Por JAIME CAPRA
Si vis pacem, para bellum, é um provérbio em latim que pode ser traduzido como "se quer paz, prepare-se para a guerra" O provérbio é geralmente interpretado como querendo dizer: paz através da força — uma sociedade forte sendo menos apta a ser atacada por inimigos. A frase é atribuída ao autor romano do quarto ou quinto século, Flávio Vegécio. Qualquer que seja a fonte, o provérbio se tornou um item de vocabulário que vive por si mesmo, utilizado na produção de ideias diferentes em vários idiomas. As palavras do próprio Vegécio nem sequer são reconhecidas por um grande número de escritores, que atribuem o ditado diretamente a ele. Esta frase também foi usada como mote pelo fabricante alemão de armas Deutsche Waffen und Munitionsfabriken (DWM) para designar a sua pistola “Parabellum”.
Não é possível saber quantas pessoas conhecem o provérbio, mas pode-se
imaginar que não são muitos que conhecem seu real significado. Mas nunca é
tarde para aprender.
Imperioso transferir o provérbio para
nossos dias atuais. O Brasil acabou de sair de uma situação de guerra que se mostrou
frustrada no seu objetivo, porém com sensação de glória em termos de
repercussão nacional e internacional. O governo Brasileiro deixou de ser pária
para ser reconhecido internacionalmente num estalar de dedos. Assim, o atual
presidente da república e o segmento que está no poder, passou de pária a
herói. Nada mal para quem está começando.
O movimento encetado em 8 de janeiro provocou prejuízos patrimoniais e
lucros políticos para o novo governo. É a lei da compensação. Agora, em que
pese a disposição de promover a paz nacional, certamente o atual governo estará
com a segunda parte do ditado acima referido, sobre sua mesa como se fosse um
Missal em dia de Missa Solene.
E o Povo, onde fica? Vamos seguir
com os provérbios, que desde a antiguidade delineiam, determinam e se
comprovam. Este é em Italiano o que, de certa forma traduz a própria cultura
Italiana, pródiga em provérbios. La vai ele: Il uomo, fà il suo destino! Em tradução literal, significa: o ser
humano faz (ou traça) o seu próprio destino.
Neste sentido, toda a movimentação do dia oito de janeiro foi de risco,
porque ilegal. Há o direito constitucional da livre manifestação desde que
pacífica e ordeira. No entanto os acontecimentos daquele dia comprovam que as manifestações
não foram pacíficas e nem ordeiras, conforme divulgado pela mídia de todo o
País e do exterior. Logo, quem lá esteve submeteu-se ao risco de ser
responsabilizado e traçou seu próprio destino.
Há também a variável de que muitos que lá estiveram foram ludibriados
por outros interesses dos quais não tiveram informações exceto a de uma simples
manifestação.
De certa forma, o povo foi preparado por uma lavagem cerebral iniciada
há próximo de 10 anos. Por questões outras, a questão econômica, política e
administrativa do Brasil e do Mundo, não forma suficientemente interpretada
pelo povo em geral devido ao baixo conhecimento, estudo e acompanhamento destas
questões em nível nacional e internacional, sendo assim facilmente cooptado e
enganado. Lamentável tudo isto, mas que sirva de lição.
E agora, José! Bem, o Brasil e o povo
brasileiro de todos os matizes se encontra sob a égide de um novo governo, há
pouco mais de 30 dias. O programa de governo se divide em cinco grandes eixos:
A pacificação nacional, melhoria na distribuição da riqueza, preservação do
meio ambiente, desenvolvimento com geração de empregos e ajuste econômico.
Ainda é cedo para avaliações, mas o crédito existe, tanto na aprovação do
governo quanto no movimento migratório de políticos mudando de lado para se
aproximar do Governo. Imagina-se que estão sentindo o cheiro da brilhantina,
como se dizia no passado. Quem assim não entender estará marginalizado, mesmo
porque há todo um mecanismo à disposição e o atual governo conhece muito bem o
provérbio “Si vis pacem, para
bellum”.
Até a próxima.
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