722 – 23.08.2019 – FAZENDO ESCOLA
> É enfadonho para o leitor deste modesto espaço, ver repetidos
semanalmente, comentários, críticas e sarcasmos sobre atitudes, arroubos e
desmandos desses governos que se instalaram em primeiro de janeiro. Com
certeza, 2019 passará para a história como um período a ser esquecido.
Ao longo destes 520 anos de história, o Brasil,
especialmente seu povo formado por múltiplas origens, tornou-se um País
pacífico, ordeiro, trabalhador e pobre. Desde seu “descobrimento”, foi
impiedosamente explorado por quem julgava ter-se tornado proprietário deste
território. No entanto, a história mostra que os verdadeiros donos dessas
terras de Santa Cruz, como se disse ao avistá-la, foram e são aqueles que hoje
vem sendo escorraçados, assassinados e expulsos daqueles restos de terras onde ainda
tentam sobreviver. Aqueles que não estavam aqui quando Cabral chegou, que
vieram depois para transformar uma terra inóspita em um País progressista,
também podem se julgar proprietários de seus quinhões.
O que não se pode admitir é que no desabrochar do
Século XXI alguns desvairados se sintam no direito de negociar o que não é seu
pois pertence a mais de 200 milhões de pessoas. Também não se pode admitir que
o homem, de qualquer origem, seja expulso de sua terra natal para em seu lugar colocar
animas que alguns julgam ser metais preciosos.
Diante dessas constatações, imperioso divulgar o
que ressoa na mídia nacional comprometida com o Brasil, com o objetivo de
despertar os brasileiros de boa fé e que foram enganados por promessas de
mudanças, para que fiquem atentos, pois o pior ainda está por vir.
> É o Capital Amigo do Ministro da Economia Paulo Guedes, que
confirmou nesta quarta-feira a intenção de recriar a CPMF para desonerar a
folha de pagamento. O novo nome será CSTP – Contribuição Social sobre
Transações e Pagamentos, que deverá ter uma alíquota de 0,22%.
O novo imposto foi usado e
apoiado por todos os economistas brasileiros no governo FHC. Ele tem uma
capacidade de tributação muito rápida e muito intensa. Põe dinheiro no caixa,
rápido, e se for baixinho não distorce tanto, disse Guedes. Parabéns!
O que nem Guedes, nem Bolsonaro, e muito menos os
capitalistas trouxas que se deixaram enganar na campanha política ainda não
disseram, é “se estão contentes com os novos procedimentos deste governo maluco”.
Essa história da desoneração da folha de pagamento, esperem para ver se as
empresas vão efetivamente pagar menos FGTS, INSS, SENAI, SENAC, SEBRAE, e
SALÁRIO EDUCAÇÃO. Só depois poderão festejar. Enquanto isso podem ir ensaiando
aquele velho “sambinha” de Alcides Gerardi: “Quem não tem violão, nem pistom, toca surdo; Sempre agrada
porque nesse mundo tem bobo pra tudo. Camelô na conversa ele vende algodão por
veludo; Não tem bronca porque nesse mundo tem bobo pra tudo!
> É enfadonha a reportagem da jornalista Ana Luiza Albuquerque
da Folha de São Paulo, informando que a polícia do Rio de Janeiro matou no
estado, 194 pessoas durante o mês de julho. Este é o maior patamar desde 1998,
quando os dados começaram a ser organizados. Tais dados foram divulgados
recentemente. De janeiro a julho de 2019, 1075 pessoas foram mortas pelo
Estado, cerca de 20% a mais que o mesmo período do ano passado.
Na Região Metropolitana, as
mortes por intervenção de agentes do Estado chegaram a 178 em julho,
representando 41,5% do total de mortes violentas, que reúne todos os índices
criminais que resultaram em morte. O governador Wilson Witzel tem intensificado
o discurso de linha dura, estimulando ações violentas da polícia.
Este é o caminho escolhido por Bolsonaro e seus
seguidores para acabar com a pobreza no Brasil. Matando os pobres, é claro.
> Ou mata ou morre, esse é o discurso em voga nesse governo de
loucos. Jair Messias (que de Messias não tem nada) Bolsonaro voltou a afirmar
que pode interferir diretamente nas instituições, caso deseje, e que poderá
substituir o diretor-geral da Polícia federal. Com isso prepara-se para abrir
nova crise que resultará na saída do ministro Sergio Moro. “Se eu trocar hoje,
qual o problema? Está na Lei. Sou eu que indico, e não o Sergio Moro. E ponto
final. Qual o problema se eu trocar hoje ele? Me responda” disse Bolsonaro à
imprensa.
Falou e disse. Até a próxima.
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