sábado, 18 de fevereiro de 2023

GUERRA E PAZ - 823 - 10.02.2023

 Por JAIME CAPRA 

Si vis pacem, para bellum, é um provérbio em latim que pode ser traduzido como "se quer paz, prepare-se para a guerra" O provérbio é geralmente interpretado como querendo dizer: paz através da força — uma sociedade forte sendo menos apta a ser atacada por inimigos. A frase é atribuída ao autor romano do quarto ou quinto século, Flávio Vegécio. Qualquer que seja a fonte, o provérbio se tornou um item de vocabulário que vive por si mesmo, utilizado na produção de ideias diferentes em vários idiomas. As palavras do próprio Vegécio nem sequer são reconhecidas por um grande número de escritores, que atribuem o ditado diretamente a ele. Esta frase também foi usada como mote pelo fabricante alemão de armas Deutsche Waffen und Munitionsfabriken (DWM) para designar a sua pistola “Parabellum”.

Não é possível saber quantas pessoas conhecem o provérbio, mas pode-se imaginar que não são muitos que conhecem seu real significado. Mas nunca é tarde para aprender.

 

       Imperioso transferir o provérbio para nossos dias atuais. O Brasil acabou de sair de uma situação de guerra que se mostrou frustrada no seu objetivo, porém com sensação de glória em termos de repercussão nacional e internacional. O governo Brasileiro deixou de ser pária para ser reconhecido internacionalmente num estalar de dedos. Assim, o atual presidente da república e o segmento que está no poder, passou de pária a herói. Nada mal para quem está começando.

O movimento encetado em 8 de janeiro provocou prejuízos patrimoniais e lucros políticos para o novo governo. É a lei da compensação. Agora, em que pese a disposição de promover a paz nacional, certamente o atual governo estará com a segunda parte do ditado acima referido, sobre sua mesa como se fosse um Missal em dia de Missa Solene.

 

E o Povo, onde fica? Vamos seguir com os provérbios, que desde a antiguidade delineiam, determinam e se comprovam. Este é em Italiano o que, de certa forma traduz a própria cultura Italiana, pródiga em provérbios. La vai ele: Il uomo, fà il suo destino!  Em tradução literal, significa: o ser humano faz (ou traça) o seu próprio destino.

Neste sentido, toda a movimentação do dia oito de janeiro foi de risco, porque ilegal. Há o direito constitucional da livre manifestação desde que pacífica e ordeira. No entanto os acontecimentos daquele dia comprovam que as manifestações não foram pacíficas e nem ordeiras, conforme divulgado pela mídia de todo o País e do exterior. Logo, quem lá esteve submeteu-se ao risco de ser responsabilizado e traçou seu próprio destino.

Há também a variável de que muitos que lá estiveram foram ludibriados por outros interesses dos quais não tiveram informações exceto a de uma simples manifestação.

De certa forma, o povo foi preparado por uma lavagem cerebral iniciada há próximo de 10 anos. Por questões outras, a questão econômica, política e administrativa do Brasil e do Mundo, não forma suficientemente interpretada pelo povo em geral devido ao baixo conhecimento, estudo e acompanhamento destas questões em nível nacional e internacional, sendo assim facilmente cooptado e enganado. Lamentável tudo isto, mas que sirva de lição.

 

E agora, José! Bem, o Brasil e o povo brasileiro de todos os matizes se encontra sob a égide de um novo governo, há pouco mais de 30 dias. O programa de governo se divide em cinco grandes eixos: A pacificação nacional, melhoria na distribuição da riqueza, preservação do meio ambiente, desenvolvimento com geração de empregos e ajuste econômico. Ainda é cedo para avaliações, mas o crédito existe, tanto na aprovação do governo quanto no movimento migratório de políticos mudando de lado para se aproximar do Governo. Imagina-se que estão sentindo o cheiro da brilhantina, como se dizia no passado. Quem assim não entender estará marginalizado, mesmo porque há todo um mecanismo à disposição e o atual governo conhece muito bem o provérbio “Si vis pacem, para bellum”.

Até a próxima.

 

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