AS ÚLTIMAS DAQUI E DE LÁ - 25.03.2022
AS DAQUI - Nesta sexta-feira é dia de reminiscências. São lembranças de frases,
ditados ou dizeres que (pelo menos para este reles escriba, como diz um amigo)
se tornaram famosas. É o caso de dizer: “nesta terra em se plantando tudo dá...
e como deu! Confusão então, deu às pampas”, de autoria do inesquecível José
Vasconcellos em parceria com Pero Vaz de Caminha. Ou então: “esta, se colocar
no jornal, cai!, de autoria de meu sempre lembrado irmão Ovilmo Pedro Capra. Para
a primeira, o que vem abaixo é pertinente e para a segunda, a referência é para
o inacreditável.
O município de São Miguel do Oeste resolveu inovar. Além de
aceitar fornecimento de merenda escolar vencida e deteriorada (para não dizer
podre) o que não é privilégio único, resolveu também adquirir uma imprestável
capinadeira.
Não é de hoje que afirmo ser provinciano o nosso município. Como exemplo,
cito que ainda existem lavouras no centro da cidade (mandioca, milho, feijão).
Não levem à mal, pois isto é somente uma metáfora, embora seja realidade. Nada
contra manter os lotes urbanos limpos de maneira útil. O provincianismo, no
caso, vem de outras atitudes ou maneiras de encarar uma realidade latente. Cito
como exemplo os outdoors espalhados pela cidade incitando os cidadãos a serem
honestos, quando a honestidade deve ser um comportamento inato do ser humano.
Cito também o famoso “impostômetro” que a ACISMO patrocinou para reclamar da
arrecadação de impostos. Mal sabe esta entidade que os impostos são uma forma
de distribuição equitativa da riqueza. Felizmente o tal equipamento foi
retirado porque a energia elétrica utilizada para sua manutenção era paga com
dinheiro do povo! Mas tem mais: os menos avisados (incautos) reclamavam do
Bolsa Família no governo anterior. Muito inteligente a reclamação. Os que mais
reclamavam ficavam felizes, atrás de seus balcões, quando os pobres gastavam o
bolsa família em seus estabelecimentos. Têm ainda os que reclamavam do MST
porque bloqueavam os bancos. No entanto, foram os maiores beneficiados pelos
sem-terra, pois graças a eles hoje podem adquirir SUVs e caminhões financiados
com juros subsidiados. Querem exemplos?
Mas voltando à capinadeira imprestável, onde será que a
administração municipal pensava capinar? Nos canteiros das ruas? No calçamento
com pedras irregulares? Nos terrenos baldios? Nas roças dos agricultores que
hoje ninguém mais capina? Decerto pensaram em resgatar a “arte” de capinar! Não
à toa que tal equipamento inovador está indo à leilão.
Deixo de falar sobre a aquisição do “drogômetro?” pela abundosa
administração municipal, que está rodando para lá e para cá e ninguém o
utiliza. A sumidade que sugeriu sua aquisição tem constrangimento em mantê-lo
sob sua guarda. Para quem não sabe, o tal drogômetro é um aparelho que se
destina a averiguar as pessoas usuárias de drogas do tipo “marijuana, pó
branco, crack e outras. Esta suntuosa aquisição cabe na medida a meu irmão
Ovilmo. Se colocar no jornal, cai! Espero que a revisão deixe o texto intacto. O
provincianismo faz mal, tanto é que até hoje se atribui o atraso brasileiro à
Portugal.
AGORA AS DE LÁ – Tanta coisa acontecendo neste
primeiro trimestre de 2022 que é difícil focar em um único tema. Temos fora de
nossos domínios alguns cenários importantes, tais como a interminável guerra
entre Rússia e Ucrânia, a queda do COVID-19, o uso de máscaras indo para o
final, a ascensão da DENGUE, o carnaval abortado, a Páscoa chegando com o
chocolate mais caro. Mesmo assim, um assunto toma conta dos principais
noticiários: a política.
Pudera não, caros leitores, o tempo vai passando, os prazos estão
chegando e o movimento dos políticos se intensifica. Para começar, penso que a
capinadeira de São Miguel do Oeste será vendida logo, porque os candidatos já estão
demarcando seus territórios onde pretendem capinar os votos. A tal capinadeira
tende a mudar o nome. Passaria a ser chamada de Emenda Parlamentar, uma fonte
inesgotável de recursos públicos sacados das verbas orçamentárias destinadas à
saúde, educação e bem-estar social e com um poder de atração maior que um imã
de milhares de newtons. As emendas parlamentares são capazes de atrair os votos
de um território inteiro. Isto está na moda. O senador Jorginho Mello já
inaugurou o imã para nosso município provinciano com módicos 531 mil Reais. Com
este valor deve passar uma rede de arrasto e vai fazer a colheita de todos os
votos destinados ao seu amigo Bolsonaro.
Ao PT, partido que abriga o ex-presidente
Lula, também está reservado um espaço, embora singelo: já que as pesquisas
apontam uma boa preferência do eleitorado, sem nenhuma emenda para capinar
votos, ele que primeiro pense em acalmar seu partido esquecendo estas tais de
“tendências” que só servem para dispersar seus seguidores. Aliás, insistirem
com as tais tendências interesseiras que só olham para os futuros cargos,
sujeito terem que cantar todos juntos a famosa e tradicional música de Barry
McGuire, EVE OF DESTRUCTION.
Até a próxima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário