segunda-feira, 29 de março de 2021

SISTEMAS - 775 - 02.04.2021

 

SISTEMAS – 02.04.2021 – GC/Jaime Capra

 

       SALVADOR DA PÁTRIA    

       Foi preciso aparecer um salvador da pátria para tentar salvar o governo Bolsonaro. Ele pretende que entendemos a podridão do sistema e a motivação coordenada para expulsa-lo e manter os sanguessugas no poder.

       O “Messias”, que não é o conhecido, mas o novo salvador, chama-se Roberto Macedo Titular. É com esse nome que se apresenta, embora suas ideias sejam de um reserva pernas de pau. Abre o discurso culpando o “sistema” pelo fracasso deste governo impostor até aqui.

       Foi buscar nos últimos 40 anos as razões das dificuldades enfrentadas pelo ilustre presidente, atribuindo ao “sistema” formado por corporações de todos os matizes, a motivação para definir a podridão em que se transformou o nosso País.

       Sustenta que nesses 40 anos houve uma verdadeira apropriação do Estado pelos caciques que hoje continuam no poder. Afirma que houve um verdadeiro loteamento do Estado por parte dos políticos, que o dividiram em fatias, em forma de estatais ou cargos de comando, dando a cada parceiro, para que implantassem sistemas de apropriação e plantassem bases para seus projetos de poder.

       Sem qualquer constrangimento, ao longo de sua estória capciosa, o ilustre oficial só teve memória para o período em que o PT esteve no poder. Segundo ele, nos 40 anos citados, só houve loteamentos.        Lembro ao enganador, que neste curto período também foram governantes, além dos citados exaustivamente, João Batista Figueiredo, José Sarney, Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e HHHHHHhhhhhHenriqueo atual, todos acima de qualquer suspeita (sic).

                            

       COMPORTAMENTOS  

       A ciência comportamental cobre várias disciplinas que estudam as ações humanas como a sociologia e a psicologia e também o comportamento humano no contexto de outras disciplinas como a economia e biologia.

       Nas últimas décadas a economia comportamental ganhou grande espaço na análise econômica. Com ajuda da psicologia, analisa as decisões econômicas e as financeiras.

       A economia comportamental contesta o princípio da racionalidade do ser humano. Argumenta que é limitada e muitas vezes leva a decisões equivocadas. 

       As decisões de Bolsonaro ficam mais por conta da intuição. São impulsivas e às vezes causam perplexidade, como ao divulgar um vídeo obsceno recentemente. Passando a um exemplo de sua gestão, após enviar ao Congresso seu projeto de reforma da Previdência Social, num encontro com jornalistas abordou a idade mínima de 62 anos proposta para a aposentadoria de mulheres e o valor de R$ 400,00 por mês previsto para antecipar aos 60 anos o Benefício de Prestação Continuada, devido a idosos carentes. Então admitiu que a idade mínima feminina poderia ficar mais próxima de 60 anos e o referido valor poderia ser ampliado. Ou seja, já cedeu antes de a negociação avançar.

       Bolsonaro também se descuida na busca de informações, agravando seu despreparo em vários assuntos. Não se espera que um presidente entenda de tudo, e racionalmente deve sempre se aconselhar com especialistas de sua confiança. Mas ele valoriza muito o aconselhamento de pessoas como Olavo de Carvalho e seus três filhos, mais inexperientes do que ele. Estes deveriam mesmo é cuidar dos próprios mandatos, pois é para isso que foram eleitos.

       Bolsonaro tem também vieses comportamentais que não se coadunam com seu cargo. Demonstra não gostar dos políticos brasileiros e do jogo político indispensável para aprovar matérias no Congresso, jogo esse que requer um compartilhamento de poder que Bolsonaro recusa até mesmo a seu próprio partido.

 

       RESISTÊNCIA

       Toda e qualquer mudança é complicada. Seja de casa, pessoal ou profissional, sair da zona de conforto é difícil, e por isso há uma forte resistência.

       A maioria das pessoas não se sente confortável ao perceber que suas atividades mudaram, que uma rotina foi alterada, e que necessariamente ela terá que aprender novas funções, exigindo dedicação e empenho além do que estava acostumada.

       A Gestão da mudança é a área da administração que estuda as constantes adaptações pelas quais qualquer empresa ou instituição deve passar para se manter firme, inclusive no setor público, foco deste comentário. Muitos governantes falham nesse ponto.

       Com as mudanças periódicas dos governos, quem não se adaptar vai ficando para trás e logo caem em desgraça perante seu povo.

       Nas trocas de governo é necessário envolvimento total da cúpula administrativa para que se torne realidade. Nesse ponto entra a filosofia, que não é apenas um "algo a mais" mas um modo de operar que deve ser implementado.

       Agora, se o governante sequer sabe o que é filosofia e acima de tudo quer retirar a disciplina das grades escolares, aí a coisa fica ainda mais difícil.

       As pessoas, subordinados, colaboradores e até o povo em geral, resistem às mudanças por vários motivos: primeiro, para não perder o controle de suas decisões; segundo, pelo excesso de incertezas ou trapalhadas dos superiores; terceiro, pelo elemento surpresa, quando as decisões são tomadas de afogadilho, sem lógica ou analise prévia dos reflexos; quarto, quando a decisão afeta outros departamentos que não estavam relacionados; e quinto, quando há ressentimentos antigos que ficam latentes até que surja a necessidade de cooperação.

       A solução para o problema da resistência às mudanças é uma só: conversar, conversar muito.

       Mas, vamos direto ao ponto: a interminável choradeira do presidente Jair Messias Bolsonaro, que de messias não tem nada, dizendo que o sistema (olha ele aí de novo) não o deixa governar, que o STF é vendido, que a imprensa é parcial, que o Lula é ladrão, etecetera e tal não passa de ignorância, melhor dizendo, falta de conhecimento. Nada melhor se poderia esperar de um governo (maioria dos principais assessores, ministros, etc.) especializados em ordem unida e desmontar e montar fuzis, sem qualquer qualificação para o cargo ou função que ocupam, para administrar um país das dimensões e importância de um Brasil, com mais de 210 milhões de habitantes.

       Internamente, o governo mesmo não se entende. A cada dia que passa abre-se uma nova frente de batalha. As boas maneiras, a parcimônia, a entonação da voz e o comportamento educado, sutil e objetivo passaram longe de Brasília, dando lugar ao rompante, às ameaças, aos gestos agressivos e, sobretudo, à falta da boa e eficaz educação.

       Até a próxima.

sexta-feira, 19 de março de 2021

MAROMBAS, MAROMBEIROS – 20.03.2021

 

  • 774 – MAROMBAS, MAROMBEIROS – 20.03.2021

     

    >Antes da conclusão da rodovia BR 282, os viajantes com destino a Florianópolis, passando por Campos Novos adentravam na BR 470. No percurso, até a BR 116, atravessava-se o Rio Marombas, afluente do Rio Canoas, que ao juntar-se com o Rio Pelotas formam o Uruguai.

    A atenção da coluna deste sábado, está presa ao Rio Marombas, cujo nome chamou a atenção seu significado e o porquê do nome estranho: Marombas. Feita a pesquisa que vai abaixo especificada desde a gramática até a prática, impossível não relacionar aos nomes algumas situações do nosso município, estado, país e até da sociedade brasileira. Vamos às definições:

          - Maromba, vara usada pelo equilibrista para se manter na corda bamba;

          - prática de fazer exercícios físicos, especialmente levantamento de peso, malhação;

          - situação difícil mas suportável, com esforço, dificuldade;

          - atitude de quem não se define para tomar decisões;

          - astúcia, esperteza, malandragem;

          - na Espanha, estrado de varas sobre o qual o gado fica abrigado do frio e das enchentes;

          - conjunto de bovinos;

          - tipo de girau ou jangada para transporte de gado;

          - lugar destinado à fabricação de tijolos (olaria);

          - sinônimos: malhação, dificuldade, astúcia, esperteza, malandragem.

     

          > Vejam bem, prezados leitores, que este conjunto de definições e sinônimos, tem algo a ver com nossos políticos.

          Para exemplificar, a indecisão dos governantes e seus aliados, procrastinando ao máximo o uso da vacina “a, b ou china”, pode ser chamada também de “maromba”. Na verdade, maromba também pode ser usada como expressão de “bola fora ou bola nas costas” no nosso linguajar futebolístico.

     

    >Maromba também pode ser classificada qualquer situação difícil que grande parte dos políticos, administradores públicos ou privados, autoridades judiciais, policialescas, atores e atrizes, e tantas outras personalidades, que diariamente são alvo nas redes sociais de denúncias, comentários, fake ou true news, e precisam fingir estar “coronados” com o COVID-19 para não aparecer em público e passar pelo vexame de ver centenas de dedos indicadores apontando em sua direção. Então, “ah coitados!”

     

     

    >A luta que algumas autoridades do executivo, legislativo ou judiciário e até os “ex” que “mourejam” para se manter na “crista da onda”, também pode ser classificada por maromba, pois representa o esforço com o uso de uma vara para se equilibrar sobre a corda bamba, ou seja, para permanecer no poder, com algum prestígio e, complementarmente, com algum cargo que lhe garanta um bom salário nem que seja nos Estados Unidos.

     

    >Agora, entre os marombeiros, ou seja, aqueles que usam da astúcia, esperteza ou malandragem, seguramente o maior contingente se encontra nas hostes políticas ampliadas, desde a maior até a menor autoridade sem deixar de incluir os serviçais de todas as categorias. Nesta última, a dos serviçais, embora pouco sobre para eles, a prática do “orare pro me” está consolidada de tal forma, que desde criança as pessoas projetam estudar para abocanhar um cargo público por mais comum que seja. Fica a expectativa de que num ato qualquer de um jaboti qualquer, haja um ato administrativo para catapultar o apaniguado a um cargo superior.

     

          >Por último, a palavra marombas é também utilizada (teria se originado lá?) na Espanha. No país das touradas do famoso toureiro Sabadin, da linda Penelope Cruz, do pintor Salvador Dali, do escritor Carlos Ruiz Zafon e de Miguel de Cervantes Saavedra, criador de Dom Quixote de La Mancha.

          Pois lá, neste simpático País, maromba tem um significado bem peculiar e adequado ao Brasil, pois lá significa um estrado de varas sobre o qual o gado fica abrigado do frio e das enchentes. Também pode significar um tipo de girau ou jangada para transporte de gado.

    Adequado, não? Dada a grande quantidade de gado que habita o Brasil, o termo e os equipamentos também poderiam ser utilizados neste nosso País. Com certa agilidade, antes que a Amazônia seja destruída e faltem as “varas” para montar estrados, giraus e jangadas.


sexta-feira, 12 de março de 2021

O CIRCO PEGA FOGO

 

O CIRCO PEGA FOGO – 12.03.2021

 

      >Ha algum tempo nossos expoentes da política, dos governos, da Justiça, dos legislativos, e o povo em geral (este timidamente, por enquanto), vem tentando lascar fogo nesse circo ainda, por enquanto, chamado Brasil. Não foram identificados bombeiros para apagar o fogo. Pensou-se em requisitar os arqueólogos do Oriente Médio, das civilizações primatas e especialistas em escavações, para revolver o solo brasileiro na busca de alguma múmia que tivesse a mínima vocação para o ofício. No entanto, estudos recentes indicaram poucas possibilidades de sucesso, porque o Brasil é um país ainda jovem e em sua história tivemos poucas ações para apagar incêndios. Os da Amazônia, por exemplo, só foi extinto quando a floresta acabou. Aí ficou fácil. Na nossa história, segundo os estudos, só tivemos incendiários, estes em grande quantidade.

 

> Se faltou algum material para levar a cabo a intenção, os recentes acontecimentos em Brasília se encarregaram de disponibilizar. Sua Excelência o Desembargador Edson Facchin do STF colocou à disposição dos incendiários, vários tonéis de gasolina para dar andamento no processo de fritura de uns e outros. O projeto seria fritar todo mundo, desde o inocente macaco até o temível leão, incluindo seu tratador e o tradicional palhaço. Só escaparia o Orlando Orfei, dono do circo (ops, mas não é o Bolsonaro?), por ser capitalista.

Este combustível é tão importante para endireitar o País, que o ilustre desembargador não teve a preocupação em aguardar a redução nos preços prometida pelo incendiário mor, Jair Messias Bolsonaro.

 

> A propósito, os antigos hebreus chamavam seus altos sacerdotes e reis de Messias, porque tinham sido ungidos com óleo sagrado. Mais tarde, os profetas falaram de um rei que redimiu a Terra e teria um período de paz e justiça no Brasil. Acreditava-se que seria um descendente direto de Alexandre III da Macedônia, rei no Reino Grego de 336 a 323 a.C., conhecido como Alexandre o Grande.

Diskin (conhecida internacionalmente por seu trabalho em favor dos Direitos Humanos, recebeu o Prêmio UNESCO 2006 em Direitos Humanos e Cultura de Paz), por ter ridicularizado Netanyahu e Barak Obama chamando-os de “messias” de Arakirov e Keisaria, em referência aos bairros luxuosos onde os dois possuem propriedades.  (Folha de São Paulo, 28/04/2012).

Sempre referindo que qualquer semelhança, não é mera coincidência, podendo ser repetida, e também que nesses tempos bicudos que estamos presenciando, é possível que os atores possam ser confundidos tanto com incendiários quanto com bombeiros.

 

>A grande imprensa, estupefata, desdobra-se para entender os propósitos do Ministro Edson Fachin. Para começar, o advogado e professor Pedro Serrano diz que “tecnicamente a decisão que anulou as condenações de Lula é correta e poderia ter vindo antes. Segundo ele, o que levou a essa decisão, foi a necessidade de proteger Moro e os procuradores da Lava Jato dos efeitos de uma decisão que reconhecesse a parcialidade do Juiz e atuação dos procuradores. Isso teria um impacto muito grande na opinião pública mundial” disse Serrano, que relatou ainda acompanhar o debate fora do Brasil.  

 

> O agora reconhecido como Messias, que já teve, nos  tempos bíblicos, a missão de salvar o mundo e atualmente não se sabe se poderá salvar a pele, também comparece à imprensa (que tanto critica), para dar seu veredicto: disse, nesta segunda-feira, que Edson Fachin “tem forte ligação com PT” após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir anular todos os processos contra o ex-presidente na Lava Jato de Curitiba, alegando que a Justiça do Paraná não tem competência para julgar o caso”. 

E disse mais, para fazer inveja a Rui Barbosa: “as bandalheiras que esse governo fez estão claras perante toda a sociedade. Foi uma administração catastrófica do PT no governo. Acredito que o povo brasileiro não quer ter um candidato desse nas eleições. A Bolsa foi lá para baixo e o dólar foi lá pra cima", completou Messias.

Um pequeno reparo senhor Jair Messias: as bolsas foram lá para baixo e o dólar foi lá pra cima quando o senhor demitiu o presidente da Petrobrás. Além disso, no parágrafo anterior convém substituir a sigla PT por SP (sem partido). O restante da manifestação está perfeito, agora digno de Rui Barbosa.

 

> As consequências da Lava Jato vão além do Lula, e Moro não pode sair impune. A advogada e professor a de Direito Carol Proner da Associação Brasileira de Juristas pela democracia, comentou a anulação das condenações do ex-presidente Lula.

Disse que “apesar da decisão de Fachin que anulou as condenações de Lula, é preciso continuar defendendo o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro”. "Essas decisões não podem ser capazes, politicamente, de evitar o debate sobre a suspeição deste juiz Sérgio Moro. Embora se resuma ao caso do Lula e dos processos dele, a suspeição vai muito além". "O que está na operação Spoofing precisa ser de conhecimento público, a gente tem que reivindicar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para saber o que aconteceu neste país, com relação às informações. E temos que ter legitimidade da sociedade civil para acessar esse material".

 

 

quinta-feira, 11 de março de 2021

O CIRCO PEGA FOGO - 12.03.2021

 

O CIRCO PEGA FOGO – 12.03.2021

 

      >Ha algum tempo nossos expoentes da política, dos governos, da Justiça, dos legislativos, e o povo em geral (este timidamente, por enquanto), vem tentando lascar fogo nesse circo ainda, por enquanto, chamado Brasil. Não foram identificados bombeiros para apagar o fogo. Pensou-se em requisitar os arqueólogos do Oriente Médio, das civilizações primatas e especialistas em escavações, para revolver o solo brasileiro na busca de alguma múmia que tivesse a mínima vocação para o ofício. No entanto, estudos recentes indicaram poucas possibilidades de sucesso, porque o Brasil é um país ainda jovem e em sua história tivemos poucas ações para apagar incêndios. Os da Amazônia, por exemplo, só foi extinto quando a floresta acabou. Aí ficou fácil. Na nossa história, segundo os estudos, só tivemos incendiários, estes em grande quantidade.

 

> Se faltou algum material para levar a cabo a intenção, os recentes acontecimentos em Brasília se encarregaram de disponibilizar. Sua Excelência o Desembargador Edson Facchin do STF colocou à disposição dos incendiários, vários tonéis de gasolina para dar andamento no processo de fritura de uns e outros. O projeto seria fritar todo mundo, desde o inocente macaco até o temível leão, incluindo seu tratador e o tradicional palhaço. Só escaparia o Orlando Orfei, dono do circo (ops, mas não é o Bolsonaro?), por ser capitalista.

Este combustível é tão importante para endireitar o País, que o ilustre desembargador não teve a preocupação em aguardar a redução nos preços prometida pelo incendiário mor, Jair Messias Bolsonaro.

 

> A propósito, os antigos hebreus chamavam seus altos sacerdotes e reis de Messias, porque tinham sido ungidos com óleo sagrado. Mais tarde, os profetas falaram de um rei que redimiu a Terra e teria um período de paz e justiça no Brasil. Acreditava-se que seria um descendente direto de Alexandre III da Macedônia, rei no Reino Grego de 336 a 323 a.C., conhecido como Alexandre o Grande.

Diskin (conhecida internacionalmente por seu trabalho em favor dos Direitos Humanos, recebeu o Prêmio UNESCO 2006 em Direitos Humanos e Cultura de Paz), por ter ridicularizado Netanyahu e Barak Obama chamando-os de “messias” de Arakirov e Keisaria, em referência aos bairros luxuosos onde os dois possuem propriedades.  (Folha de São Paulo, 28/04/2012).

Sempre referindo que qualquer semelhança, não é mera coincidência, podendo ser repetida, e também que nesses tempos bicudos que estamos presenciando, é possível que os atores possam ser confundidos tanto com incendiários quanto com bombeiros.

 

>A grande imprensa, estupefata, desdobra-se para entender os propósitos do Ministro Edson Fachin. Para começar, o advogado e professor Pedro Serrano diz que “tecnicamente a decisão que anulou as condenações de Lula é correta e poderia ter vindo antes. Segundo ele, o que levou a essa decisão, foi a necessidade de proteger Moro e os procuradores da Lava Jato dos efeitos de uma decisão que reconhecesse a parcialidade do Juiz e atuação dos procuradores. Isso teria um impacto muito grande na opinião pública mundial” disse Serrano, que relatou ainda acompanhar o debate fora do Brasil.  

 

> O agora reconhecido como Messias, que já teve, nos  tempos bíblicos, a missão de salvar o mundo e atualmente não se sabe se poderá salvar a pele, também comparece à imprensa (que tanto critica), para dar seu veredicto: disse, nesta segunda-feira, que Edson Fachin “tem forte ligação com PT” após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir anular todos os processos contra o ex-presidente na Lava Jato de Curitiba, alegando que a Justiça do Paraná não tem competência para julgar o caso”. 

E disse mais, para fazer inveja a Rui Barbosa: “as bandalheiras que esse governo fez estão claras perante toda a sociedade. Foi uma administração catastrófica do PT no governo. Acredito que o povo brasileiro não quer ter um candidato desse nas eleições. A Bolsa foi lá para baixo e o dólar foi lá pra cima", completou Messias.

Um pequeno reparo senhor Jair Messias: as bolsas foram lá para baixo e o dólar foi lá pra cima quando o senhor demitiu o presidente da Petrobrás. Além disso, no parágrafo anterior convém substituir a sigla PT por SP (sem partido). O restante da manifestação está perfeito, agora digno de Rui Barbosa.

 

> As consequências da Lava Jato vão além do Lula, e Moro não pode sair impune. A advogada e professor a de Direito Carol Proner da Associação Brasileira de Juristas pela democracia, comentou a anulação das condenações do ex-presidente Lula.

Disse que “apesar da decisão de Fachin que anulou as condenações de Lula, é preciso continuar defendendo o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro”. "Essas decisões não podem ser capazes, politicamente, de evitar o debate sobre a suspeição deste juiz Sérgio Moro. Embora se resuma ao caso do Lula e dos processos dele, a suspeição vai muito além". "O que está na operação Spoofing precisa ser de conhecimento público, a gente tem que reivindicar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para saber o que aconteceu neste país, com relação às informações. E temos que ter legitimidade da sociedade civil para acessar esse material".

 

 

sexta-feira, 5 de março de 2021

COLÓQUIOS, SOLILÓQUIOS OU LÓQUIOS? - 772 - 26.02.2021

 

772 – COLÓQUIOS, SOLILÓQUIOS OU LÓQUIOS? – 26.02.2021

 

> COLÓQUIO, no linguajar português, significa uma conversa informal, confidencial ou íntima geralmente entre duas ou mais pessoas.  Nesses tempos de pandemia agravada perigosamente, a recomendação das autoridades é que tal prática de interação seja evitada ao máximo, atualmente em nome da sobrevivência.

 

> SOLILÓQUIO, é o ato de alguém conversar consigo mesmo. No teatro, é um recurso dramático que consiste em falar na primeira pessoa aquilo que se passa na consciência de um personagem. É também, portanto, um diálogo entre a razão e o ser.

 

> LOQUIOS, ou LOKIOS não é nenhuma definição filosófica e sequer consta nos dicionários. A primeira é antiga, da nossa juventude, e significa pessoas bobas, atrasadas, inocentes, fácil de enganar.

Na segunda, Lokios são personagens animalescos, dóceis, bobinhos, bem intencionados, que se prestam a brincadeiras de “bobo da corte”.

Brevemente, será lançado uma série cinematográfica, onde o elenco desempenhará o honroso papel de bobo. É esperar para ver e se divertir dando aos atores nomes de personalidades conhecidas.

 

> Para dar vida ao comentário, os colóquios estão proibidos pelas autoridades políticas, a não ser no âmbito doméstico, onde, sabe-se, impraticáveis. Depois de um ano de abrir e fechar restrições, o confinamento familiar nada mais fez que desagregar a harmonia e implantar nas famílias as teorias conspiratórias dos governantes.

Aqueles Loques ou Lokis que se aventuraram na desobediência aos cuidados, estão lotando os leitos hospitalares ou descansam em paz junto aos mais de 250.000 que já estão “soterrados” (não se pode dizer sepultados). Mesmo assim, ainda há um contingente de bobos (burros mesmo) que disputam freneticamente uma vaga nos sepultórios públicos ou crematórios privados para quem pode pagar.  

 

       > Já os Solilóquios, são raros, raríssimos. Os entraves para a boa prática são muitos, frequentes e articulados. Em primeiríssimo plano está a dificuldade em aceitar que os culpados somos, individualmente, todos nós racionais. Para começar, colocamos um jaboti em cima da árvore (o jaboti não trepa em árvores) e alguns de nós até acreditamos nas palavras do jaboti. Ora, mas jaboti fala? Além desse erro crasso, há de se admitir que o contingente de racionais – detentores da racionalidade é diminuto e seletivo, em função do contraditório entre o ser e o ter. A grande maioria prefere a segunda alternativa. Embora sejam notáveis, preferem que todos vejam o quanto têm.

       Não se pode deixar de observar o papel da mídia, aí incluídas além da TV as mídias sociais que mantém ocupada quase toda a população, sobretudo através de telefones celulares em número igual ou superior a população. Com essa ocupação agregada à ignorância, não há tempo para conversar consigo mesmo ou ler um livro, trailer para sair da condição de loque.

       Há também dentre os poucos racionais uma camada numerosa que almeja fazer parte do elenco de loques ou lokis, de onde aspiram entrar par o teatro ou cinema, e inconscientemente acessar a fila de um leito hospitalar e com um pouco de sorte uma UTI.

 

> Sobre os loques ou Lokis já discorremos quase a exaustão. Falta apenas referir alguns exemplos sobre as práticas que identificam um loque, um bobo ou burro. Para os aficionados em WhatsApp, é só observar a quantidade de bobagens que compartilha: flores, imagens, comentários, etc. São incapazes de produzir uma frase sequer sem erros de português. Aliás, nem escrevem. Gravam no viva voz pois nem sabem escrever. Quem faz isso tem garantido o diploma de loque. No instagram, são as fotos de grandes viagens, festas acompanhadas de cervejadas e churrascadas, pescarias e aglomerações.

 

       > Faltou discorrer sobre os loques políticos. Aqueles que acreditam na cloroquina; que a vacina é para matar os idosos; que o Corona Vírus foi fabricado na China; que usar máscara não previne nada; que a COVID não passa de uma gripezinha; que o Brasil vai se tornar a maior potência econômica depois que vender todas as empresas estatais; que o PT, a China, a Argentina, a Rússia e outros países são comunistas, que os Estados Unidos vão ajudar o Brasil; que o melhor é fechar o STF, o congresso nacional e implantar uma ditadura militar. Esse e assim, é o povo brasileiro que não consegue praticar o solilóquio. Até a próxima.

SALVE-SE QUEM PUDER - 771 - 19.02.2021

 

771 - SALVE-SE QUEM PUDER – 19.02.2021

 

> O MINISTÉRIO PÚBLICO de São Paulo recebeu uma representação contra a TV Cultura e o jornalista Diogo Mainardi, pedindo que investigue a emissora e o jornalista por possível “indução ao suicídio”, crime previsto no artigo 122 do Código Penal com pena de reclusão de 6 meses a 2 anos.

O motivo é uma fala feita por Mainardi no programa Manhattan Connection exibido no dia 10 de fevereiro, que teve como convidado o ex-prefeito Fernando Haddad. Além de ofender e atacar o convidado, o jornalista fez uma referência ao suicídio ao afirmar que “se atiraria do décimo quinto andar, caso tivesse que votar, na eleição de 2022, em Lula ou Bolsonaro”.

 

> Covarde, Arthur lira, presidente da Câmara dos Deputados está indeciso entre qual saída seria menos danosa para ele entre desagradar a Bolsonaro ou ao STF no caso do deputado bolsonarista Daniel Silveira que se encontra preso. Quem cala ou consente ou quer esconder o que pensa. Lira calou-se porque tem medo de desagradar a Bolsonaro, condenando seu aliado, porque sabe que o presidente é vingativo e sua vingança pode ser terrível, mas também teme que o desfecho do caso influa no humor dos ministros do STF que vão julgar, em breve, suas ilicitudes. Vai de mal a pior seu ainda curto mandato.

 

> O Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito para investigar o Médico Oliveiro Pereira da Silva Alexandre que afirmou ter tomado duas vacinas diferentes para se proteger contra a Covid-19. O inquérito vai apurar como ele teve acesso às doses de diferentes vacinas. O médico que trabalha no Hospital Regional de Assis, interior paulista, tomou as primeiras doses tanto da CoronaVac quanto da vacina de Oxford. O Conselho Regional de Medicina também se manifestou e disse que pode abrir sindicância para investigar se houve infração ao Código de Ética médico.

 

 

> Aparece outra empresa da família de Aécio Neves em paraíso fiscal, dessa vez em Luxemburgo. A mãe do deputado federal Inês Maria Neves Faria que completará 82 anos no próximo dia 27 de fevereiro, é beneficiária no exterior da empresa Domomedia Investment Holding, baseada em Luxemburgo, paraíso fiscal europeu. Até agora a empresa, com ativos de mais de R$ 4 milhões, era desconhecida nas investigações do Ministério Pùblico sobre a família.

       A mãe do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e de Andrea Neves, Inês Maria Neves Faria, é beneficiária no exterior da empresa Domomedia Investment Holding, baseada em Luxemburgo, paraíso fiscal europeu. Os ativos da empresa, que era até agora desconhecida, são superiores a R$ 4 milhões. 

 

       > Procuradoria Geral da república indiciou e denunciou o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) por cometer crime de coação no curso do processo e outros dois delitos da Lei de Segurança Nacional. A decisão se deu minutos depois de o plenário do Supremo, por unanimidade, confirmar a prisão preventiva do parlamentar

Silveira foi preso em flagrante por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes devido à publicação de um vídeo com ataques e incitação de violência contra integrantes do Supremo. Diante de uma nota do ministro Luiz Edson Fachin repudiando tentativas de intimidação da corte, o deputado o classificou de "filho da puta" e disse que não poderia ser punido por querer dar uma surra nele.

Para a PGR, as expressões ultrapassam o mero excesso verbal, na medida em que atiçam seguidores e apoiadores do acusado em redes sociais.

Como o deputado tem foro privilegiado, cabe ao Supremo decidir se aceita a denúncia, tornando Daniel Silveira réu. 

 

> O secretário municipal de administração de São Miguel do Oeste, foi “convocado” pela câmara de vereadores para explicar o reajuste nos valores no IPTU.

Considerando que neste início de legislatura foi estabelecida uma luta entre Davi e Golias, este último descobriu (sic) que a colenda é a casa do povo e a ele representa. Assim, todos o querem bajular.

Para mostrar cabalmente quem está ao lado do contribuinte, o povo deve ficar atento se vão pedir explicações também sobre “algumas” taxas e outros tributos cobrados pela prefeitura.

 

       > Em Santa Catarina, o deputado Júlio Garcia e mais 6 (seis) medalhões da política viraram réus na operação Alcatraz por terem desviado R$ 27 milhões em propina e praticado a famosa lavanderia (lavagem de dinheiro) para compra de lanchas, viagem ao exterior e outras bobagens no período de 2009 a 2018.

O chefe da quadrilha foi deputado e presidente da assembleia legislativa, que supostamente deveria representar a população.

Também não se pode deixar de mencionar que Moisés, o personagem Bíblico, subiu o Monte Sinai para receber as novas tábuas dos dez mandamentos. Ao descer o monte, os fiéis perceberam que o 7º mandamento havia desaparecido. Foi roubado!

 

> O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e o seu igual (sic) paraguaio, Mario Abdo Benítez, disseram, em um comunicado conjunto, que o Mercosul deve ser "um trampolim" e discutiram a flexibilização do bloco. A declaração foi feita após os dois presidentes realizarem um encontro em Punta del Este.

Os dois querem que cada país possa negociar acordos bilaterais com outras nações sem o consentimento dos demais.

Com a iniciativa de Paraguai e Uruguai, o brasileiro Jair Messias Bolsonaro, direitista radical como os dois homólogos, teve orgasmos em sequência.

Não é segredo que a Argentina e outras nações mais ao norte pendem para a esquerda, e querem abandonar os Estados Unidos e seu liberalismo econômico, os de direita ficam preocupados.