NÃO TEM JEITO
A
administração municipal de São Miguel do Oeste não tem jeito mesmo. É uma
mancada em cima de outra. O veto interposto em seu próprio projeto deveria
levar o Oscar das mancadas, mas ficou em segundo lugar, infelizmente. O
concurso público tem tudo para levar o prêmio. Esta administração que está aí
não consegue fazer nada com lisura. Sempre tem que tentar um jeito de burlar a
lei, enrolar os vereadores, enganar o povo, para tentar acomodar ou favorecer seus
protegidos. Via de regra o tiro sai pela culatra.
Neste
último concurso, a escrita não foi diferente. No entanto, alguém descobriu a
intenção e o concurso está sob judice, na mesa da promotoria pública. Com isso,
as pessoas de bem, que pagaram as taxas para tentar seguir carreira no serviço
público, mais uma vez foram enganadas. Os discursos poderão mudar, mas as caras
continuarão as mesmas e são de pau mesmo. Não é exagero nem força de expressão.
É a realidade.
ESPORTES
A história da não participação de São
Miguel do Oeste nos Jogos Abertos de Santa Catarina merece mais um capítulo.
(A)Fundaram a Fundação sob o pretexto de
alavancar recursos para projetar o esporte, buscando dinheiro junto aos
governos estadual, federal e patrocinadores. Pois a alavancagem foi tão forte
que nem Arquimedes imaginaria. Com este grande ponto de apoio, alavancaram o
esporte Migueloestino para o quinto dos infernos.
A
pergunta que não quer calar: Qual o Órgão, de sã consciência, colocará dinheiro
em uma instituição desportiva que não disputa coisa alguma? Qual o patrocinador
empresário, que vai colocar dinheiro no esporte de um município que não sai de
seus domínios nem para disputar um jogo de peteca? Quem vai querer colocar o
nome de sua empresa na camiseta, se esta fica guardada no armário? Será que a
administração municipal pensa que os empresários colocam dinheiro no esporte
pela bela cor dos olhos do prefeito?
A
decisão de não participar dos Jogos Abertos demonstra que a administração
municipal não conhece nada de nada.
Pobre
São Miguel do Oeste. Ostenta o título de 8º melhor município, apenas para
consumo interno. Para angariar simpatias e obter resultados com a curiosidade
de viajantes, turistas e investidores, conta apenas com a produção de ovos e
seus derivados. Belo projeto para os próximos 30 anos como é divulgado. Estamos
contando o tempo para trás. Daqui a pouco voltamos ao Século XX.
RECLAMAÇÕES
São cada vez mais freqüentes as
reclamações quanto ao atendimento das necessidades básicas dos cidadãos
Migueloestinos, prestadas pela gloriosa municipalidade sexagenária e 8ª
maravilha do mundo. É o caso de um cidadão com problemas auditivos graves, que
necessita de uma ressonância magnética de crânio, e desde janeiro luta pela
realização do exame. O que tem recebido até o momento são promessas e
adiamentos.
Caso semelhante de uma senhora que há
mais de dois meses aguarda pela realização de uma ultrassonografia.
Saindo da área da saúde, que já está
saturada, a Rua da República, no Bairro São Sebastião, há anos não vê a cor de
uma patrola, embora haja um razoável estoque na garagem do município. A
referida rua que se encontra em petição de miséria e intransitável nos dias de
chuva, só é lembrada pelos computadores da gloriosa prefeitura, que não se
esquecem de imprimir os carnês de IPTU, Taxa de Coleta de Lixo e Iluminação
Pública.
Não há dúvidas que desse jeito o povo não
necessita de governo algum. Melhor não ter nada e não pagar impostos, pois com
a economia pode-se comprar tudo o que se necessita, inclusive exames médicos.
Quanto a conservar as ruas e estradas, sem impostos seria possível voltar aos
anos 1950, quando os proprietários de terras faziam mesmo o serviço. Estamos
contando o tempo para trás. Aliás, o município só progride para alguns. Estamos
voltando aos tempos do Império, com o território sendo fracionado em Suseranias
e Vassalagens.
CADA UM NO SEU QUADRADO
Já sobram as entrevistas de deputados
estaduais reclamando das obras do governo federal. Parece não terem nada para
fazer, a não ser cuidar das realizações de outras esferas de governo. Por que
não cuidam de sua assembléia legislativa ao invés de imiscuir-se na seara dos
outros?
Analisando toda a questão, os deputados
nada tem a fazer por estarem ao lado de um governo inerte, que chegando à
metade do sexto ano de seu mandato ainda não disse a que veio. Não tomou
nenhuma decisão de governo, limitando-se em administrar as vagas para os
companheiros.
O que os nobres deputados tem feito de
seu mandato além de viajar para cumprir as agendas organizadas pela legião de
assessores espalhados por todo o território catarinense? Não tendo nada a
apresentar, resta-lhes criticar o governo que ajudaram a eleger. A moda é
criticar os outros para esconder sua inércia. Para os incompetentes, os
culpados sempre serão os outros. Já dizia
CONFÚCIO (551-479 a.C.), “o homem superior atribui a culpa a si próprio; o
homem comum, aos outros”. E LUIGI PIRANDELLO (1867-1936) “é próprio da natureza
humana, lamentavelmente, sentir necessidade de culpar os outros dos nossos
desastres e das nossas desventuras”.
Está mais que na hora de os políticos de
oportunidade conscientizar-se que o povo não é mais imbecil quanto imaginam.
COMENTÁRIOS
Este reles escriba recebeu e-mail de um
policial militar comentando a coluna que abordou o incidente ocorrido no último
domingo e que redundou na morte de um homem de 22 anos com um tiro de
espingarda calibre 12 no peito. Não me incomodo com os comentários, pois
denotam o prestígio da coluna perante a opinião pública. Também não pretendo
adentrar ao mérito da questão, pois entendo que isto cabe à justiça. No entanto
não posso deixar de considerar que o comando da Corporação, através da
imprensa, reconhece o excesso, a despeito da opinião do autor da mensagem.
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