758 - A ORIGEM DA BURICE II
NEM BEM o jornal chegou ao banheiro, lugar onde ele
e o escriba desta reles coluna deveriam estar, segundo desejo de um antes
político hoje notável aspone. É imperioso voltar ao tema para tratar das
origens da burrice, devido aos mais recentes acontecimentos. A burrice assola
este País varonil desde o descobrimento e depois, do Oiapoque ao Chuí.
Não é possível elaborar uma lista no sentido Norte/Sul ou Leste/Oeste,
ou ainda o Contrário. Mas como vivemos numa República e num sistema
supostamente democrático, têm-se que circunscrever as besteiras, asnices e
bobagens, que nossos orangotangos conseguem produzir. Malgrado os milhões de
analfabetos que habitam a terra de Cabral, a legião que consegue perceber o que
efetivamente se passa tem aumentado vertiginosamente.
O MOBRAL da atualidade tem contribuído sobremaneira com a alfabetização
do nosso povo. As cartilhas adotadas são os meios de comunicação, as redes
sociais e, pasmem, as Fake News, com menção honrosa aos cartunistas,
blogueiros, artistas e humoristas, que todos os dias nos enchem de alegria e
felicidade, além de vibrações contra ou a favor que enchem nossas sistema
venoso de adrenalina.
COMEÇANDO POR CIMA, o
périplo não poderia poupar o ilustre jabuti Presidente. Ainda hoje (05/05) foi
publicado nos meios de comunicação, que o Capitão Aposentado (vejam só!) teria
convocado seu estafe de três Generais quatro estrelas, buscando autorização
para mandar o Exército bloquear o Supremo Tribunal Federal, isto no mês de
fevereiro deste ano. Não é preciso dizer que os Generais não aprovaram a
infeliz ideia. A mim, modestamente, só resta dizer “bem feito”! Quem mandou
colocar um Capitão, reformado para não ser expulso, para comandar Generais. E
bem feito também aos quadreestrelados! Quem mandou submeter-se ao comando de um
Capitão sem noção. Pior que estes já conheciam a peça de outros carnavais.
Ao autor maior das sandices
deve também ser creditada a ideia de usar gás de ozônio aplicado pela via
“retal” para combater a pandemia. É o fim da picada o Bolsonaro promover o
encontro de seu Ministro da Saúde Interino com os defensores do uso do gás de
ozônio. Depois de responsabilidade pela morte de parte dos 100 mil que acreditaram
na Cloroquina, agora o Presidente abraça o ozônio para matar mais uma leva. O
engraçado é que a prevenção contra o coronavírus deve ser feita protegendo a
“inspiração” pelas vias respiratórias, e a proposta do ozônio é para proteger a
“expiração”. Quer dizer: matar o vírus na saída, decerto filtrando os “puns”!
Isto é demais para minha ignorância!
Na parte Legislativa o
quadro é desolador. Estabeleceu-se um cabo de guerra para disputar a
presidência da casa. É tragicômico, porque em uma ponta está a Direita e na
outra, a Esquerda. O Centrão que era para ser a turma do Bolsonaro, puxa
alternadamente para a direita e para a esquerda. Tomaram a grana do Jabuti e
treparam no muro, onde aguardarão a tremedeira do Bozo para levar mais grana.
O Senado, Ah Coitado, como
dizia a Filó num velho programa de humor.
Os principais medalhões, alguns com reeleições vitalícias foram banidos.
Outros, estão com o C. na rifa. Tiveram que aceitar um desconhecido, sem nome
nem sobrenome, para dirigir a casa que fora um centro de poder. Atualmente, não
fossem as trapalhadas do orangotango mor, passaria despercebida.
NA LINHA MÉDIA, o
quadro não é diferente. Mais um jabuti trepado na árvore, apoiado num partido
que nasceu e continua em estado de coma. A personalidade Bíblica chegou ao
poder apoiado na farda, sem entender nada de política e menos de administração
pública. Antes de chegar ao meio do mandato, já arrumou uma corruptazinha e um
pedido de impedimento rondando a porta do Palácio. Mas ao menos tem um consolo:
vai igual a China, de “Mao” Tse Tung a Lin “Piao”.
Na questão do Corona vírus,
assunto do momento, ocupa as manchetes nacionais como o Estado onde o vírus
encontrou terreno fértil e assim mesmo recebe adubação especial de
incompetência, indecisão e falta de personalidade. Está transformando a Bela e
Santa Catarina numa feia e pecadora.
Quanto ao Legislativo, também
pratica a política de cabo de guerra. Puxa para todos os lados, especialmente
às vésperas de uma eleição municipal onde os impolutos parlamentares semeiam
suas campanhas para colher em 2022. O Moisés, que recebeu a tábua e permitiu
que lhe roubassem o 7º Mandamento, assiste a tudo passivo, lustrando os
coturnos e a fivela do cinto. Investimentos, obras e manutenções, não é com
ele, assim como a instalação de um mega depósito da Amazon.
AQUI NA TERRINHA, então,
muitos comentários nas redes sociais, enaltecendo as acirradas discussões
legislativas que não levam a coisa alguma. Ou por outra: tentam levar para
algum lugar, preferencialmente ao lado do único candidato a prefeito que surgiu
até o momento. Os demais partidos políticos deste município fragmentado, de
pouco mais de 25 mil eleitores, digladiam-se numa briga de foice no escuro para
disputar a candidatura a vice-prefeito, cujas vantagens já identificadas são a
de não gastar com campanha política e não ter responsabilidade por uma possível
má gestão. Isto é um verdadeiro melzinho na chupeta. Até a próxima.
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