776 – REMINISCÊNCIAS – 09.04.2020
>> Tenho absoluta noção de
minhas limitações. Também tenho relativamente boa memória, aquela que o Coronavírus
me deixou.
Os
tópicos desta coluna foram recuperados da similar de 2020, porque ainda é atual
e não poderia privar os leitores destas recordações. Dizia naquela época:
>> Foi
dada a largada para
as eleições 2020, embora aparentemente restrinjam-se aos municípios. Mas isso são apenas aparências pois o clima eleitoral invade também as
capitais estaduais e da república.
As eleições municipais,
comparadas com as atividades agrícolas, nada mais são que a preparação do solo
para a colheita de 2022. A aparente simples eleição de um vereador, mesmo em
Sanchas Parda, perto de Caximbetê, adquire uma importância comparavel com a
eleição de um deputado ou senador, no devido tempo.
Não pensem os incautos que os
palácios de governo não possuam lupas poderosas instaladas para identificar
qualquer movimento contrário aos seus interesses reeleitoreiros. Porém, nos
megafones só se ouve palavras ardilmente calculadas para atrair os incautos, os
que não possuem cautela.
No fundo, lá no fundilho, o
povo é instado a eleger seus representantes na esperança de dias melhores.
Estes haverão de chegar, mas exclusivamente até aqueles que prometem.
>>Não consigo esquecer uma charada
antiga que circulou logo após o reinício do bipartidarismo, que assim propunha:
1) O Partido “A” só (re)alisa, não (pro)mete;
2) O partido “B” só (pro)mete, não (re)alisa.
Dada a realidade brasileira, é
de perguntar ao eleitor se quer ou não
ser alisado. De qualquer forma, vai se ferrar.
>>O que é
feito da política neste País? Virou uma casa
d’Irene, uma casa de tolerância onde tem gente que vem e gente que vai, como
diz a letra da música Italiana. Nem o Bolsonaro acredita no partido que o
conduziu ao poder. Aliás, quem o conduziu ao poder, ou seja, quem colocou o
jabuti em cima da árvore, não foi uma estrutura partidária, mas uma estrutura
difusora da ignorância, mais letal que o coronavírus. Além disso, o povo
insatisfeito o chama de genocida. Isto é uma injustiça, pois ele é mesmo um
miliciano. Como alguém pode imaginar um sujeito que passou 7 mandatos na Câmara
Federal sem fazer um discurso, poderia se reeleger 6 vezes? As milícias o
sustentaram, afinal seu colégio eleitoral é o Rio de Janeiro.
>> O que
fará o povo nas eleições de 2022? É a pergunta que exige um
exercício de futurologia. Aqueles que não possuem capacidade de ver um palmo
adiante e prever como será o Brasil em 2023, deixarão tudo como está para ver
como fica. Os que desejarem uma vida mais tranquila, segura, com perspectivas
ótimas para si e seus descendentes, terão fatalmente que tentar mudar o curso
da história, e trilhar o caminho da vida sem a necessidade de pegar carona na
garupa ou no pescoço de um pangaré qualquer.
Este é o grande desafio. Andar solito
a pé sem dividir uma carona num pangaré acostumado a só andar de trote e não
raro derrubar o cargueiro.
>> Enchi o
fundilhos de ouvir um meu contato de WhatsAp, bolsominion dos pés à cabeça,
postando fakenews como se fossem verdades, falando bem do Jaboti e insistindo
em falar mal de todos seus antecessores. Os termos elogiosos mais utilizados
são o de ladrão e comunista. Quando
enchi aquele negócio, respondi nos termos seguintes: “NÃO AGUENTEI... Peço permissão aos meus leitores para
reproduzir uma mensagem que postei no WhatsAp para um sujeito bolsominion
doente. De tão doente não consegue discernir entre o que pode e o que não pode
ser verdade. O que é a favor do Bolsonaro e contra o Lula, Dilma e PT, para ele
são verdades absolutas. Não é possível ter uma conversa civilizada com o
sujeito. Ah, falei para o sujeito que iria postar isto: É isso mesmo. Vc não
consegue manter uma conversa sem emendar um viés político normalmente sem
fundamento, maioria FakeNews. Não gosto disso. Mas já que vc insiste, também
vou apelar. E vc sabe que eu sei fazer isso.
Por exemplo, o Bolsonaro também não fala
inglês nem direito o português. Mas quando ele viaja, leva um tradutor... de
libras. Leva também um assessor para servir de mula. Sempre lembrando que MULA
é quem carrega a cocaína para o traficante.
Ele é conhecido lá
fora como pária. Pária e o sujeito que não tem pátria. Feio, não? Os próprios
estrelados da caserna o chamam de "pitoresco". Eles sabem que o Bolsonaro
era um tenentinho de meia pataca (de merda), que só aprontava. Daí. Para se
livrar do espinho, arrumaram uma promoção de capitão e o aposentaram. Imagina
qual o prestígio de um cara desses com os generais. É preferível ter um ladrão
analfabeto que entenda de política, que um capitãozinho de araque que não
entende nada de nada. Só entende de ordem unida e borzeguins.
Gostei deste texto que escrevi letra
por letra. Vou guardar para compartilhar com meus contatos, no Facebook, no meu
blog e no jornal. Não se preocupe. Como não sou mau caráter, não vou revelar o
destinatário. Abraços”.
>> Como dizem que o castigo vem à
cavalo, estou aqui para confirmar: é verdade. Pois hoje mesmo, dia 07,
encontrei-me com um amigo de muitos anos, bolsominion de quatro costados. Entre
uma conversa e outra, enveredou para a política. Afirmou peremptóriamente que o
ilustre presidente da república não consegue governar porque a Câmara, o Senado
e o STF não deixam. Tentei argumentar que o homem é incompetente mesmo, e que
os militares só entendem de ordem unida e manejar os mosquetões antigos, restos
da segunda guerra mundial, nada mais. Não adiantou! Aí, desisti. Até a próxima.
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