714 – 28.06.2019 – MUDANDO O DISCURSO
De uns tempos para cá a imprensa crítica não faz outra coisa senão criticar o Governo. Estre espaço jornalístico de opinião está no lugar comum, onde a grande maioria da imprensa não alienada e nem comprometida politicamente com o governo, comenta, debate e opina sobre as ações governamentais que na maioria das vezes não passam de uma tentativa de ludibriar o povo com conversas para boi dormir, para usar uma expressão antiga e sempre atual. As ações governamentais propostas, sempre vem contra os interesses do povo. Se isto ocorre, a lógica indica que “se são contra os interesses do povo serão a favor dos interesses de alguém”. Disto não resta qualquer dúvida. Mas quem será esse “alguém”? Para apontar os beneficiários, primeiro é necessário mudar o discurso tornando-o mais direto e objetivo, ou seja: curto e grosso como dizem os gaúchos. Por isso, “Fai attenzione al lupo che indossa la pelle d'agnello per ingannare la gente; Pass auf den wolf auf, der lammfell trägt, um die leute zu täuschen; Cuidado com o lobo que veste pele de cordeiro para iludir o povo“!
FLEXIBILIZAÇÃO DO USO DE ARMAS
Se a segurança dos cidadãos brasileiros efetivamente fosse a preocupação
do governo, a ação requerida seria o recolhimento de todas as armas que ainda
se encontram em poder dos bandidos. Além desta ação, o contingente policial
deveria ser aumentado, treinado e equipado, para fazer frente à organização dos
bandidos, sem esquecer do patrulhamento das fronteiras e a redobrada
fiscalização de portos e aeroportos oficiais e clandestinos.
O que fez o governo? Flexibilizou o uso de armas para quem não possui
nenhuma habilidade com elas, transferindo a responsabilidade do Estado para o
cidadão comum. Além disso, favorece o acesso ao armamento de milícias e
organizações criminosas, permitindo que elas, através da criminalidade façam a
justiça que o Estado não é capaz de fazê-la. Às escondidas, favorece a
indústria armamentista e subliminarmente contribui para a eliminação de pobres,
negros e outros segmentos sociais que segundo pensa o governo “só dão trabalho
e não produzem nada”. Este é o verdadeiro projeto de armar a população que não
sabe atirar e as milícias que fazem o trabalho sujo de eliminar os indesejáveis.
Menos mal que o Congresso Nacional, não se sabe exatamente por que
motivo, vem resistindo, fazendo com que o governo recue do projeto. Mas calma
aí gente: já se fala em novo projeto remendado. Pelo que se viu e se pode
imaginar, não será muito diferente. Os objetivos estão postos: deixar os fortes
cada vez mais fortes e eliminar os fracos, legal ou ilegalmente.
DESMONTE DA ECONOMIA NACIONAL
A operação Lava Jato foi ótima. Revelou
ao Brasil e ao mundo um assalto ao dinheiro público e privado, que juntos e
interligados formaram uma corrente de ilegalidades. Mas como as coisas boas são
efêmeras, no momento em que a justiça deveria alcançar a todos os corruptos, passou
a agir seletivamente, eliminando os inimigos e protegendo os amigos. Até a
justiça entrou na ciranda e vem se esgueirando sem qualquer escrúpulo em troca
de cargos e proteções.
Efetivamente, a conta será paga pelos
mais fracos. Em primeiro plano, o dinheiro que foi roubado não voltou para os
cofres públicos para realizar obras e serviços que foram subtraídos.
Em segundo plano, a Lava Jato acabou
quebrando as principais empresas construtoras brasileiras, deixando milhares de
trabalhadores sem emprego. Foi uma verdadeira operação que matou a galinha dos
ovos de ouro e a vaquinha que dava o leite para as crianças.
Essas são as grandes obras dos grandes
governos. Primeiro por manterem estruturas milionárias de tribunais de contas
em todos os cantos do País, que não são menos corruptos e aproveitadores e não
fiscalizam ninguém, ou melhor, só fiscalizam as Barras Bonitas e as Santas
Rosas de Lima, municípios corumilhas. Os grandes sempre estão acima de
quaisquer suspeitas.
Até a
próxima
Nenhum comentário:
Postar um comentário