774 – MAROMBAS, MAROMBEIROS – 20.03.2021
>Antes da conclusão da rodovia BR 282, os viajantes com destino a Florianópolis, passando por Campos Novos adentravam na BR 470. No percurso, até a BR 116, atravessava-se o Rio Marombas, afluente do Rio Canoas, que ao juntar-se com o Rio Pelotas formam o Uruguai.
A atenção da coluna deste sábado, está presa ao Rio Marombas, cujo nome chamou a atenção seu significado e o porquê do nome estranho: Marombas. Feita a pesquisa que vai abaixo especificada desde a gramática até a prática, impossível não relacionar aos nomes algumas situações do nosso município, estado, país e até da sociedade brasileira. Vamos às definições:
- Maromba, vara usada pelo equilibrista para se manter na corda bamba;
- prática de fazer exercícios físicos, especialmente levantamento de peso, malhação;
- situação difícil mas suportável, com esforço, dificuldade;
- atitude de quem não se define para tomar decisões;
- astúcia, esperteza, malandragem;
- na Espanha, estrado de varas sobre o qual o gado fica abrigado do frio e das enchentes;
- conjunto de bovinos;
- tipo de girau ou jangada para transporte de gado;
- lugar destinado à fabricação de tijolos (olaria);
- sinônimos: malhação, dificuldade, astúcia, esperteza, malandragem.
> Vejam bem, prezados leitores, que este conjunto de definições e sinônimos, tem algo a ver com nossos políticos.
Para exemplificar, a indecisão dos governantes e seus aliados, procrastinando ao máximo o uso da vacina “a, b ou china”, pode ser chamada também de “maromba”. Na verdade, maromba também pode ser usada como expressão de “bola fora ou bola nas costas” no nosso linguajar futebolístico.
>Maromba também pode ser classificada qualquer situação difícil que grande parte dos políticos, administradores públicos ou privados, autoridades judiciais, policialescas, atores e atrizes, e tantas outras personalidades, que diariamente são alvo nas redes sociais de denúncias, comentários, fake ou true news, e precisam fingir estar “coronados” com o COVID-19 para não aparecer em público e passar pelo vexame de ver centenas de dedos indicadores apontando em sua direção. Então, “ah coitados!”
>A luta que algumas autoridades do executivo, legislativo ou judiciário e até os “ex” que “mourejam” para se manter na “crista da onda”, também pode ser classificada por maromba, pois representa o esforço com o uso de uma vara para se equilibrar sobre a corda bamba, ou seja, para permanecer no poder, com algum prestígio e, complementarmente, com algum cargo que lhe garanta um bom salário nem que seja nos Estados Unidos.
>Agora, entre os marombeiros, ou seja, aqueles que usam da astúcia, esperteza ou malandragem, seguramente o maior contingente se encontra nas hostes políticas ampliadas, desde a maior até a menor autoridade sem deixar de incluir os serviçais de todas as categorias. Nesta última, a dos serviçais, embora pouco sobre para eles, a prática do “orare pro me” está consolidada de tal forma, que desde criança as pessoas projetam estudar para abocanhar um cargo público por mais comum que seja. Fica a expectativa de que num ato qualquer de um jaboti qualquer, haja um ato administrativo para catapultar o apaniguado a um cargo superior.
>Por último, a palavra marombas é também utilizada (teria se originado lá?) na Espanha. No país das touradas do famoso toureiro Sabadin, da linda Penelope Cruz, do pintor Salvador Dali, do escritor Carlos Ruiz Zafon e de Miguel de Cervantes Saavedra, criador de Dom Quixote de La Mancha.
Pois lá, neste simpático País, maromba tem um significado bem peculiar e adequado ao Brasil, pois lá significa um estrado de varas sobre o qual o gado fica abrigado do frio e das enchentes. Também pode significar um tipo de girau ou jangada para transporte de gado.
Adequado, não? Dada a grande quantidade de gado que habita o Brasil, o termo e os equipamentos também poderiam ser utilizados neste nosso País. Com certa agilidade, antes que a Amazônia seja destruída e faltem as “varas” para montar estrados, giraus e jangadas.
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