terça-feira, 20 de abril de 2021

REMINISCÊNCIAS - 776/09.04.2020

 

 

776 – REMINISCÊNCIAS – 09.04.2020

 

       >> Tenho absoluta noção de minhas limitações. Também tenho relativamente boa memória, aquela que o Coronavírus me deixou.

       Os tópicos desta coluna foram recuperados da similar de 2020, porque ainda é atual e não poderia privar os leitores destas recordações. Dizia naquela época: 

 

>> Foi dada a largada para as eleições 2020, embora aparentemente restrinjam-se aos municípios. Mas isso são apenas aparências pois o clima eleitoral invade também as capitais estaduais e da república.

As eleições municipais, comparadas com as atividades agrícolas, nada mais são que a preparação do solo para a colheita de 2022. A aparente simples eleição de um vereador, mesmo em Sanchas Parda, perto de Caximbetê, adquire uma importância comparavel com a eleição de um deputado ou senador, no devido tempo.

Não pensem os incautos que os palácios de governo não possuam lupas poderosas instaladas para identificar qualquer movimento contrário aos seus interesses reeleitoreiros. Porém, nos megafones só se ouve palavras ardilmente calculadas para atrair os incautos, os que não possuem cautela.

No fundo, lá no fundilho, o povo é instado a eleger seus representantes na esperança de dias melhores. Estes haverão de chegar, mas exclusivamente até aqueles que prometem.

 

       >>Não consigo esquecer uma charada antiga que circulou logo após o reinício do bipartidarismo, que assim propunha:  

1) O Partido “A” só (re)alisa, não (pro)mete;

2) O partido “B” só (pro)mete, não (re)alisa.

       Dada a realidade brasileira, é de perguntar ao eleitor se  quer ou não ser alisado. De qualquer forma, vai se ferrar.

 

>>O que é feito da política neste País? Virou uma casa d’Irene, uma casa de tolerância onde tem gente que vem e gente que vai, como diz a letra da música Italiana. Nem o Bolsonaro acredita no partido que o conduziu ao poder. Aliás, quem o conduziu ao poder, ou seja, quem colocou o jabuti em cima da árvore, não foi uma estrutura partidária, mas uma estrutura difusora da ignorância, mais letal que o coronavírus. Além disso, o povo insatisfeito o chama de genocida. Isto é uma injustiça, pois ele é mesmo um miliciano. Como alguém pode imaginar um sujeito que passou 7 mandatos na Câmara Federal sem fazer um discurso, poderia se reeleger 6 vezes? As milícias o sustentaram, afinal seu colégio eleitoral é o Rio de Janeiro.

 

>> O que fará o povo nas eleições de 2022? É a pergunta que exige um exercício de futurologia. Aqueles que não possuem capacidade de ver um palmo adiante e prever como será o Brasil em 2023, deixarão tudo como está para ver como fica. Os que desejarem uma vida mais tranquila, segura, com perspectivas ótimas para si e seus descendentes, terão fatalmente que tentar mudar o curso da história, e trilhar o caminho da vida sem a necessidade de pegar carona na garupa ou no pescoço de um pangaré qualquer.

Este é o grande desafio. Andar solito a pé sem dividir uma carona num pangaré acostumado a só andar de trote e não raro derrubar o cargueiro.

 

>> Enchi o fundilhos de ouvir um meu contato de WhatsAp, bolsominion dos pés à cabeça, postando fakenews como se fossem verdades, falando bem do Jaboti e insistindo em falar mal de todos seus antecessores. Os termos elogiosos mais utilizados são o de ladrão e comunista.  Quando enchi aquele negócio, respondi nos termos seguintes: “NÃO AGUENTEI...  Peço permissão aos meus leitores para reproduzir uma mensagem que postei no WhatsAp para um sujeito bolsominion doente. De tão doente não consegue discernir entre o que pode e o que não pode ser verdade. O que é a favor do Bolsonaro e contra o Lula, Dilma e PT, para ele são verdades absolutas. Não é possível ter uma conversa civilizada com o sujeito. Ah, falei para o sujeito que iria postar isto: É isso mesmo. Vc não consegue manter uma conversa sem emendar um viés político normalmente sem fundamento, maioria FakeNews. Não gosto disso. Mas já que vc insiste, também vou apelar. E vc sabe que eu sei fazer isso.

        Por exemplo, o Bolsonaro também não fala inglês nem direito o português. Mas quando ele viaja, leva um tradutor... de libras. Leva também um assessor para servir de mula. Sempre lembrando que MULA é quem carrega a cocaína para o traficante.

       Ele é conhecido lá fora como pária. Pária e o sujeito que não tem pátria. Feio, não? Os próprios estrelados da caserna o chamam de "pitoresco". Eles sabem que o Bolsonaro era um tenentinho de meia pataca (de merda), que só aprontava. Daí. Para se livrar do espinho, arrumaram uma promoção de capitão e o aposentaram. Imagina qual o prestígio de um cara desses com os generais. É preferível ter um ladrão analfabeto que entenda de política, que um capitãozinho de araque que não entende nada de nada. Só entende de ordem unida e borzeguins.

Gostei deste texto que escrevi letra por letra. Vou guardar para compartilhar com meus contatos, no Facebook, no meu blog e no jornal. Não se preocupe. Como não sou mau caráter, não vou revelar o destinatário. Abraços”.

       >> Como dizem que o castigo vem à cavalo, estou aqui para confirmar: é verdade. Pois hoje mesmo, dia 07, encontrei-me com um amigo de muitos anos, bolsominion de quatro costados. Entre uma conversa e outra, enveredou para a política. Afirmou peremptóriamente que o ilustre presidente da república não consegue governar porque a Câmara, o Senado e o STF não deixam. Tentei argumentar que o homem é incompetente mesmo, e que os militares só entendem de ordem unida e manejar os mosquetões antigos, restos da segunda guerra mundial, nada mais. Não adiantou! Aí, desisti. Até a próxima.

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