E AGORA?
Uma pesquisa do IBOPE mostra a sufocante
rejeição do impostor Michel Temer, cuja reforma mercadológica será encaminhada
com urgência ao congresso nacional. Será um plano Marshall tupiniquim.
Os marqueteiros do impostor anunciam uma
mudança radical na imagem do ilícito presidente da República, articulador do
golpe. Que se aguarde o resultado.
A transformação não será feita com botox.
Os recursos seriam mais fáceis. O Objetivo é mudar a popularidade de um governo
que desceu a 3% de aprovação, segundo as pesquisas mais recentes.
O movimento publicitário articulado no
palácio do Jaburu está sendo chamado de “Plano Temer”, equiparado, segundo dizem,
a um Plano Marshall moderno, que reanimou o capitalismo após a Segunda Guerra
Mundial. A tarefa será a de mudar a imagem de um presidente reformista,
fracassado, para uma dificílima condição de transformador, também destinado à
ruína.
Pelo que se conhece dos movimentos
publicitários encetados pela Polícia Federal e copiosamente divulgados pelas
redes sociais alternativas, o temeroso Temer, a contar pelos movimentos
anteriores, haverá de afundar mais algumas polegadas rumo ao iminente
sepultamento. Os publicitários que articulam tirar o impostor do atoleiro, se
seguirem o exemplo dos que tentaram fazê-lo, lograrão somente a constatação de
que já não existem mais batedores de panelas, a maioria dos quais já se bandeou
para o lado do Lula da Silva que, com certeza, por ter somente nove dedos,
haverá de roubar menos que esta corja que os paneleiros levaram ao poder. Bem
feito!
COMO FALAR?
Já não se pode mais falar de forma jocosa
do Paraguai, da Província de Missiones ou da cidade de San Pedro. O que
acontece por nossas bandas não nos autoriza. O Brasil está literalmente à
deriva, sem governo e sem projetos. As ações políticas e econômicas em curso
têm como único objetivo o de salvar a pele de uma corriola de ladrões bandidos.
Todos os noticiários nos informam desta manobra vil e sem vergonha.
O congresso nacional, senado e câmara dos
deputados e o supremo tribunal federal, outrora guardiões da lei e da ordem,
hoje representam um escritoriozinho de advogados de porta de cadeia. Tanto é
verdade que de minha parte tais instituições falidas não merecem ser grafadas
com letra maiúscula. Não me atrevo a fazê-lo, pois temo que o alfabeto latino
que nasceu no ano 753 a.C. seja revogado. O governo Temer poderá propor um
decreto para tanto. Aí ficaríamos sem escrever, o que de certa forma seria
ótimo. Não mais teríamos os noticiários da rede globo, também em letra
minúscula.
Voltando ao Paraguai, que até pouco tempo
considerávamos o C. do mundo. Hoje nos dá exemplos de crescimento econômico e
social, graças aos emigrantes brasileiros que lá foram se estabelecer.
Atualmente, sabe-se que saíram do Brasil prevendo que o País seria governado
por Michel Temer. Aplicaram a ordem dada a Ló e sua família quando saíram de
Sodoma, a cidade que seria destruída. “Fuja e não olhe para trás!”
Quanto ao nosso estado e seu fundo
social, também não se pode condenar o governo federal por comprar votos de
salvamento em troca de emendas. Por aqui, prepara-se a continuidade no poder
com dinheiro dos remédios que faltam nas prateleiras dos postos de saúde, o que
caracteriza “remendos” ao invés de emendas.
Quanto ao município, qualquer semelhança
com o governo federal é mera coincidência.
NÃO SE ENXERGAM
Enquanto as organizações sociais se
mobilizam para neutralizar os efeitos da reforma trabalhista produzida pelo
temeroso, a mídia atrelada, apoiadora do desmonte da Consolidação das Leis do
Trabalho propaga outro tipo de lamento: o dos empresários, inclusive dos
Estados Unidos. Preocupados com o futuro da humanidade, desejavam reformas
ainda mais drásticas.
A Folha de São Paulo deu destaque a um
debate ocorrido em Nova York, onde os investidores norte-americanos se diziam
desanimados e frustrados com as reformas, pois desejavam terceirizar mão de
obra sem qualquer entrave. Gostariam, inclusive, poder demitir funcionários,
recontratando-os em seguida com salários menores, sem risco de sofrer processos
trabalhistas.
Um executivo de uma empresa que presta
serviços de tecnologia a bancos teria dito: “então, quer dizer que ainda não
vamos poder reduzir salários”?
Ao que parece, o modelo desejado pelo
empresariado é o dos Estados Unidos, único país do mundo desenvolvido que não
garante licença maternidade remunerada. Outra opção no cardápio dessa turma
seria a de voltarmos ao tempo da escravidão. Para esse tipo de empresários, o
empregado ter uma hora para almoço é muito. Ter férias, também é muito. Daqui a
pouco, a continuar esse governo temeroso, ter salário também será muito! Que
vivam os batedores de panelas!
MAIS UM...
O último suspiro da proteção social virá da
reforma tributária. Ela não enfrenta as injustiças do sistema de impostos,
contrariando a experiência de países desenvolvidos: alíquotas mais altas do
Imposto de Renda, combate às isenções para rendas de capitais e taxação sobre
transações financeiras, herança, patrimônio e grandes fortunas.
A reforma extingue diversos tributos que
serão substituídos por um imposto sobre o valor agregado de competência
estadual e outro sobre bens e serviços específicos, de alçada federal.
A simplificação do sistema de impostos é
necessária. O problema é que os tributos constitucionalmente vinculados para a
proteção social estão sendo extintos e substituídos por outros sem vinculação.
Caminha-se para desmontar as bases de financiamento das políticas sociais
asseguradas pela Constituição e por legislações anteriores.
Essas mudanças fragilizarão o
financiamento da Educação e Seguridade Social, afetando a sustentação dos
gastos com Previdência e Assistência Social, Saúde e Desemprego. Na prática, o
teto de gastos, a desvinculação de receitas e a reforma tributária acabam com
as vinculações constitucionais de recursos para as políticas sociais, fato que
acentuará a grande diferença entre a captura de recursos públicos pelo poder
econômico e pela sociedade.