quinta-feira, 5 de setembro de 2019

724 - CURTAS E BOAS


724 – 06.09.2019 – CURTAS E BOAS
      

       > O Escândalo a que se referiu Bolsonaro apontaria Michelle como gerente do caixa 2 da família. Integrantes do PSL estariam apreensivos com a declaração feita por Jair Bolsonaro de que está para estourar um escândalo que atingirá alguém próximo dele. Temor é que o escândalo alcance Michelle Bolsonaro flagrada, pelo Coaf com um depósito de R$ 24 mil reais feito pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, que pode ser considerada uma espécie de gerente do caixa 2 resultante de desvios dos gabinetes de parlamentares.

       Mas, não tem problema nenhum. A primeira dama de Bolsonaro, muito mais linda que sua concorrente francesa, vai tirar as acusações de letra. É só fazer um discurso em “libras”, sua especialidade.

       > É de sirí ou de çorá, como diria um conhecido prefeito da Região, o apego de Sergio Moro e sua trupe a um cargo público exponencial. Juiz de Direito e Promotor Público concursado, com garantia de aposentadoria integral, muito acima do teto do INSS, já não serve mais. O primeiro, acreditando no jabuti, largou a carreira de Juiz para ser Desembargador. O segundo, fez algumas manobras falcatruosas para ser candidato a senador. Quebraram o rabo, os dois: o primeiro é constantemente humilhado por quem ajudou a colocar em cima do poste, e o segundo já não aguenta a divulgação de suas falcatruas. Triste fim de Policarpo Quaresma, como escreveu Lima Barreto ainda em 1915, prevendo o comportamento do nosso presidente.

       > Podem escolher: a Casa da Mãe Joana ou A Casa d’Irene, que é naquilo que se transformou a gloriosa República Federativa do Brasil sob os auspícios deste governo jabuti. Nunca é demais lembrar que quando algum leitor desta coluna vir um jabuti trepado numa árvore ou num poste, não deve se perguntar como ele chegou lá mas QUEM o colocou lá. É o caso de nosso presidente.
       Na minha modesta opinião, a “A Casa d’Irene” se adéqua melhor à lambança da Polícia Federal X Moro X Jabuti. Logo a primeira, que tem uma história de seriedade e zelo naquilo que faz. No entanto, querem acabar com ela para defender um clã de novos corruptos.
       A canção (1964) traz uma letra interessante, que se aplica ao caso: “I giorni grigi sono le lunghe strade silenziose; Di un paese deserto e senza cielo. A casa d'irene si canta si ride, C'e gente che viene, c'e gente che va, A casa d'irene bottiglie di vino, A casa d'irene stasera si va!”

       > Mais barbeiragens comete o presidente Jair Bolsonaro. Depois de se engalfinhar com o presidente da OAB Felipe Santa Cruz devido à tortura e morte de seu pai durante a ditadura, resolveu atacar, pelo mesmo motivo, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, que é comissária de Direitos Humanos na ONU, cujo pai também foi torturado e morto pela ditadura chilena, então comandada por Augusto Pinochet.
       Esta nova barbeiragem lhe rendeu críticas contundentes assinadas pelo Grupo de Puebla, que inclui ex-ministros e ex-presidentes da América do Sul, que repudiam veementemente as vergonhosas agressões, e que estas agressões confirmam que o nosso jabuti é incapaz de conviver com a comunidade internacional.  

> Não está só o nosso jabuti. Tem o apoio do “bando” de incompetentes do falido Itamarati que outrora desempenhava a política externa Brasileira e atualmente só dá tiros no pé. O grande argumento para justificar as críticas a Michelle Bachelet, é que ela se mete nos assuntos internos do Brasil, como a questão dos direitos humanos. Penso que o nosso Itamarati não sabe que ela, Michelle, é Comissária da ONU, onde se pretende um cargo de destaque. Nosso Itamarati só conhece uma Michelle, a Bolsonaro, que deve assumir a política internacional para comunicar-se em “libras”.

723 - O SISTEMA EM MARCHA À RÉ


723 - 30.08.2019 - O SISTEMA EM MARCHA À RÉ

A ideia de conhecer-se a si mesmo foi desenvolvida por Sócrates, que em suas discussões filosóficas abordou as questões de verdade e conhecimento e a relação do indivíduo com os outros e com o mundo.
Para Foucault, os cuidados pessoais foram evoluindo para a ideia de primeiro conhecer-se a si mesmo, levando os estudos à definição de filosofia e espiritualidade.
Com o passar do tempo, o cabedal de conhecimento adquirido, bem como a própria filosofia, foram absorvidas pela escola que o transferiu para a docência. Esta, vem tentando incutir ao aluno, que adquira sua liberdade através deste conhecimento.
No entanto, não é o que se percebe em nosso País nos dias atuais. As ações práticas de conhecimento, liberdade e discernimento e suas consequentes manifestações, não mostram a realidade desejada. Têm-se a impressão que os indivíduos não detém capacidade nem liberdade para discernir o que é certo ou errado e o que é bom para si e para a interação com seus semelhantes.
Ao contrário, as “novas” concepções acerca da educação formal nos leva a pensar que estamos andando em marcha à ré, i.e. voltando para a Idade Média, onde o conhecimento era propriedade de uma pequena casta e do clero.
Prova disso é que, cada vez menos, discute-se o direito das pessoas conhecerem-se a si mesmos, levando-os a pensar somente em sua própria sobrevivência (trabalho, bens materiais), conformando-se com a sua impotência para transformar esta realidade.
Desta forma, a considerar as mudanças no ensino brasileiro, com a redução de carga horária de disciplinas importantes para a formação do pensamento como filosofia e sociologia, teremos uma população cada vez menos conhecedora de suas próprias potencialidades e, ao mesmo tempo, crentes de que tudo é destino, tudo é em virtude da existência de um “ser superior” e que a grande virtude é entregar sua vida e sua história nas mãos de Deus.

FAZENDEIROS CULPADOS PELO INCÊNDIO
Helder Zahluth Barbalho (deve ser parente do Jader Barbalho), Governador do Pará (MDB), colocou a Polícia Civil na caça aos incendiários da floresta Amazônica. E a polícia estadual, rapidinho, descobriu a origem do fogo: Não foi o Lula, nem o PT, nem o falecido Chico Mendes, nem as ONGs, nem o MST. Foram nada mais e nada menos que 50 fazendeiros, pecuaristas e contratados, que numa ação orquestrada atearam fogo na floresta.
Descobertos, devem responder processo por crime ambienta no Estado do Pará, cujo governo pode-se reputar como “governo cônscio de suas responsabilidades, embora filiado ao MDB antigo PMDB, o que recomenda menos que o PT esquerdista.
Já a Polícia Federal que era de Sergio Moro, agora passou ao “pater familiae” de Jair Messias Bolsonaro ou das milícias. Pudera não, o nosso reformador da floresta Amazônica que de Messias não tem nada, não pensa em salvar nada nem ninguém, apenas matar desafetos.  
A gloriosa Polícia Federal, agora sob nova direção como se vê escrito nos botecos e botequins, continua apurando o Dia do Fogo e em que tipo de ação o fenômeno poderia ter sido gestado. Evidentemente, não encontrará nada.
Mas isso é tão fácil de investigar! É só perguntar às milícias do clã Bolsonaro, especialistas em ações (de extermínio, é claro) que logo, logo, desencadearão uma grande operação, cujas ações serão capazes de exterminar incêndios do Pará, da Amazônia e até os de Brasília.
Os incêndios de Brasília são os mais perigosos, porque poderão queimar o filme de seus chefes e chefes maiores e, com um pouco de sorte, também deste bando de capitalistas predadores que insistem em suas ideias predatórias.

LUMEN CHRISTI – DEO GRÀTIAS
        A luz de Cristo! Obrigado! É o que o povo de São Miguel do Oeste deve estar entoando, embora não estejamos no período Pascal. Repentinamente, a cidade, especialmente a Avenida Willy Barth foi tomada por uma iluminação diferente, mais eficiente, principalmente para as finanças municipais.
        As velhas lâmpadas incandescentes foram substituídas pelas mais modernas, de led. Mesmo essas, mais modernas, poderão ser retiradas, pois há uma nova iluminação, que é feita pelos totens dos redutores de velocidade. Iluminam mais que as próprias lâmpadas e poderão exercer dupla utilidade: cobram e iluminam.

        Até a próxima

722 - FAZENDO ESCOLA


722 – 23.08.2019 – FAZENDO ESCOLA

       > É enfadonho para o leitor deste modesto espaço, ver repetidos semanalmente, comentários, críticas e sarcasmos sobre atitudes, arroubos e desmandos desses governos que se instalaram em primeiro de janeiro. Com certeza, 2019 passará para a história como um período a ser esquecido.
Ao longo destes 520 anos de história, o Brasil, especialmente seu povo formado por múltiplas origens, tornou-se um País pacífico, ordeiro, trabalhador e pobre. Desde seu “descobrimento”, foi impiedosamente explorado por quem julgava ter-se tornado proprietário deste território. No entanto, a história mostra que os verdadeiros donos dessas terras de Santa Cruz, como se disse ao avistá-la, foram e são aqueles que hoje vem sendo escorraçados, assassinados e expulsos daqueles restos de terras onde ainda tentam sobreviver. Aqueles que não estavam aqui quando Cabral chegou, que vieram depois para transformar uma terra inóspita em um País progressista, também podem se julgar proprietários de seus quinhões.
O que não se pode admitir é que no desabrochar do Século XXI alguns desvairados se sintam no direito de negociar o que não é seu pois pertence a mais de 200 milhões de pessoas. Também não se pode admitir que o homem, de qualquer origem, seja expulso de sua terra natal para em seu lugar colocar animas que alguns julgam ser metais preciosos.
Diante dessas constatações, imperioso divulgar o que ressoa na mídia nacional comprometida com o Brasil, com o objetivo de despertar os brasileiros de boa fé e que foram enganados por promessas de mudanças, para que fiquem atentos, pois o pior ainda está por vir.

       > É o Capital Amigo do Ministro da Economia Paulo Guedes, que confirmou nesta quarta-feira a intenção de recriar a CPMF para desonerar a folha de pagamento. O novo nome será CSTP – Contribuição Social sobre Transações e Pagamentos, que deverá ter uma alíquota de 0,22%.
       O novo imposto foi usado e apoiado por todos os economistas brasileiros no governo FHC. Ele tem uma capacidade de tributação muito rápida e muito intensa. Põe dinheiro no caixa, rápido, e se for baixinho não distorce tanto, disse Guedes. Parabéns!
O que nem Guedes, nem Bolsonaro, e muito menos os capitalistas trouxas que se deixaram enganar na campanha política ainda não disseram, é “se estão contentes com os novos procedimentos deste governo maluco”. Essa história da desoneração da folha de pagamento, esperem para ver se as empresas vão efetivamente pagar menos FGTS, INSS, SENAI, SENAC, SEBRAE, e SALÁRIO EDUCAÇÃO. Só depois poderão festejar. Enquanto isso podem ir ensaiando aquele velho “sambinha” de Alcides Gerardi: Quem não tem violão, nem pistom, toca surdo; Sempre agrada porque nesse mundo tem bobo pra tudo. Camelô na conversa ele vende algodão por veludo; Não tem bronca porque nesse mundo tem bobo pra tudo!

       > É enfadonha a reportagem da jornalista Ana Luiza Albuquerque da Folha de São Paulo, informando que a polícia do Rio de Janeiro matou no estado, 194 pessoas durante o mês de julho. Este é o maior patamar desde 1998, quando os dados começaram a ser organizados. Tais dados foram divulgados recentemente. De janeiro a julho de 2019, 1075 pessoas foram mortas pelo Estado, cerca de 20% a mais que o mesmo período do ano passado.
       Na Região Metropolitana, as mortes por intervenção de agentes do Estado chegaram a 178 em julho, representando 41,5% do total de mortes violentas, que reúne todos os índices criminais que resultaram em morte. O governador Wilson Witzel tem intensificado o discurso de linha dura, estimulando ações violentas da polícia.
Este é o caminho escolhido por Bolsonaro e seus seguidores para acabar com a pobreza no Brasil. Matando os pobres, é claro.

       > Ou mata ou morre, esse é o discurso em voga nesse governo de loucos. Jair Messias (que de Messias não tem nada) Bolsonaro voltou a afirmar que pode interferir diretamente nas instituições, caso deseje, e que poderá substituir o diretor-geral da Polícia federal. Com isso prepara-se para abrir nova crise que resultará na saída do ministro Sergio Moro. “Se eu trocar hoje, qual o problema? Está na Lei. Sou eu que indico, e não o Sergio Moro. E ponto final. Qual o problema se eu trocar hoje ele? Me responda” disse Bolsonaro à imprensa.
Falou e disse. Até a próxima.