quinta-feira, 5 de setembro de 2019

722 - FAZENDO ESCOLA


722 – 23.08.2019 – FAZENDO ESCOLA

       > É enfadonho para o leitor deste modesto espaço, ver repetidos semanalmente, comentários, críticas e sarcasmos sobre atitudes, arroubos e desmandos desses governos que se instalaram em primeiro de janeiro. Com certeza, 2019 passará para a história como um período a ser esquecido.
Ao longo destes 520 anos de história, o Brasil, especialmente seu povo formado por múltiplas origens, tornou-se um País pacífico, ordeiro, trabalhador e pobre. Desde seu “descobrimento”, foi impiedosamente explorado por quem julgava ter-se tornado proprietário deste território. No entanto, a história mostra que os verdadeiros donos dessas terras de Santa Cruz, como se disse ao avistá-la, foram e são aqueles que hoje vem sendo escorraçados, assassinados e expulsos daqueles restos de terras onde ainda tentam sobreviver. Aqueles que não estavam aqui quando Cabral chegou, que vieram depois para transformar uma terra inóspita em um País progressista, também podem se julgar proprietários de seus quinhões.
O que não se pode admitir é que no desabrochar do Século XXI alguns desvairados se sintam no direito de negociar o que não é seu pois pertence a mais de 200 milhões de pessoas. Também não se pode admitir que o homem, de qualquer origem, seja expulso de sua terra natal para em seu lugar colocar animas que alguns julgam ser metais preciosos.
Diante dessas constatações, imperioso divulgar o que ressoa na mídia nacional comprometida com o Brasil, com o objetivo de despertar os brasileiros de boa fé e que foram enganados por promessas de mudanças, para que fiquem atentos, pois o pior ainda está por vir.

       > É o Capital Amigo do Ministro da Economia Paulo Guedes, que confirmou nesta quarta-feira a intenção de recriar a CPMF para desonerar a folha de pagamento. O novo nome será CSTP – Contribuição Social sobre Transações e Pagamentos, que deverá ter uma alíquota de 0,22%.
       O novo imposto foi usado e apoiado por todos os economistas brasileiros no governo FHC. Ele tem uma capacidade de tributação muito rápida e muito intensa. Põe dinheiro no caixa, rápido, e se for baixinho não distorce tanto, disse Guedes. Parabéns!
O que nem Guedes, nem Bolsonaro, e muito menos os capitalistas trouxas que se deixaram enganar na campanha política ainda não disseram, é “se estão contentes com os novos procedimentos deste governo maluco”. Essa história da desoneração da folha de pagamento, esperem para ver se as empresas vão efetivamente pagar menos FGTS, INSS, SENAI, SENAC, SEBRAE, e SALÁRIO EDUCAÇÃO. Só depois poderão festejar. Enquanto isso podem ir ensaiando aquele velho “sambinha” de Alcides Gerardi: Quem não tem violão, nem pistom, toca surdo; Sempre agrada porque nesse mundo tem bobo pra tudo. Camelô na conversa ele vende algodão por veludo; Não tem bronca porque nesse mundo tem bobo pra tudo!

       > É enfadonha a reportagem da jornalista Ana Luiza Albuquerque da Folha de São Paulo, informando que a polícia do Rio de Janeiro matou no estado, 194 pessoas durante o mês de julho. Este é o maior patamar desde 1998, quando os dados começaram a ser organizados. Tais dados foram divulgados recentemente. De janeiro a julho de 2019, 1075 pessoas foram mortas pelo Estado, cerca de 20% a mais que o mesmo período do ano passado.
       Na Região Metropolitana, as mortes por intervenção de agentes do Estado chegaram a 178 em julho, representando 41,5% do total de mortes violentas, que reúne todos os índices criminais que resultaram em morte. O governador Wilson Witzel tem intensificado o discurso de linha dura, estimulando ações violentas da polícia.
Este é o caminho escolhido por Bolsonaro e seus seguidores para acabar com a pobreza no Brasil. Matando os pobres, é claro.

       > Ou mata ou morre, esse é o discurso em voga nesse governo de loucos. Jair Messias (que de Messias não tem nada) Bolsonaro voltou a afirmar que pode interferir diretamente nas instituições, caso deseje, e que poderá substituir o diretor-geral da Polícia federal. Com isso prepara-se para abrir nova crise que resultará na saída do ministro Sergio Moro. “Se eu trocar hoje, qual o problema? Está na Lei. Sou eu que indico, e não o Sergio Moro. E ponto final. Qual o problema se eu trocar hoje ele? Me responda” disse Bolsonaro à imprensa.
Falou e disse. Até a próxima.

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