar-lhe atenção.       Agora surge a notícia que o viaduto em São José do Cedro está nas últimas horas de vida, precisndo urgentemente de uma reforma se isto ainda for possível. Também o viaduto da entrada da Linha Derrubadas que está dormindo até hoje. Nada foi noticiado porque é impossível o acesso para vistoria-lo. Disto também a classe empresarial faz ouvidos moucos. Esteve em peso para bater palmas quando da contratação.

 

        5) Outra novela com a classe empresarial como ator principal é o contorno viário de São Miguel do Oeste. A classe quer apropriar-se da faixa de domínio para fins empresariais. A primeira tentativa frustrou, mas outras virão, com certeza.

        Vale ressaltar que o tal contorno viário ainda é projeto simplesmente, isto quer dizer que é uma folha de papel cheia de riscos. O resto, que interessa, está nas gavetas do DNIT, esperando a campanha eleitoral de 2022 para contratar ou outro britador. A mobilização já existe e os interessados são conhecidos. Vale ressaltar que as grandes construtoras foram soterradas pelos interesses políticos no neoliberalismo, que aos poucos vai sucumbindo aos pés de seus defensores.

 

        6) Por falar nisso, o bicho não é tão feio quanto dizem. No último sábado, fim de tarde, início da noite, São Miguel do Oeste estava em ebulição: ruas tomadas por veículos, maioria novos, lojas e supermercados abertos, lotados de gente fazendo compras. Isto sem falar na construção civil

        Neste cenário de cidade grande com Shopping Center, a principal associação de classe do município produz uma pérola chamada manifesto, sob o título de “nota de repúdio”, para dizer que “vivemos um período singular! Açoitados por mais de um ano com letargia econômica sem precedentes, ... A pergunta que não quer calar é: de que lugar esta pérola teria sido escrita?

        Até a próxima!

CREDIBILIDADE - 30.07.2021

 

784 – CREDIBILIDADE 30.07.2021

 

        É de lamentar, mas nosso Brasil Varonil perdeu a credibilidade. Não só na comunidade internacional, mas sobretudo perante nós brasileiros.

        Infelizmente, o povo brasileiro está dividido em frações. Uns acreditam em Bolsonaro, outros em Lula, no Corinthians, no Flamengo, nos Orixás, no Borba Gato, na estátua da Havan e tantas outas imagens que a Bíblia havia condenado há Séculos quando sentenciou ser pecado venerar imagens que não fossem de Deus único e pleno.

        Mas o mundo está mudando. De tal forma que a própria vida está sendo relegada à sua sorte, vez que muitos indivíduos se recusam a preservá-la.

 

        Como em todas as situações, a busca dos culpados tem como resultado aquela máxima dos projetos, divididos em fases.

        A primeira fase de um projeto qualquer é o ENTUSIASMO; a segunda, é a APREENSÃO; terceira, DECEPÇÃO; quarta, BUSCA DOS CULPADOS; quinta, PUNIÇÃO DOS INOCENTES; sexta e última, PROMOÇÃO DOS NÃO PARTICIPANTES.

        No caso brasileiro, nada tão pertinente. O Bolsonaro representou o entusiasmo. Já nos primeiros dias de governo, com as demonstrações dadas, a apreensão tomou conta da cabeça dos menos ignorantes. No caso hoje, já podemos afirmar, sem medo de errar, que estamos na terceira fase, a da decepção. Quanto à busca dos culpados, para os alienados, o principal culpado por esta situação esdrúxula é o vírus COVID-19. Para o Bolsonaro e sua trupe, o Lula continua sendo o principal responsável, assim como todas as minorias, LGBTs, Negros, Pobres e todas as Instituições Legislativas, Executivas e Judiciárias que não o deixam governar. Imagine-se se deixassem...

 

        Na verdade, a INCOMPETÊNCIA tomou o País de assalto. Não é demais lembrar que o Brasil vem sendo dirigido por um BANDO de Jabutis trepados em uma árvore. Como todos sabem, Jabutis não sobem em árvores. Então, alguém os colocou lá. O Jabuti mor, foi colocado em cima da árvore por 57 milhões que se entusiasmaram como o PROJETO. Os demais, foram colocados pelo Chefe Maior, que deveria chamar-se Tartaruga.

        Querem nomes de Jabutis? O Onix Lorenzoni é um deles. Já esteve trepado em diversas árvores. Agora, por último, foi colocado em cima de um poste. Acho até que foi amarrado, ou colado naquele lugar. O chefe maior já não sabe mais onde coloca-lo tal sua incompetência. Incompetência de quem manda e de quem obedece. Única competência é o crachá do CENTRÃO. Isto conta, e muito. Como reserva imediato, temos o Excelentíssimo Senhor Osmar Terra, médico, que deixou a profissão para ser deputado e defender a cloroquina e a ivermectina. Ele acha que o povo brasileiro é subdesenvolvido devido aos surtos de malária e verminose.

 

        Deixemos os jabutis de Brasília e fixemo-nos no nosso quintal. O maior, que o povo catarinense colocou em cima da árvore, conseguiu sofrer um processo de impeachment logo no início de sua gestão. O engraçado disso é que ele, Moisés, indicado pelo povo Hebreu que se deslocava para a Terra Prometida, subiu o Monte Sinai para receber de Deus a Tábua dos Mandamentos. Tal regramento serviria para disciplinar o Povo que já não mais acreditava em Deus. Ao descer do Monte, Moisés deixou que lhe roubassem o Sétimo Mandamento, que veio a ser o motivo do Impeachment. Mas Deus resolveu operar um milagre. Para recompensar seu Servo resolveu absolve-lo da acusação e ele continua em cima da árvore.

 

        Um segundo Jabuti veio ao Extremo Oeste para participar de um importante evento. Ao inspecionar a BR 163, impressionou-se com a quantidade e qualidade de buracos e irregularidades da Rodovia. Encontrou um buraco dentro de um buraco maior, o que provocou o capotamento de seu carro. Por sorte, nada pessoalmente de grave lhe aconteceu.

        Mas algo grave está acontecendo. O Governo do Estado de Santa Catarina, para agradar o Jabuti maior de Brasília, resolveu prestar-lhe um favor e reformar a BR 470 no trecho de Serra Abaixo, especificamente o Vale do Itajaí. Em contrapartida, o Jabuti Catarinense e seu seguidor que vem ao Extremo Oeste inspecionar seu curral eleitoral, fazem vistas grossas e ouvidos moucos à situação da BR 163. Isto me faz lembrar outro Jabuti, de Maravilha, autor de um Outdoor imenso reclamando da descontinuidade da BR 158 desde a confluência com a BR 282. Já perguntei várias vezes e vou perguntar de novo: o que Ele e seu Irmão fizeram em Brasília por mais de 40 anos que não conseguiram sua pretensão?

 

        Para finalizar este Artigo, impossível não falar dos Jabutis locais que o povo Migueloestino colocou em cima da árvore. Agora reúnem-se em Bando para tomar decisões coletivas. Concluíram que os Jabutis falam demais e por isso restringiram o tempo de posse dos microfones. Nada mais pertinente, porque alguns deles não tem mesmo o que falar, e nem sabem. Tanto isto é verdade, que o Jabuti chefe, que foi colocado em cima da árvore pelos outros Jabutis contratou um ventríloquo que fala por ele. A Ele, Jabuti maior, só cabe mexer a boca e gesticular. O Ventríloquo é quem fala.

        Vida que segue. Até a próxima. Jaime Capra

CIRCO DOS HORRORES - 09.07.2021

 

783 – CIRCO DOS HORRORES - 09.07.2021 – Jaime Capra

 

          Uma das vantagens de se chegar à velhice é a de sempre ter uma história para contar, para servir de parâmetro com a realidade atual. Ao escrever o presente artigo, cujo número está aí acima, não poderia ser diferente. Como em quase todos os demais 782 o tema tratou fundamentalmente da atualidade política. Neste, não poderia ser diferente. Fui buscar um filme inglês da década de 1960, que tive a oportunidade de assistir, cujo título tem muito a ver com nosso Brasil varonil.

          Circo dos Horrores é um filme de terror britânico de 1960 dirigido por Sidney Hayers. O crítico de cinema David Pirie o considerou a terceira entrada na "trilogia Sadiana", porque o filme se concentrou no sadismo, crueldade e violência com conotações sexuais, em oposição ao sobrenatural horror dos filmes daquela época.

          Vamos ao filme: “Na Inglaterra, em 1947, o Dr. Rossiter é um cirurgião plástico procurado pela polícia depois que uma operação deu errado. No entanto, acreditando ter habilidades como cirurgião, ele e seus assistentes escapam da captura e fogem com o Dr. Schüler para o continente. Lá Rossiter vê uma garota com cicatrizes recentes e torna-se amigo de seu pai, um dono de circo. Ele abre caminho para a família, operando a garota e curando seus ferimentos "de graça", e manipula seu caminho para comandar o circo, assumindo o controle quando o proprietário morre bêbado em um incidente com um urso. Uma década depois, ele dirige um circo de sucesso internacional, que usa como fachada para suas façanhas cirúrgicas. Ele faz amizade com mulheres com cicatrizes e as transforma em seu "Templo da Beleza". No entanto, quando eles ameaçam partir, eles se deparam com acidentes misteriosos no circo, que levantam as suspeitas da polícia internacional que logo vai ao seu encalço.

          Eles queriam fazer um filme de terror ambientado em um circo. O escritor teve a ideia de um circo dirigido por um cirurgião plástico que transforma criminosos em pessoas extremamente bonitas”.

          Para o “epílogo”, o leitor deste artigo terá que assistir ao filme, fazer um exercício de observação e comparação, ou aguardar o fim do atual circo político.

 

CHEIRO DE PÓLVORA

          O chanceler russo, Sergey Lavrov, afirmou que seu país responderá duramente a possíveis ações hostis dos Estados Unidos. Em entrevista a um jornal da Indonésia, ressaltou que, como deixou claro o presidente russo Vladimir Putin, a melhoria das relações entre Moscou e Washington "só será possível através da busca de um equilíbrio de interesses mutuamente aceitável em base da paridade".  O chanceler observou que quase imediatamente após a cúpula dos líderes da Rússia e dos Estados Unidos em Genebra, as autoridades norte-americanas, incluindo os participantes da reunião, retomaram os discursos anteriores com força redobrada.

CALDO DE CANA COM PASTEL

          Em conversa com apoiadores no “cercadinho” do Palácio do Planalto, na noite desta segunda-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro voltou a se queixar do cargo que ocupa. A declaração foi feita no mesmo dia em que pesquisa apontou recorde de rejeição a ele e em que foi divulgada notícia que o associa diretamente ao escândalo de corrupção das rachadinhas. “Não sei o prazer que certas pessoas têm em falar. Eeu sou presidente. Não sabem o que é ser presidente da República, meu Deus do céu”, afirmou Bolsonaro.

          Essa já é ao menos a quinta vez que o presidente reclama do fato de ser o chefe do Executivo. Em fevereiro, também durante conversa com apoiadores, Bolsonaro disparou: “A minha vida é um inferno”. A fala foi dada como resposta a uma mulher que pediu para tomar um café com ele. De acordo com o presidente, sua vida é um “inferno” pois não sabe o que vai fazer no dia seguinte.

Em novembro do ano passado, titular do Palácio do Planalto afirmou que sua vida “é uma desgraça, problema o tempo todo. Não tenho paz para nada. Não posso mais tomar um caldo de cana na rua, comer um pastel”.

 

A LEI DO BOLSONARO

           Uma chacina da PM do Amazonas, em Tabatinga, por vingança contra a morte de um sargento em 12 de junho, matou ao menos sete pessoas, das quais três foram jogadas no lixão após tortura. Os policiais invadiram e vandalizaram casas, ameaçaram familiares dos mortos, adulteraram atestado de óbito e impuseram a lei do silêncio. Em uma das casas invadidas, um PM disse a familiares: “Agora é a lei do Bolsonaro: bandido bom é bandido morto”

 

SERIAL KILLER

          Botei duas máscaras no rosto e fui à manifestação contra Bolsonaro no Rio de Janeiro, no sábado. Foi reconfortante ver amigos que não encontrava havia tempos, na avenida Presidente Vargas, cheia, alegre e pacífica. Em São Paulo, ao que tudo indica, provocadores profissionais deram as caras. A coordenação dos atos precisa se esforçar para neutralizar tentativas de sabotagem", escreve a jornalista Cristina Serra na Folha de São Paulo.

          "O que estamos vendo é uma maré montante de gente na rua à medida que a CPI no Senado descobre as digitais do presidente em crimes contra a vida dos brasileiros. O pedido de impeachment elenca 23 crimes de responsabilidade. E agora, reportagem de Juliana Dal Piva, no UOL, revela que Bolsonaro comandou esquema de "rachadinhas" quando foi deputado federal".

          Até a próxima