DO ANARQUISMO À ANARQUIA
Nas últimas três
colunas deste espaço, falou-se sobre “Anarquismo”, doutrina filosófica que
prega uma sociedade SEM a existência do Estado, este no sentido lato. A matéria publicada resulta de uma entrevista
concedida por Hans Hermann Hoppe, publicada pelo Instituto Ludwig Von Mises
Brasil. Hans Hermann Hoppe é filósofo e economista alemão-americano da Escola
austríaca, professor de economia na Universidade de Nevada, Las Vegas. Obteve
seu pós doutorado na Universidade de Frankfurt.
Chegou a vez de
falar sobre “anarquia”, termo mais conhecido entre nós, colunista de banheiro
segundo palavras de um proeminente ex vereador, e os leitores assíduos desta
coluna que nos meios palacianos desperta curiosidade por ser imprevisível.
Ø ANARQUISMO
Anarquismo
é um sistema político que busca o fim do Estado e
de sua autoridade. O termo tem origem na
palavra grega ANARKHIA, que significa ausência de governo. Vulgarmente, o
anarquismo é entendido como a situação política em que a constituição, o
direito e as leis deixam de ter razão de existir.
O
anarquismo é uma teoria política que rejeita o poder estatal e acredita que a
convivência entre os serem humanos é determinada pela vontade e pela razão de
cada um.
Ø ANARQUIA
Saindo da
filosofia, situando-se na realidade Brasileira tanto no patamar nacional quanto
estadual e até local, vivemos um momento anacrônico, andando na contramão da
história e da realidade.
A CEPAL - Comissão
Econômica Para a América Latina (1948), Órgão das Nações Unidas e suas
organizações coligadas, Banco Interamericano de Desenvolvimento (1959), Banco
Mundial (1944) e PNUD (1966), foram
criadas para planejar o desenvolvimento das Nações da América Latina.
O
modelo de desenvolvimento preconizava a produção industrial de bens de consumo
duráveis. A partir de 1920, o governo Brasileiro, iniciou a implantação das
bases com a criação da indústria de Álcalis, da Petrobrás, Eletrobrás,
Siderurgia, e outras.
Passados
pouco menos de um século, o atual governo, de impostura, diga-se de passagem,
joga tudo no lixo e pretende que o Brasil volte à condição de Colônia, já que
está vendendo tudo o que foi construído nesse último século para tornar a ser
um país agrícola.
Enquanto
os países mais desenvolvidos do mundo investem em novas tecnologias com a formação
de técnicos e cientistas, o nosso Brasil investe em enxadas, foices e arados.
Voltamos ao período do café com leite, do cacau, da cana de açúcar, agora
ladeada pela soja e milho. Produzimos grande quantidade de esterco para poluir
a natureza e importamos quinquilharias que vão desde prendedores de roupa,
pentes e liquidificadores, com origem, pasmem, no Vietnã, na China e até no
desprezado Paraguai.
Quanto
ao Agro é tech, Agro é pop da Rede Globo, que subliminarmente tenta conectar o
consumidor com o produtor rural desmistificando a produção agrícola, na verdade
segue a linha da revolução verde dos Estados Unidos na década de 50, que de
verde mesmo só teve o nome da cor. A promessa era acabar com a fome no mundo
através do aumento na produção de alimentos.
Mas,
o grande legado da dita revolução verde, agora propalada pela Globo, vem sendo
na verdade a concentração de grandes porções de terras nas mãos de poucos
latifundiários e o escoamento de pacotes tecnológicos e de insumos por
multinacionais estrangeiras que incluíam agrotóximos com princípios ativos
excedentes da segunda guerra mundial, fertilizantes químicos e sementes
transgênicas. A alavancagem da agricultura tradicional, de pequenas
propriedades ou de economia familiar, na verdade, como sempre, ficou entregue à
sua própria sorte.
Paralelamente
à venda das nossas indústrias de base, geradoras de tecnologias, está em curso
um processo de desmonte da educação, com redução nas verbas a ela destinadas,
cortes nos programas de doutorados e pós doutorados no exterior e controle
rigoroso sobre as universidades e escolas Federais, com intenção de
transferi-las à iniciativa privada.
Isso não é tudo. As
instituições de crédito públicas, pilares do atendimento às classes menos
favorecidas, passarão em curto espaço de tempo à iniciativa privada, pois a
pressão da Febraban sobre o governo chega às raias do absurdo.
A Anarquia já está
instalada em nosso País. A reforma da CLT, da Previdência e outras reformas,
transformarão em Capitão do Mato o combalido estado Brasileiro, que terá a
missão maior de dizimar os pobres, negros e todas as minorias, para
agigantar-se diante de uma sociedade covarde, submissa e hipócrita.
Em todas as esferas
de governo e até aqui nesta terra que há pouco tempo foi de Padre Aurélio e
hoje pertence a alguns vereadores adesistas, as obras que resultam das famosas
emendas não têm o condão de servir ao povo, mas servir algumas empreiteiras,
pois vêm carimbadas. É só observar quem são os catadores das emendas e seus
destinatários e concluir que a realidade é essa mesma: Não há emendas para
projetos culturais, sociais ou educacionais, pois estas não geram fumaça de
trator e consequentemente não geram dividendos.
Após o corte de
recursos federais para as áreas de educação, saúde, e programas sociais aí
incluídos a cultura e esportes em 20% para os próximos 20 anos, não há o que se
esperar deste e dos futuros governos se a facção que hoje o comanda permanecer
a postos.
, em todos os s