quarta-feira, 8 de abril de 2020

751 – 20.03.2020 – OU VAI OU RACHA


751 – 20.03.2020 – OU VAI OU RACHA
 
PROVÉRBIOS
“Morte delle pecore, festa per i  cani” é um ditado italiano antigo que bem caracteriza a alegria de alguns pela derrocada de outros. Algumas pessoas se alegram com o coronavírus matando comunistas e o tal vírus entrou no Brasil justo pela porta do Palácio do Planalto. Assim mesmo o cães fazem festa vendo as ovelhas morrendo. São tão ignorantes que nem imaginam que também são ovelhas.
Jair Bolsonaro é um cachorro que festeja a morte das ovelhas. Está pressionando o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, atacando-o nos bastidores do governo, para que ele passe a adotar o discurso que nega a pandemia de coronavírus. Para Bolsonaro, Mandetta estimula  a histeria. Ele tem dito a deputados bolsonaristas que Mandetta tem que adotar a retória de Paulo Guedes e defenda a manutenção da atividade econômica normlamente. Mais ainda, ele quer que o ministro apoie sua tese de liberação de protestos nas ruas contra o Congresso e o STF. Vai ficar feliz com a morte em massa de brasileiros, sobretudo pobres e velhos. Se até na Itália, “nostra Itália” como dizemos nós “oriundi”, já dizem que “gli anziani vivono tropo e sono pericolosi per l’economia mondiale” (os anciãos vevem muito e são perigosos para a economia mundial), o que não poderá pensar o nosso Jaboti que foi buscar na Itália a idéia fascista que adota? Logo, que morram os velhos, e de carona, os pobres.

PELA PORTA do Palácio da Alvorada entrou o COVID-19 importado diretamente do Estados Unidos, sem passar pela Alfândega, escondido no bolso do paletó do Jaboti. Vejam o contrasenso, bem ao estilo do nosso Jaboti e da Tartaruga Marinha que atende pelo nome de Donald Trump. Este afirma e o outro concorda que o vírus foi espalhado pela China.
Através do “senso a favor” o noticiário informa que o General Augusto Heleno, patas dianteiras do Jaboti, usou suas redes sociais na manhã desta última quarta-feira para anunciar que testou positivo para o coronavírus. “Informo que o resultado do meu segundo exame, realizado no Hospital das Forças Armadas, acusou positivo. Aguardo  a contraprova da FioCruz. Estou sem febre e não apresento qualquer dos sintomas relacionados ao COVID-19. Estou isolado, em casa, e não atenderei telefonemas”, disse ele. O ministro fez parte da comitiva que acompanhou o Jaboti aos Estados Unidos.

PROVÉRBIOS, sempre eles: “Asinum Asinus Fricat” (um asno vai se coçar em outro asno). Nosso Presidente (olha o respeito com a autoridade) sempre procura se apoiar e se aconselhar em pessoas com quem tenha o mínimo de afinidade. Assim é com Donald Trump, Olavo de Carvalho e seu estafe*.
De Donald trump todos sabem o tipo de orientação e conselhos que recebe via de regra: mentir, fanfarronar, prometer e não cumprir e culpar os outros. Só não ensina como adquirir mais poder, pois este ensinamento é o “pulo do gato”!
De Olavo de Carvalho, que se autodenomina “pensador”, pode tirar algumas frases que são públicas, do tipo: “Moderação na defesa da verdade é serviço prestado à mentira”: “O homem medíocre não acredita no que vê, mas no que aprende a dizer”; “Não há covardia mais torpe do que a covardia da inteligência, a burrice voluntária, a recusa de juntar os pontos e enxergar o sentido geral dos fatos”. Pelas frases famosas pode-se perceber o quanto sua eminência o orientador mor tem a contribuir com o governo de um País como o Brasil. Bem ciapadi! Hoje estou para Italianos, que sofrem muito com o COVID-19.
*O “Estafe” do Presidente, merece um capítulo à parte. A começar, usualmente escreve-se “Staff” em inglês. Mas no Brasil, sob os auspícios do Bolsonaro, usa-se estafe, que vem de “estafeta”, conhecido antigamente como office-boy, depois que o cavalo foi substituído pela bicicleta. A bicicleta, como todos sabem, não tem estribo (que se usa para montar â cavalo), que em dialeto italiano chama-se “stafa”, de onde vem o termo stafeta -quem usa a stafa.
Pela origem do termo, pode-se aquilatar (avaliar em quilates) a importância e a especialização do staff do nosso presidente, mais instável que palanque em banhado. Não é à toa que todos os dias tem-se notícias de substituições ou instabilidades no grupo de estafetas.

PARA ENCERRAR, o ator Marcelo Adnet demonstrou a falta de governabilidade de Jair Bolsonaro, que deixa claro não saber apontar alternativas diante dos casos de coronavírus no País, bem como das crises na política, na economia, na cultura e nos serviços públicos. 
Queda do pregão e o dólar sobe todo mês, diz o humorista. Educação tá ok, saúde tá ok, ironiza. Cultura tá ok. O pum’ do palhaço vai virar o seu cachê. 
Se o PIB não cresce vou me preocupar pra quê? A culpa é das notícias dos jornais e das TVs. O Congresso um dia vai aprender a obedecer às minhas leis. Estamos tranquilão para o desespero de vocês.