sexta-feira, 19 de julho de 2019

714 – MUDANDO O DISCURSO


714 – 28.06.2019 – MUDANDO O DISCURSO
         De uns tempos para cá a imprensa crítica não faz outra coisa senão criticar o Governo. Estre espaço jornalístico de opinião está no lugar comum, onde a grande maioria da imprensa não alienada e nem comprometida politicamente com o governo, comenta, debate e opina sobre as ações governamentais que na maioria das vezes não passam de uma tentativa de ludibriar o povo com conversas para boi dormir, para usar uma expressão antiga e sempre atual. As ações governamentais propostas, sempre vem contra os interesses do povo. Se isto ocorre, a lógica indica que “se são contra os interesses do povo serão a favor dos interesses de alguém”. Disto não resta qualquer dúvida. Mas quem será esse “alguém”? Para apontar os beneficiários, primeiro é necessário mudar o discurso tornando-o mais direto e objetivo, ou seja: curto e grosso como dizem os gaúchos. Por isso, Fai attenzione al lupo che indossa la pelle d'agnello per ingannare la gente; Pass auf den wolf auf, der lammfell trägt, um die leute zu täuschen;  Cuidado com o lobo que veste pele de cordeiro para iludir o povo“!
 
FLEXIBILIZAÇÃO DO USO DE ARMAS
Se a segurança dos cidadãos brasileiros efetivamente fosse a preocupação do governo, a ação requerida seria o recolhimento de todas as armas que ainda se encontram em poder dos bandidos. Além desta ação, o contingente policial deveria ser aumentado, treinado e equipado, para fazer frente à organização dos bandidos, sem esquecer do patrulhamento das fronteiras e a redobrada fiscalização de portos e aeroportos oficiais e clandestinos.
O que fez o governo? Flexibilizou o uso de armas para quem não possui nenhuma habilidade com elas, transferindo a responsabilidade do Estado para o cidadão comum. Além disso, favorece o acesso ao armamento de milícias e organizações criminosas, permitindo que elas, através da criminalidade façam a justiça que o Estado não é capaz de fazê-la. Às escondidas, favorece a indústria armamentista e subliminarmente contribui para a eliminação de pobres, negros e outros segmentos sociais que segundo pensa o governo “só dão trabalho e não produzem nada”. Este é o verdadeiro projeto de armar a população que não sabe atirar e as milícias que fazem o trabalho sujo de eliminar os indesejáveis.
Menos mal que o Congresso Nacional, não se sabe exatamente por que motivo, vem resistindo, fazendo com que o governo recue do projeto. Mas calma aí gente: já se fala em novo projeto remendado. Pelo que se viu e se pode imaginar, não será muito diferente. Os objetivos estão postos: deixar os fortes cada vez mais fortes e eliminar os fracos, legal ou ilegalmente.

DESMONTE DA ECONOMIA NACIONAL
       A operação Lava Jato foi ótima. Revelou ao Brasil e ao mundo um assalto ao dinheiro público e privado, que juntos e interligados formaram uma corrente de ilegalidades. Mas como as coisas boas são efêmeras, no momento em que a justiça deveria alcançar a todos os corruptos, passou a agir seletivamente, eliminando os inimigos e protegendo os amigos. Até a justiça entrou na ciranda e vem se esgueirando sem qualquer escrúpulo em troca de cargos e proteções.
       Efetivamente, a conta será paga pelos mais fracos. Em primeiro plano, o dinheiro que foi roubado não voltou para os cofres públicos para realizar obras e serviços que foram subtraídos.
       Em segundo plano, a Lava Jato acabou quebrando as principais empresas construtoras brasileiras, deixando milhares de trabalhadores sem emprego. Foi uma verdadeira operação que matou a galinha dos ovos de ouro e a vaquinha que dava o leite para as crianças.
       Essas são as grandes obras dos grandes governos. Primeiro por manterem estruturas milionárias de tribunais de contas em todos os cantos do País, que não são menos corruptos e aproveitadores e não fiscalizam ninguém, ou melhor, só fiscalizam as Barras Bonitas e as Santas Rosas de Lima, municípios corumilhas. Os grandes sempre estão acima de quaisquer suspeitas.

Até a próxima

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