724 – 06.09.2019 – CURTAS E BOAS
> O Escândalo a que se referiu
Bolsonaro apontaria Michelle como gerente do caixa 2 da família. Integrantes do
PSL estariam apreensivos com a declaração feita por Jair Bolsonaro de que está
para estourar um escândalo que atingirá alguém próximo dele. Temor é que o
escândalo alcance Michelle Bolsonaro flagrada, pelo Coaf com um depósito de R$
24 mil reais feito pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, que pode ser considerada
uma espécie de gerente do caixa 2 resultante de desvios dos gabinetes de
parlamentares.
Mas,
não tem problema nenhum. A primeira dama de Bolsonaro, muito mais linda que sua
concorrente francesa, vai tirar as acusações de letra. É só fazer um discurso
em “libras”, sua especialidade.
> É de sirí ou de çorá, como diria um conhecido prefeito da
Região, o apego de Sergio Moro e sua trupe a um cargo público exponencial. Juiz
de Direito e Promotor Público concursado, com garantia de aposentadoria
integral, muito acima do teto do INSS, já não serve mais. O primeiro,
acreditando no jabuti, largou a carreira de Juiz para ser Desembargador. O
segundo, fez algumas manobras falcatruosas para ser candidato a senador.
Quebraram o rabo, os dois: o primeiro é constantemente humilhado por quem
ajudou a colocar em cima do poste, e o segundo já não aguenta a divulgação de
suas falcatruas. Triste fim de Policarpo Quaresma, como escreveu Lima Barreto
ainda em 1915, prevendo o comportamento do nosso presidente.
> Podem escolher: a Casa da Mãe Joana ou A Casa d’Irene, que é
naquilo que se transformou a gloriosa República Federativa do Brasil sob os
auspícios deste governo jabuti. Nunca é demais lembrar que quando algum leitor
desta coluna vir um jabuti trepado numa árvore ou num poste, não deve se
perguntar como ele chegou lá mas QUEM o colocou lá. É o caso de nosso
presidente.
Na minha modesta opinião, a
“A Casa d’Irene” se adéqua melhor à lambança da Polícia Federal X Moro X Jabuti.
Logo a primeira, que tem uma história de seriedade e zelo naquilo que faz. No
entanto, querem acabar com ela para defender um clã de novos corruptos.
A canção (1964) traz uma
letra interessante, que se aplica ao caso: “I giorni grigi sono le lunghe
strade silenziose; Di un paese deserto e senza cielo. A casa d'irene si canta
si ride, C'e gente che viene, c'e gente che va, A casa d'irene bottiglie di
vino, A casa d'irene stasera si va!”
> Mais barbeiragens comete o presidente Jair Bolsonaro. Depois
de se engalfinhar com o presidente da OAB Felipe Santa Cruz devido à tortura e
morte de seu pai durante a ditadura, resolveu atacar, pelo mesmo motivo, a ex-presidente
chilena Michelle Bachelet, que é comissária de Direitos Humanos na ONU, cujo
pai também foi torturado e morto pela ditadura chilena, então comandada por
Augusto Pinochet.
Esta nova barbeiragem lhe
rendeu críticas contundentes assinadas pelo Grupo de Puebla, que inclui
ex-ministros e ex-presidentes da América do Sul, que repudiam veementemente as
vergonhosas agressões, e que estas agressões confirmam que o nosso jabuti é
incapaz de conviver com a comunidade internacional.
> Não
está só o nosso jabuti. Tem o apoio do
“bando” de incompetentes do falido Itamarati que outrora desempenhava a
política externa Brasileira e atualmente só dá tiros no pé. O grande argumento
para justificar as críticas a Michelle Bachelet, é que ela se mete nos assuntos
internos do Brasil, como a questão dos direitos humanos. Penso que o nosso
Itamarati não sabe que ela, Michelle, é Comissária da ONU, onde se pretende um
cargo de destaque. Nosso Itamarati só conhece uma Michelle, a Bolsonaro, que
deve assumir a política internacional para comunicar-se em “libras”.