COMPRADOR DE BONDE - 702
Um parente gaúcho, bolsominion
doente que acreditou no sem noção pensando que iria consertar o Brasil, mandou
uma mensagem para esta coluna enaltecendo a deputada Alê Silva, do PSL, eleita
por Minas Gerais pelo fato de ter usado a verba destinada à mudança de
residência de Minas para Brasília, no valor de R$ 33.000,00. Com o dinheiro,
adquiriu cadeiras de rodas, poltronas para banheiro e outras quinquilharias,
doando-as aos hospitais da região de sua influência. Meu parente achou isto um
ato extraordinário.
Como
este reles colunista de banheiro segundo palavras de meus leitores “mui amigos”
não nasceu ontem, não resistiu à tentação de responder a mensagem nos seguintes
termos: “a deputada está fazendo reverência com chapéu alheio (dinheiro do
povo) como você mesmo diz, e você acha maravilhoso. Que falta de imaginação! Você
não percebeu que ela está se preparando para a reeleição? Só não vê quem é
tapado, comprador de bonde, igual aos mineiros que a elegeram.
IMITANDO O LULA
Ao contrário do que disse nesta
segunda-feira, o presidente em exercício, general Hamilton Mourão, afirmou
nesta terça-feira que o presidente Jair Bolsonaro não tinha ciência da
divulgação do vídeo pró-golpe por canais da Secretaria de Comunicação do
Palácio do Planalto no WhatsApp. "Em tese, ele deveria saber. Agora
sei que ele não sabia", declarou Mourão.
Ontem, ao ser questionado sobre se
achava certa a divulgação de um vídeo exaltando o golpe militar de 1964, Mourão
respondeu: "Decisão do presidente. Foi divulgado pelo Planalto, é
decisão do presidente".
O staff da presidência da república
deve estar com saudades do Lula, que embora preso continua fazendo escola. Eles
já aprenderam a dizer que não sabiam de nada. O impoluto vice presidente da
República, que parecia um militar fora de combate, vestiu a gandola e calçou os
coturnos e saiu por aí mourejando o lugar comum dos incompetentes: falar o que
lhe vem à cabeça.
TIRO NO PÉ
Pegou mal entre os países árabes a decisão de Jair Bolsonaro
de instalar um escritório de cooperação comercial e diplomática em Jerusalém,
capital disputada entre Israel e Palestina. Após a repercussão, o presidente se
propôs a se reunir com líderes árabes e esclarecer a posição do Brasil.
Para o professor de Direito Internacional da Universidade
Mackenzie, Clayton Vinícius Pergoraro, a visita do mandatário brasileiro a
Israel deveria ter se focado em questões de fortalecimento da cooperação
tecnológica, transferência de know how militar e oportunidades para o
agronegócio. Ele classificou a decisão de instalar o escritório em Jerusalém
como "potencialmente desastrosa.
Maior
exportador de carne do mundo — aquela na qual o abate do animal segue os
preceitos muçulmanos —, o Brasil poderá ser retaliado com embargos por nações
árabes que apoiam a Palestina. Em decorrência do problema, Pergoraro aposta em
um acordo com os Emirados Árabes "por questões de negócios e também por
uma questão de turismo e estratégica, sem descartar a possibilidade de reunião
com a Arábia Saudita e outros países que congregasse a conversa".
SEM
NOÇÃO
Em vez de considerar uma honra
e um privilégio ter sido eleito para presidir o Brasil, Jair Bolsonaro disse na
manhã desta quarta-feira que a Presidência é um "abacaxi" e que
"graças a Deus" ficará por pouco tempo. Bolsonaro disse, ainda, que
está apenas "tocando o barco". A declaração de Bolsonaro é no mesmo
espírito da proferida pelo ministro da Educação, de que a pasta da qual é
responsável também é um "abacaxi".
Imagina ficar o tempo todo com esse
abacaxi, disse Bolsonaro pouco antes de retornar da viagem oficial a Israel.
A afirmação sobre a Presidência da República ser um
"abacaxi" foi feita após repórteres questionarem se a visita a Israel
tinha alguma relação com a tentativa de reeleição do primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu.
MENTECAPTO
Ao comentar a declaração do
senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que em seu perfil no Twitter disse: “quero que
o movimento palestino Hamas se exploda", o ex-ministro Ciro Gomes disse
que o filho do presidente é um "mentecapto" que prejudica o país
e atrapalha a paz interna dos brasileiros.
O Senado tem que levar este irresponsável à comissão de ética!
Este mentecapto, filho de um presidente totalmente despreparado, afirmou Ciro
Gomes nas redes sociais. Segundo Ciro Gomes, a afirmação de Flavio Bolsonaro
prejudica o Brasil em duas frentes: o comércio exterior e a paz interna.
NÃO DÁ
MAIS
"Chega! Chegamos ao
limite! Não dá mais! Acabou a paciência!". Foi desta maneira que
o o deputado ruralista Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da
Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), dirigiu-se nesta terça-feira aos
líderes do governo no Congresso e na Câmara, Joice Hasselmann (PSL-SP) e Vitor
Hugo (PSL-GO); motivo foi a mensagem de ódio contra o movimento palestino
Hamas, publicada nas redes sociais por Flávio Bolsonaro, que mais uma vez
ameaça as exportações brasileiras para o mercado árabe.
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