1 É certo que a humanidade (e quando se fala isto tem que haver ressalvas), caminha rumo ao desconhecido. Das possíveis e necessárias ressalvas, é preciso classificar a humanidade, principalmente a brasileira, em dois grupos: o primeiro, mais atingido, que cegamente acredita em Bolsonaro e que não acredita, constituindo assim o grupo dos incautos crentes. O segundo grupo, um pouco mais realista, presta atenção na atual instabilidade político/econômica da Nação Brasileira, convencido que a Pátria Amada Brasil caminha a passos largos e celeremente a caminho do desconhecido. Para os primeiros, o futuro não existe mais. Só o presente interessa desde que haja um prato de comida para colocar sobre as pernas, porque já não existem mesas com cadeiras. Por enquanto, estes ainda se conformam com a perspectiva de receber uma “quentinha” como dizia o saudoso Paulo Salin Maluf, crentes que o Bolsonaro vai instituir definitivamente e permanentemente uma ajuda aos miseráveis de R$ 200,00 por mês.
Para o
segundo grupo, dos mais comedidos, o desconhecido está aí à frente, fantasiado
de “liberalismo” econômico, onde quem tem algum capital usufrui do sistema para
multiplicar suas posses. Como é certo que “na natureza, nada se cria, nada se
perde, tudo se transforma”, como dizia Antoaine-Laurent de Lavoisier, com base
nessa premissa o capital, que é volátil, sai das mãos do primeiro grupo para
pousar no bolso do segundo, onde se transformará em riqueza. Por isso a
tranquilidade dos membros do segundo grupo. Não precisam das quentinhas do
governo (mas as querem para acalmar os necessitados), bastando que este deixe a
cancela escancarada para o livre trânsito dos bancos e das bolsas de valores. O
resto é caminhar de olhos vendados.
2 Também
é certo que o povaréu Extremoestino Catarinense e os usuários da Rodovia BR
163 estão, mais uma vez, sendo enganados, ludibriados, enrolados e mais tantos
sinônimos possíveis e imagináveis com a promessa de restauração (eu disse
RESTAURAÇÃO) da rodovia. Tive a desdita de trafegar alguns quilômetros, desde o
acesso para Anchieta até São Miguel do Oeste, e embora noite, pude observar as
obras em andamento em alguns “decâmetros” do acostamento direito. As pretensas
obras não passam de serviços de empreitada realizado à pá, picareta e carrinho
de mão em uma estrada que leva do nada para lugar nenhum. Não pude ver nenhuma
máquina um pouco maior daquelas que nominei. Também não vi um único sinal de
perigo, o que para este reles escriba representa que não há obra alguma! Isto
me faz lembrar a primeira e única tentativa de sua restauração.
Primeiro,
é preciso lembrar aos incautos e sobretudo aos súditos do jabuti, que
certamente não sabem, que esta rodovia, não à toa, é paralela à
“Transbrasiliana”. Sua extensão é de 4.057 Km, atravessa 6 estados do Brasil no
sentido Sul-Norte, iniciando em Tenente Portela, no Noroeste Gaúcho e termina
em Santarém, no estado do Pará. Passa pelos estados maiores produtores de grãos
do país e serve como escoamento, principalmente da soja.
A
primeira tentativa de restauração foi atribuída a empresa Sul Catarinense, que
era um simples britador, quer dizer, um moedor de pedras, do município de
Criciúma/SC. O ganhador da licitação chegou em São Miguel do Oeste trazendo uma
picape usada, meia dúzia de operários e nenhum equipamento. Iniciaram as obras
alugando máquinas velhas, de fiéis cabos eleitorais dos políticos da região,
que com o início das obras, (obras?) canalizaram votos dos incautos para sua
reeleição. Passadas as eleições, a vaca foi para o brejo.
Convém
também salientar o início da história da BR 163, trecho São Miguel do Oeste a
BR 373. A população fronteiriça do Extremo Oeste Catarinense, do Rio Brande do
Sul e do Paraná, mobilizou-se para a pavimentação da Rodovia. Como o Governo Federal
não deu o ar da graça, o então governador Esperidião Amin, resolveu assumir o
encargo, e mandou pavimentar a rodovia com recursos próprios. Tendo assumido o
encargo, reduziu o padrão da rodovia para a categoria “vicinal”, mais estreita
e com a base mais fraca. Assim mesmo, vale salientar, o então deputado Casildo
Maldaner disse publicamente que “se a rodovia fosse concluída no governo Amin,
ele “comeria” o asfalto. Efetivamente ele não o comeu, mas o então prefeito de
Guarujá do Sul, na inauguração do pavimento da rodovia, mandou fazer um “bolo” de asfalto para que
Cacildo o comesse.
3
Neste momento, os usuários da rodovia, estão novamente às voltas com uma
empreiteira desconhecida. Não se viu canteiro de obras nem movimento de
equipamentos pesados. É uma incógnita. Este é o resultado do famoso caso Lava
Jato, que a mando do Jabuti e sob os auspícios de Sergio Moro e seus asseclas,
conseguiram lavar a jato as principais construtoras do Brasil, mandando-as para
a outros recantos na América do Sul e na Africa. Triste fim de Policarpo
Quaresma.
Agora
vamos nos fixar nesta novidade Mineira, para ver onde vai dar. Por enquanto ela
prometeu pavimentar a BR 163 com concreto armado. Esta eu quero ver.
Até a
próxima.
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