Por
Davis Sena Filho — Palavra Livre
Prólogo: Os patetas da oposição foram “salvar” a Venezuela do Governo
Bolivariano. Exatamente o governo do presidente Nicolás Maduro, e,
anteriormente, o do revolucionário Hugo Chávez, que livrou o povo da exploração
e da roubalheira da oligarquia venezuelana ligada ao petróleo e aos bancos.
Mais ridículo e insensato não poderia ser. Os nomes dos trapalhões da direita
brasileira golpista e irresponsável, bem como iradamente inconformados com a
quarta derrota eleitoral para o PT: Aécio Neves (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima
(PSDB-PB), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Agripino Maia (DEM-RN), Ronaldo Caiado
(DEM-GO), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
O desatino, a arrogância e o despropósito desses políticos foram tão
cabotinos e surreais, que ainda voaram para o País bolivariano em um avião da
Força Aérea Brasileira (FAB), com o intuito de efetivarem a molecagem e a
irresponsabilidade de confrontar um governo democrático, em solo estrangeiro,
além de criarem uma quizumba e pataquada diplomática, que contou ainda com a
cumplicidade e o apoio de uma mídia de mercado e partidarizada, que,
imediatamente, tratou de repercutir a bazófia demotucana, como se tais
senadores realmente representassem os interesses do Brasil, no que concerne à
diplomacia com a Venezuela. Durma-se com um barulho desses.
A pergunta, então, é esta: o que esses homens tem em comum, além de
serem ideologicamente de direita? Resposta: são reacionários; politicamente
conservadores; não tem programas de governo e projeto de País para apresentar
aos brasileiros; recusam-se, terminantemente, a pensar o Brasil, e, para
finalizar, são títeres ou testas de ferro dos interesses das grandes
corporações empresariais nacionais e internacionais, bem como subordinados e
subservientes aos governos dos Estados Unidos e de meia dúzia de países da
combalida Europa, que há sete anos enfrenta uma crise econômica tão séria, que
emprego em certos países daquele continente se tornou um acontecimento
comemorativo para quem consegue encontrá-lo, pois raro.
O inacreditável dessa palhaçada liderada por Aécio Neves, o playboy do
Leblon, é que a imprensa dos magnatas bilionários dá uma conotação de crise
entre os dois países, quando, na verdade, não existe crise alguma, a não ser o
movimento tucano, que cria situações políticas em forma de farsa, porque
farsantes. A verdade é que a metade ou mais das pessoas que se informam pelas
mídias comerciais e privadas dos magnatas bilionários são mal informadas,
porque recebem notícias que distorcem os fatos e as realidades, quando não,
simplesmente, mentirosas.
Duvido que a classe média coxinha brasileira, por exemplo, saiba, de
fato, quem é o empresário venezuelano e político, Henrique Capriles, bem como
saiba, com conhecimento de causa, quem é o extremado à direita, Leopoldo Lopez,
que está preso por ter liderado um movimento político e armado violentíssimo,
que causou dezenas de mortes de ativistas políticos pró-governo e de oposição,
além de dezenas de agentes públicos terem sido também assassinados.
A Venezuela, de Maduro, teve de conviver com a violência e mortes, bem
como sofreu prejuízos econômicos e financeiros de altíssimas montas, ao ponto
de a economia do País entrar em recessão, além de experimentar a a diminuição da
oferta de alimentos nas prateleiras dos mercados e, por conseguinte, ter de o
governo lutar, incessantemente, para estancar a inflação.
Para quem não compreende o que ocorre naquela nação, desde que Hugo
Chávez chegou ao poder na Venezuela, nos idos da década de 1990, as tentativas
de golpes são constantes e violentas, razão pela qual se torna muito difícil
governar, assim como tratar de desenvolver o país, apesar dos altos índices de
alfabetização, de melhoria na saúde e dos avanços sociais que acontecem em
todos os segmentos, porque o dinheiro do petróleo, que era destinado a
privilegiar e beneficiar os inquilinos da casa grande venezuelana e os trustes
internacionais, agora parte dele é direcionado para promover o desenvolvimento
social e econômico de sua população.
Enquanto isto, as famílias midiáticas da Venezuela, do Brasil e,
evidentemente, da América Latina e Estados Unidos, continuam a manipular e
distorcer as notícias sobre a Venezuela, por intermédio de uma propaganda
sistemática e perniciosa, que transforma a mentira em verdade e a desinformação
como algo digno de ter crédito, ao ponto de as pessoas tecerem críticas
absurdas e encolerizadas contra o governo bolivariano, sem ao menos ouvir o
outro lado ou ter pelo menos a sensatez de viajar para Caracas e verificar in
loco como se encontra a situação do povo da Venezuela, bem como tentar
compreender os embates políticos e armados que por lá acontecem desde que a
oligarquia petrolífera foi apeada do poder.
Acreditar apenas nas palavras e nas opiniões de jornalistas, empresários
e políticos brasileiros de perfis conservadores, sem se dar o trabalho de ouvir
o outro lado para pensar e ponderar é a mesma coisa que dar comida a lobos
esfaimados, sem se valer de proteção para quem alimenta as feras não fique sem
as mãos. E assim caminha a humanidade, no caso de Aécio Neves e seus gogoboys
da política rasteira e espertalhona, que visa apenas bagunçar ainda mais o que
já está difícil de administrar em termos governamentais, tanto aqui, no Brasil,
quanto na Venezuela.
Leopoldo Lopez, a quem Aécio Neves e seus gogoboys foram “libertar” é
líder de grupos que cometeram assassinatos e rasgaram a Constituição para
cometer ações de assaltos ao poder. Literalmente. A cara de pau e a desfaçatez
dessa gente são inenarráveis, pois o despropósito é incomensurável, porque essa
trupe realmente não tem limites. Aécio, o playboy que foi impedido de ganhar
seu brinquedo do Papai Noel de 2014, a Presidência da República, afirmou que
foi à Venezuela para fazer “aquilo que o governo brasileiro deveria ter feito
há muito tempo”. Nunca ouvi nada mais tosco e imbecil.
Então o Itamaraty, com a aquiescência da mandatária trabalhista, Dilma
Rousseff, deveria se intrometer em assuntos internos de tal país, além de
passar um pito no presidente Nicolás Maduro. Talvez enviar tropas brasileiras
para ocupar o presídio onde está preso um delinquente perigoso e fascista, como
o é Leopoldo Lopez, que tentou derrubar um presidente eleito legalmente e
constitucional, além de ser um testa de ferro dos Estados Unidos, inclusive
ligado à CIA.
Apesar disso, Aécio e seus gogoboys da política rasteira e
inconsequente, recebem apoio da imprensa golpista brasileira, que dá à sua
movimentação política tão suja como uma pocilga uma conotação legal, mas,
sobretudo, equivocada, porque até mesmo um completo débil mental ou analfabeto
político sabe, de antemão, que Aécio Neves não iria libertar ninguém, bem como
as narrativas de enfrentamento e despreendimento desse grupo que foi fazer uma
pantomima irresponsável em Caracas, com a finalidade de produzir fakes para que
a imprensa dos Marinho, dos Civita, dos Mesquita e dos Frias e dos Sirotsky
tenha mais uma oportunidade de fazer política baixa e tentar, mais uma vez,
pressionar o governo e, por sua vez, desconstruir sua imagem.
Essa viagem do mineiro-carioca derrotado por Dilma em 2014 passou de
todas as medidas. Uma vergonha e embromação que realmente faz muita gente
pensar no que esse playboy seria capaz se tivesse assumido a Presidência da
República, a ter como seu ministro da Fazenda outro playboy, que atende pelo
nome de Armínio Fraga, o pupilo do megainvestidor George Soros.
Vaiados por populares, os “capriles” e “leopoldos” brasileiros deram,
ridiculamente, uma de heróis. Além de “libertar” um assassino golpista da
dimensão de Leopoldo Lopez, os valentões da terra brasilis disseram também que
iriam resgatar a liberdade de expressão e garantir eleições livres na
Venezuela. Demagogia e bazófia pura e aplicada nas veias dessas personas
mequetrefes e rastaqueras.
A verdade é que as eleições da Venezuela são realmente diretas e onde
viceja a democracia popular e não a representativa, como ocorre no Brasil. O
povo venezuelano decide o que quer, inclusive a parte da população que vota
contra o governo bolivariano. Referendos e pebliscitos foram realizados aos
montes naquele país do norte da América do Sul.
Enquanto no Brasil, quando o governo informou que tinha a intenção de
organizar um plebiscito para que o povo desse sua opinião e votasse sobre a
questão da reforma política, a imprensa corporativa e seus áulicos da
Judiciário, do MP e do Congresso trataram imediatamente de abrir a boca e
combater quaisquer chances de o plebiscito ser efetivado. Ponto.
A verdade é a seguinte: a farsa da viagem de Aécio Neves e seus gogoboys
teve apenas uma finalidade: fazer da Venezuela um motivo para colocar o Governo
Dilma na parede, agora em âmbito internacional, bem como pautar o debate
político no Brasil, além de manter a agenda da oposição em pé de guerra. Aécio
e seus gogoboys fizeram molecagem na Venezuela e abraçaram a causa golpista e
violenta do assassino Leopoldo Lopez. Esta é a alma da direita brasileira.
PS: O Globo, antes mesmo de a comitiva circense de Aécio Neves e seus
gogoboys tentarem “libertar” Leopoldo Lopez, informou que tais “heróis” das
causas “libertárias”, a exemplo de Agripino Maia, Ronaldo Caiado e Cássio Cunha
Lima, foram impedidos de entrar na Venezuela pelo seu governo “ditatorial e
perverso” — o que foi facilmente desmentido.
O Globo mentiu, descaradamente, para o público brasileiro e mundial, o
que é crime para muitos juristas. Quem editou tal notícia publicada no Globo
mentiu, e ninguém é processado. Bem feito! Quem manda o Brasil ainda não ter
efetivado o marco regulatório para setor midiático, conforme reza a
Constituição.
PS 2: Leopoldo López foi o responsável mais importante pelas
“guarimbas”, que vem a ser os movimentos de ordem política e paramilitar, que
mataram 43 pessoas e feriram outras centenas, muitas dessas vítimas gravemente.
López é um dos envolvidos no golpe de estado de 2002, que sequestrou o
presidente Hugo Chávez, com o intuito de derrubá-lo do poder. O golpista
truculento é também um dos signatários do decreto do golpe, que tratava,
inclusive, de dissolver todas as instituições democráticas da Venezuela. Se
algum desavisado e desinformado ou simplesmente reacionário não acredita, que
pesquise e leia o decreto de essência ditatorial. É isso aí. Fim.
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