segunda-feira, 10 de agosto de 2020

ORIGEM DA BURRICE II

 

758 - A ORIGEM DA BURICE II 

 

NEM BEM o jornal chegou ao banheiro, lugar onde ele e o escriba desta reles coluna deveriam estar, segundo desejo de um antes político hoje notável aspone. É imperioso voltar ao tema para tratar das origens da burrice, devido aos mais recentes acontecimentos. A burrice assola este País varonil desde o descobrimento e depois, do Oiapoque ao Chuí.

Não é possível elaborar uma lista no sentido Norte/Sul ou Leste/Oeste, ou ainda o Contrário. Mas como vivemos numa República e num sistema supostamente democrático, têm-se que circunscrever as besteiras, asnices e bobagens, que nossos orangotangos conseguem produzir. Malgrado os milhões de analfabetos que habitam a terra de Cabral, a legião que consegue perceber o que efetivamente se passa tem aumentado vertiginosamente.

O MOBRAL da atualidade tem contribuído sobremaneira com a alfabetização do nosso povo. As cartilhas adotadas são os meios de comunicação, as redes sociais e, pasmem, as Fake News, com menção honrosa aos cartunistas, blogueiros, artistas e humoristas, que todos os dias nos enchem de alegria e felicidade, além de vibrações contra ou a favor que enchem nossas sistema venoso de adrenalina.

 

       COMEÇANDO POR CIMA, o périplo não poderia poupar o ilustre jabuti Presidente. Ainda hoje (05/05) foi publicado nos meios de comunicação, que o Capitão Aposentado (vejam só!) teria convocado seu estafe de três Generais quatro estrelas, buscando autorização para mandar o Exército bloquear o Supremo Tribunal Federal, isto no mês de fevereiro deste ano. Não é preciso dizer que os Generais não aprovaram a infeliz ideia. A mim, modestamente, só resta dizer “bem feito”! Quem mandou colocar um Capitão, reformado para não ser expulso, para comandar Generais. E bem feito também aos quadreestrelados! Quem mandou submeter-se ao comando de um Capitão sem noção. Pior que estes já conheciam a peça de outros carnavais.

       Ao autor maior das sandices deve também ser creditada a ideia de usar gás de ozônio aplicado pela via “retal” para combater a pandemia. É o fim da picada o Bolsonaro promover o encontro de seu Ministro da Saúde Interino com os defensores do uso do gás de ozônio. Depois de responsabilidade pela morte de parte dos 100 mil que acreditaram na Cloroquina, agora o Presidente abraça o ozônio para matar mais uma leva. O engraçado é que a prevenção contra o coronavírus deve ser feita protegendo a “inspiração” pelas vias respiratórias, e a proposta do ozônio é para proteger a “expiração”. Quer dizer: matar o vírus na saída, decerto filtrando os “puns”! Isto é demais para minha ignorância!

       Na parte Legislativa o quadro é desolador. Estabeleceu-se um cabo de guerra para disputar a presidência da casa. É tragicômico, porque em uma ponta está a Direita e na outra, a Esquerda. O Centrão que era para ser a turma do Bolsonaro, puxa alternadamente para a direita e para a esquerda. Tomaram a grana do Jabuti e treparam no muro, onde aguardarão a tremedeira do Bozo para levar mais grana.

       O Senado, Ah Coitado, como dizia a Filó num velho programa de humor.  Os principais medalhões, alguns com reeleições vitalícias foram banidos. Outros, estão com o C. na rifa. Tiveram que aceitar um desconhecido, sem nome nem sobrenome, para dirigir a casa que fora um centro de poder. Atualmente, não fossem as trapalhadas do orangotango mor, passaria despercebida.

 

       NA LINHA MÉDIA, o quadro não é diferente. Mais um jabuti trepado na árvore, apoiado num partido que nasceu e continua em estado de coma. A personalidade Bíblica chegou ao poder apoiado na farda, sem entender nada de política e menos de administração pública. Antes de chegar ao meio do mandato, já arrumou uma corruptazinha e um pedido de impedimento rondando a porta do Palácio. Mas ao menos tem um consolo: vai igual a China, de “Mao” Tse Tung a Lin “Piao”.

       Na questão do Corona vírus, assunto do momento, ocupa as manchetes nacionais como o Estado onde o vírus encontrou terreno fértil e assim mesmo recebe adubação especial de incompetência, indecisão e falta de personalidade. Está transformando a Bela e Santa Catarina numa feia e pecadora.

       Quanto ao Legislativo, também pratica a política de cabo de guerra. Puxa para todos os lados, especialmente às vésperas de uma eleição municipal onde os impolutos parlamentares semeiam suas campanhas para colher em 2022. O Moisés, que recebeu a tábua e permitiu que lhe roubassem o 7º Mandamento, assiste a tudo passivo, lustrando os coturnos e a fivela do cinto. Investimentos, obras e manutenções, não é com ele, assim como a instalação de um mega depósito da Amazon.

 

       AQUI NA TERRINHA, então, muitos comentários nas redes sociais, enaltecendo as acirradas discussões legislativas que não levam a coisa alguma. Ou por outra: tentam levar para algum lugar, preferencialmente ao lado do único candidato a prefeito que surgiu até o momento. Os demais partidos políticos deste município fragmentado, de pouco mais de 25 mil eleitores, digladiam-se numa briga de foice no escuro para disputar a candidatura a vice-prefeito, cujas vantagens já identificadas são a de não gastar com campanha política e não ter responsabilidade por uma possível má gestão. Isto é um verdadeiro melzinho na chupeta. Até a próxima. 

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