quinta-feira, 8 de agosto de 2019

720 - RETROAGINDO



       Sinto muito, mas essa direita retrógrada que se apresenta neste Brasil em vias de passar do terceiro para o quarto mundo, é composta por um bando de bolsominions deslumbrados que não entende nada de coisa alguma, a exemplo de seu líder e do fazedor de horóscopos.
Consideram grande coisa imitar os Estados Unidos. Mal sabem eles que os americanos são a maior economia da face da terra e chegaram a este patamar praticando o imperialismo de norte a sul do planeta. Mal sabem que sob suas garras só tem pobres. Os demais ricos são autônomos. Vejam China, Japão, Rússia, Canadá, França, Inglaterra, etc. etc. etc. Querer aliar-se aos Estados Unidos é passar atestado de pobre.

Mas no Brasil, ser pobre de dinheiro não é problema. Afinal, somos o País do lixo mais rico do mundo. Assim, o pobre no Brasil sobrevive. Seja catando resíduos, pedindo esmolas ou revirando lixeiras para encontrar restos de comida. Mas sobrevive!
O problema é a pobreza de espírito, de cabeça, de inteligência. Não somos pobres, somos desprovidos, isto é: não temos nem uma e nem outra. A maior de todas é pretender imitar os americanos, na vida comum e no governo. Nós aqui pretendemos um Estado mínimo, e eles lá compram o que resta do máximo.

       O DENIT já demonstrou o que somos capazes de imitar. A metodologia e o método são o nosso forte. Especialistas em plágio. Cópia não autorizada. O DENIT superou-se ao embargar a reforma da BR 282, por problemas com a sinalização. Ele é metódico ao extremo. A lei deve ser cumprida ao pé da letra, nem que isso implique em anos de atraso nas obras, mas enquanto os cones não estiverem rigorosamente alinhados com o eixo da rodovia, que pare a obra.
Com a BR 163 foi a mesma coisa. Contrataram um britador e a m
fede até os nossos dias atuais. Viva o Estado Mínimo Americano, um governo fora da casinha e uma instituição metódica.

       A moda chegou aqui. Depois de deixar uma doente morrer sem ter aprovado o projeto de acessibilidade que lhe proporcionaria alguns dias mais confortáveis em sua própria casa, a gloriosa municipalidade também optou pela metodologia dos manuais. Embargou a construção de alguns metros de calçada por falta de projeto de engenharia. O embargo deixou pela metade o que era intransitável por inteiro. Resultado: os “pacientes” (sim, porque ser munícipe por essas bandas é ser paciente terminal) que se sujeitavam a caminhar sobre um pedaço de calçada deteriorada, agora tem que andar pelo meio da rua. É uma falta de sensibilidade sem precedentes.
       Será que custa muito notificar o infrator dando prazo para providenciar o projeto, deixar construir e depois fiscalizar? Para que sacrificar o pedestre em nome da metodologia? O estilo Bolsonaro está se disseminando pelo País. Além de república de bananas, somos a Província de Alberta, no Canadá, infestadas pelos ratos. Os Albertanos estão felizes pois “se não fosse pelos ratos eu não teria emprego” disse Phil Merrill. Por aqui também. Não fossem os desprovidos, não teríamos o que comentar!

       HORA DE CONTER A BESTA, por Leandro Fortes, Jornalista.
       “Com a frase sobre o pai do presidente da OAB, Bozo saiu da fase da demência propriamente dita, para a da desumanidade, pura e simples”, escreve Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia; “A      OAB tem a razão e a oportunidade para encabeçar um movimento de impeachment desta besta incontrolável”.
       Está claro que conter e calar Jair Bolsonaro se tornou uma urgência civilizatória.
       Trata-se de um animal de carga à frente de uma nação. O mais terrível é a impressão real de que ele sequer tem a dimensão da própria cretinice.
       Povo sem Medo convoca manifestação e o “fora Bolsonaro” pode ganhar as ruas. A Frente Povo Sem Medo, coordenada pelo ativista Guilherme Boulos, líder do MTST, convocou para o próximo dia 13, manifestações contra o governo Jair Bolsonaro; a gestão atual “promoveu nos últimos dias uma escalada autoritária no País”, diz texto do evento.

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