NO
JORNAL
Como ultimamente, nesta república de bananas de povo que se
julga vira lata (segundo Nelson Rodrigues) tudo muda, também este reles escriba
foi agraciado com casa nova na página dois do semanário. Mas, o preço da
mudança veio subliminarmente com o encurtamento do espaço. Não faz mal. Nestes
tempos, quase tudo vem encurtando: economia, emprego, direitos previdenciários,
individuais, segurança (estão matando gente à esmo), salário. Só não encurta o
tempo para aposentadoria dos que mourejam pela sobrevivência, permanecendo
curto para a casta de privilegiados. Pudera: eles garantem a sobrevivência dos
seus “benfeitores”, no caso, os privilegiados cujo tempo permanece curto para
gozar da aposentadoria.
NO
PALÁCIO
Lá também houveram mudanças substanciais. A biblioteca foi
remodelada e o acervo substituído por bíblias; O museu adaptado aos novos
tempos com a inclusão de mosquetes, bacamartes, canhão manual, espingardas,
bigas etc. Nos guarda-roupas foram incluídos coturnos, polainas e fardas.
NA BIOGRAFIA
Com a decisão de servir aos governos Donald Trump e Benjamin
Netanyahu, é certo que tanto um quanto o outro financiaram a campanha de Jair
Bolsonaro, financeira e tecnologicamente.
Quanto
ao rumos do governo, a historiografia política não traz novidades, pois desde
1988 até os dias atuais, o agora presidente já passou por NOVE partidos políticos, todos radicais de direita. Só não foi
filiado à ARENA, partido mãe da ditadura militar, pois foi criado e extinto
antes que ele se insinuasse na política.
NA CASERNA
Começaram as revelações da vida pregressa do ilustre
presidente. Ingressou por mérito ao se classificar em uma das 38 vagas entre 40
mil inscritos. Mas seu amor incondicional pelo glorioso Exército Brasileiro não
durou muito. Envolveu-se na luta por melhores soldos aos militares dando
entrevistas, o que lhe rendeu 15 dias de masmorra. Articulou a explosão de
bombas nas instalações militares com o mesmo objetivo (melhores salários). A
carreira política livrou-o da expulsão e como prêmio, aposentou-se no glorioso
aos TRINTA E TRÊS anos de idade.
NO RIO DE JANEIRO
Casa nova para o impoluto Sergio Cabral, que de palácios e
mansões resolveu mudar-se para o conjunto habitacional de Bangu onde divide os
aposentos com oito de seus amigos. Ainda no Rio de Janeiro, moradores do
programa Tua Casa Minha Morte, viram sua moradia virar entulho. Alguns nem isso
viram pois ficaram embaixo.
Melhor
sorte teve o Presidente Lula, que pode ser tachado de nômade. Morou em São
Paulo, Brasília, no sítio de Atibaia, no duplex de Guarujá e agora vive em
segurança sob a proteção da Polícia Federal, com direito a cama, comida, roupa
lavada, telefone, televisão, jornais. É visitado fisicamente ou em pensamento
por milhões de brasileiros, todos com saudades dele. Isto que é sorte.
NEM OCA, QUEM DIRÁ ALDEIA
O povo Xavante recorrerá à ONU contra o governo de Jair
Bolsonaro. Numa queixa que será entregue ao Comitê das Nações Unidas para a
Eliminação da Discriminação Racial. Em Genebra, na sexta-feira, associações e
assessores jurídicos que representam o grupo indígena denunciarão o desmonte da
Funai e pedirão que obras de estradas planejadas para suas terras sejam
suspensas até que consultas possam ser realizadas.
Como Bolsonaro acabou com todas as
comissões e instâncias da sociedade que poderão lhe escarafunchar, os Xavantes e
outras tribos pretendem consultar os Pagés.
NEM NOVA YORK NEM NADA
Continua a Via Crúcis para encontrar um lugar onde
homenagear Jair Bolsonaro em Nova York. Já foi recusado no Museu Nacional e em restaurante
famoso daquela cidade. O motivo foi o excesso de cultura do homenageado, que
iria constranger os analfabetos do Museu e do Restaurante. Finalmente, ao que
parece, arranjaram-lhe um hotel. Talvez seja um onde se realizam lutas de MMA e
tenha cassino.
Não seria melhor trazer os “homenageantes” para o Rio de
Janeiro, na favela Rio das Pedras, onde as milícias comandam o espetáculo? Lá,
além de outras vantagens, em sendo Bolsonaro, haveria segurança absoluta.
MORAR NA VENEZUELA
O
presidente venezuelano Nicolás Maduro disse que Donald Trump não alcançará seus
objetivos de morar na Venezuela. Trump não passará, disse. Disse também que
para neutralizar a tentativa de golpe, Caracas está rompendo relações
diplomáticas com os Estados Unidos. Eles que morem no Alaska, disse.
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