quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

STATUS QUO ANTE - Coluna GC 03.02.2017



STATUS QUO ANTE

*Tudo como dantes no quartel de Abrantes
       O falso moralismo da direita se manifesta em ações que a grande mídia apenas ignora. É o caso da "bolsa esposa" para os parlamentares federais custearem as viagens de suas esposas à capital federal, o que persiste até hoje.
       Em sua campanha para a presidência da Câmara Federal, Eduardo Cunha teve uma reunião com as esposas dos deputados em que a principal reivindicação era a garantia das passagens para que elas pudessem "acompanhar seus maridos". A deputada Nilda Gondim (PMDB-PB), foi a organizadora do evento que reuniu 20 esposas para "lutar para que o direito das mulheres às passagens seja novamente garantido".
       Com Eduardo Cunha "tudo volta a ser como dantes no quartel de Abrantes". Em sua campanha para a presidência da Câmara, incensado pela mídia para derrotar o candidato do governo, não colocou a proposta na sua plataforma, mas defendeu, com veemência, a autonomia e a independência do Legislativo. Agora temos clareza do que ele queria dizer com isso - a defesa das prerrogativas indefensáveis para parlamentares.
       A esperança é que o Ministério Público, tão eficiente no combate à corrupção no governo, seja também eficiente entrando com uma ação civil pública contra esta imoralidade aprovada pelo Presidente da Câmara Federal.

*O capim nosso de cada dia
       Louvores ao novo prefeito, que determinou o desmatamento na cidade de São Miguel do Oeste sem licença da FATMA, embora esta ainda não tenha seu gerente geral, perdido entre disputas de deputados e partidos.
       Mas o desmatamento ainda não chegou aos passeios próximos à Reunidas, na Waldemar Ramgrab. Estão tomados pelos mais diversos tipos de capim, como o amargoso, capim capeta, capim oferecido, pé de galinha e outros.
       O fato inusitado não é desleixo da administração municipal. É só falta de uso dos passeios, pois ninguém transita sobre eles. A choldra e os caminheiros preferem andar pelo acostamento da rua, disputando espaço com os veículos. Nem os conhecidos TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) assinados pelo prefeito, assumindo em nome da choldra o compromisso de fazer passeios públicos padronizados é capaz de fazer com que sejam utilizados. E ela que se lasque, antes que o Ministério Público proponha um TAC entre o povo e os passeios ociosos.
       Com a iminente implantação do estacionamento pago e a reorganização do tráfego, modestamente, esta coluna sugere que os automóveis transitem pelos passeios e os pedestres pelo meio das ruas. Assim, o capim será roçado sem qualquer custo, já que o mote da administração municipal é a economia a qualquer preço. Um mico a mais ou a menos, não faz qualquer diferença. Mas cuidado com a febre amarela.

*Colenda
       Nesta 17ª legislatura será mais difícil ouvir nos discursos uma adjetivação cheia de mesuras, que soa falso, tal como “Colenda casa do Povo, Vossa Excelência”, e outros salamaleques. Não porque serão abolidos. O motivo é que, seguindo orientação superior, o atual presidente do legislativo está propenso a economizar o custo das transmissões radiofônicas.
       De qualquer sorte, na apropriada lição de Eliasar Rosa, seria bom eliminar da linguagem uma adjetivação que nada acrescenta. Tudo isso são salamaleques, hoje vazios de significação verdadeira. Autênticos preciosismos são essas postiças reverências sem as quais em não fica sacrificada a cortesia do vereador nem a majestade do presidente e a dos que o servem com elevação, dignidade e lealdade.
       “A linguagem deve ser sóbria e parcimoniosa, clara, nobre, correta e persuasiva, que bem dispensa cumprimentos afetados, rapapés, adulações, bajulações e lisonjas”.

*A raposa
       A Polícia Civil do Paraná prendeu o ex-prefeito do município de Piên, Gilberto Dranka, acusado de mandar matar o prefeito eleito Loir Dreveck. Ao perceber o cerco dos agentes policiais, Dranka se escondeu no forro de sua casa.
       Não poderia ser diferente: quem anda pelo forro das casas é raposa, sempre sujeita a levar chumbo ou encher a cara de cachaça. O que se pode esperar do prefeito de um município com um nome desses... Piên! Coitados dos Pienenses!

*Vê se acontece...
       O Ministério da Fazenda autorizou a assinatura de um aditivo contratual com o Estado de Santa Catarina com base na Lei Complementar nº 148/2014, que permitiu a troca do indexador da dívida do Estado refinanciadas em 1997 e 2001.
       A correção que era pelo IGP-DI mais 6% ao ano passou para Selic ou IPCA mais 4% ao ano.
       Com a atualização, a dívida de Santa Catarina passou de R$ 9,61 bilhões para R$ 8,60 bilhões, uma redução de R$ 1,01 bilhão.
       Embora a lei tenha sido aprovada no fim de 2014, o valor pago a mais nesse período fica como crédito.
       Divulgados os valores, juros e correção monetária, chega-se à conclusão que o governador não têm lá tantos motivos para reclamações. Os juros são bem menores que os cobrados da choldra quando atrasa qualquer parcela de impostos, boletos, cartão de crédito, cheque especial, financiamento da casa própria e outros, e também bem menores que a inflação. É agora que o nosso Colombo vai inventar mais um fundo social qualquer para desviar o dinheiro que deveria investir em favor do povo e no pagamento da dívida com o Hospital Regional e também mande consertar as estradas.

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