DESCULPAS
Com as devidas desculpas
aos leitores desta coluna, embora às vezes me auto classifique de “reles
escriba” ou “colunista de banheiro” classificação gentilmente dada por um
ex-presidente da colenda câmara de vereadores de São Miguel do Oeste em tempos
em que só se preocupava com as “comendas”, é impossível escrever algo não
relacionada à política o que todos os colunistas deste País vem fazendo e,
principalmente, aos despautérios deste governo que se apossou do Brasil.
Mas,
antes disso, pretendo abrir um parênteses para dizer que a classificação dada
pela colenda câmara municipal obrigou este “reles escriba” a requerer o título
de “cidadão honorário”, tantas vezes fora citado nas sessões que deveriam
tratar dos interesses municipais, o que já esperado, foi indeferida a
pretensão.
FICANDO
BONITO
Os
“colunistas de banheiro”, assim como este, não sabem mais o que colocar em seus
espaços, tamanha é a produção da verdadeira fábrica de bobagens ditas para rir
e chorar. Os jornais e a mídia em geral não tem capacidade para absorver tantas
e tão extensas matérias. Numa mesma semana o presidente produziu uma meia dúzia
de manchetes tragicômicas. Censurou uma campanha publicitária do Banco do
Brasil que exaltava a diversidade cultural, étnica e comportamental, dizendo que
a massa quer respeito às famílias.
NA
BATIDA
No embalo, o ilustre
presidente bradou que o Brasil não pode ser um país do mundo e de turismo gay,
porque temos famílias. Sem medir as palavras, disse mais que, “quem quiser vir”
aqui fazer sexo com uma mulher, que fique à vontade, pode vir. Fez uma apologia
ao turismo sexual, dizendo que o heterossexual está liberado. Ele só não disse
com quem os turistas podem se deitar. Não excluiu nem a sua própria.
Lamentável. Profundamente lamentável um presidente de República Federativa com
mais de 8 milhões de Km2 de área e 210 milhões de habitantes submeter sua
população a tamanha vergonha.
O
QUE ESPERAR
O que se pode esperar de
um governo cujo guru foi astrólogo? Esperar que ele organize o horóscopo dos
brasileiros? O mapa astral do Bolsonaro e seus seguidores?
Num bestiário, é a
história união inusitada do astrólogo, do capitão que não deu certo, do juiz
que manipulava provas, do banqueiro que quer obrigar pobre a aplicar em fundo
previdenciário, do corretor de mercado financeiro que quer privatizar a
filosofia e a sociologia? Tem ainda o ministro do Meio Ambiente determinado a
transformar a Amazônia numa grande lavoura e o do Turismo, que invade o Meio
Ambiente e a Agricultura para plantar um grande laranjal eleitoral em Minas
Gerais. É muita loucura reunida em um só governo. Tudo em nome da Família, do
patriotismo, dos bons costumes e de Deus.
CONTRA
O POVO BRASILEIRO
A última bobagem que a
mídia ainda não explorou é o Decreto que acaba com o Horário Brasileiro de
Verão. Todos sabem, até os pardais de Barra Bonita, que o horário de verão não
tinha nada a ver com economia de energia elétrica. O que o povo brasileiro e os
próprios políticos queriam, era estender as tardes de sol por uma hora, para
aproveitar a abundância tropical e os mais de 7 mil quilômetros de costa
oceânica para curtir uma praia, evidentemente regada a cervejinha ou chope bem
gelado.
Aí, chega o glorioso
Bolsonaro e com uma canetada acaba com a alegria de São Paulo, Rio de Janeiro,
Salvador, Vitória, Florianópolis, mais as capitais do Nordeste que à reboque
praticavam o ócio em conjunto, só para fazer o brasileiro sofrer e os
comerciantes blasfemar. Não lhe basta o estoque de bobagens. Tem que dar nos
dedos. Este é um bom motivo para dizer “bem feito” especialmente aos cariocas e
florianopolitanos.
NO
ORIGINAL I
Essa vai escrita no
original, Foi publicada pelo jornal El Clarin da Argentina, em 26.04.2019 às
18h29min. Os leitores poderão traduzir a matéria, pois é relativamente fácil
fazê-lo.
“El presidente
brasileño Jair Bolsonaro advirtió que en ese país se producen
1000 amputaciones de pene al año "por
falta de agua y jabón".
Los comentarios de Bolsonaro generaron gran revuelo
en las redes sociales, donde rápidamente se recordó cuanto tiempo atrás
preguntó desde su cuenta en Twitter qué era la lluvia dorada después de haber
publicado un video obsceno cuestionando a algunos blocos de carnaval”.
NO ORIGINAL II
O LUMPESINATO NO PODER
– Le Monde
O lúmpen é
avesso a qualquer projeto de longo prazo, não é classe, não é coletivo, não é
nada. Atualmente, sua principal representação é o próprio presidente da
República: nunca representou um setor social específico, mas surfou em ondas de
insatisfação difusas. E agora quer ‘descontruir’ o país
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