sexta-feira, 5 de abril de 2019

COMPRADORES DE BONDES


COMPRADOR DE BONDE - 702
       Um parente gaúcho, bolsominion doente que acreditou no sem noção pensando que iria consertar o Brasil, mandou uma mensagem para esta coluna enaltecendo a deputada Alê Silva, do PSL, eleita por Minas Gerais pelo fato de ter usado a verba destinada à mudança de residência de Minas para Brasília, no valor de R$ 33.000,00. Com o dinheiro, adquiriu cadeiras de rodas, poltronas para banheiro e outras quinquilharias, doando-as aos hospitais da região de sua influência. Meu parente achou isto um ato extraordinário.
       Como este reles colunista de banheiro segundo palavras de meus leitores “mui amigos” não nasceu ontem, não resistiu à tentação de responder a mensagem nos seguintes termos: “a deputada está fazendo reverência com chapéu alheio (dinheiro do povo) como você mesmo diz, e você acha maravilhoso. Que falta de imaginação! Você não percebeu que ela está se preparando para a reeleição? Só não vê quem é tapado, comprador de bonde, igual aos mineiros que a elegeram.

IMITANDO O LULA
Ao contrário do que disse nesta segunda-feira, o presidente em exercício, general Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira que o presidente Jair Bolsonaro não tinha ciência da divulgação do vídeo pró-golpe por canais da Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto no WhatsApp. "Em tese, ele deveria saber. Agora sei que ele não sabia", declarou Mourão.
Ontem, ao ser questionado sobre se achava certa a divulgação de um vídeo exaltando o golpe militar de 1964, Mourão respondeu: "Decisão do presidente. Foi divulgado pelo Planalto, é decisão do presidente".
O staff da presidência da república deve estar com saudades do Lula, que embora preso continua fazendo escola. Eles já aprenderam a dizer que não sabiam de nada. O impoluto vice presidente da República, que parecia um militar fora de combate, vestiu a gandola e calçou os coturnos e saiu por aí mourejando o lugar comum dos incompetentes: falar o que lhe vem à cabeça.

TIRO NO PÉ
       Pegou mal entre os países árabes a decisão de Jair Bolsonaro de instalar um escritório de cooperação comercial e diplomática em Jerusalém, capital disputada entre Israel e Palestina. Após a repercussão, o presidente se propôs a se reunir com líderes árabes e esclarecer a posição do Brasil.
       Para o professor de Direito Internacional da Universidade Mackenzie, Clayton Vinícius Pergoraro, a visita do mandatário brasileiro a Israel deveria ter se focado em questões de fortalecimento da cooperação tecnológica, transferência de know how militar e oportunidades para o agronegócio. Ele classificou a decisão de instalar o escritório em Jerusalém como "potencialmente desastrosa.
Maior exportador de carne do mundo — aquela na qual o abate do animal segue os preceitos muçulmanos —, o Brasil poderá ser retaliado com embargos por nações árabes que apoiam a Palestina. Em decorrência do problema, Pergoraro aposta em um acordo com os Emirados Árabes "por questões de negócios e também por uma questão de turismo e estratégica, sem descartar a possibilidade de reunião com a Arábia Saudita e outros países que congregasse a conversa".

SEM NOÇÃO
       Em vez de considerar uma honra e um privilégio ter sido eleito para presidir o Brasil, Jair Bolsonaro disse na manhã desta quarta-feira que a Presidência é um "abacaxi" e que "graças a Deus" ficará por pouco tempo. Bolsonaro disse, ainda, que está apenas "tocando o barco". A declaração de Bolsonaro é no mesmo espírito da proferida pelo ministro da Educação, de que a pasta da qual é responsável também é um "abacaxi".
Imagina ficar o tempo todo com esse abacaxi, disse Bolsonaro pouco antes de retornar da viagem oficial a Israel.
A afirmação sobre a Presidência da República ser um "abacaxi" foi feita após repórteres questionarem se a visita a Israel tinha alguma relação com a tentativa de reeleição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

MENTECAPTO
       Ao comentar a declaração do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que em seu perfil no Twitter disse: “quero que o movimento palestino Hamas se exploda", o ex-ministro Ciro Gomes disse que o filho do presidente é um "mentecapto" que prejudica o país e atrapalha a paz interna dos brasileiros.
       O Senado tem que levar este irresponsável à comissão de ética! Este mentecapto, filho de um presidente totalmente despreparado, afirmou Ciro Gomes nas redes sociais. Segundo Ciro Gomes, a afirmação de Flavio Bolsonaro prejudica o Brasil em duas frentes: o comércio exterior e a paz interna.

NÃO DÁ MAIS
       "Chega! Chegamos ao limite! Não dá mais! Acabou a paciência!". Foi desta maneira que o  o deputado ruralista Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), dirigiu-se nesta terça-feira aos líderes do governo no Congresso e na Câmara, Joice Hasselmann (PSL-SP) e Vitor Hugo (PSL-GO); motivo foi a mensagem de ódio contra o movimento palestino Hamas, publicada nas redes sociais por Flávio Bolsonaro, que mais uma vez ameaça as exportações brasileiras para o mercado árabe.

Nenhum comentário: