quarta-feira, 22 de junho de 2022

O PREÇO DA VIDA – 17.06.2022

 805 – O PREÇO DA VIDA – 17.06.2022

 

1 Nesta quarta-feira (22), a Polícia Federal prendeu o ex-ministro Milton Ribeiro, por suposto envolvimento em esquemas de corrupção e de tráfico de influência durante seu cargo no comando do Ministério da Educação. Além dele, também existem mandados de busca e apreensão contra pastores-lobistas envolvidos na trama, Arilton Moura e Gilmar Santos, suspeitos de liberação ilegal de recursos do MEC para prefeituras.

Entre as acusações, relata-se que os pastores cobravam para intermediar a liberação de recursos para as escolas. De acordo com relatos de prefeitos para o Estadão, eles eram abordados pelos religiosos na hora do almoço, puxando uma conversa informal como um gancho para oferecer descontos na propina que cobravam.

Segundo o professor Kelton Pinheiro (Cidadania), prefeito de Bonfinópolis (GO), Arilton teria oferecido um desconto de 50% no pedido da propina durante um almoço em Brasília, e teve o aval de Gilmar. Na conversa, Arilton diz: ”vou lhe fazer por R$ 15 mil porque você foi indicado pelo pastor Gilmar, que é meu amigo. Pros outros aqui, o que estou cobrando é R$ 30 mil”.

Essa proposta teria acontecido após uma reunião de Kelton com o até então ministro, Milton Ribeiro, e segundo ele, os pastores estavam sentados ao lado do ex-ministro e logo em seguida deram início ao diálogo.

Além do desconto na propina, outros pastores relataram terem recebido pedidos de pagamento em dinheiro e até em ouro para que os pastores liberassem o valor necessário para as escolas e creches. Segundo Gilberto Braga (PSDB), prefeito do município de Luís Domingues (MA), Arilton solicitou R$ 15 mil e um quilo de ouro depois de intermediar os recursos.

”Ele [Arilton] disse, ”trás um quilo de ouro para mim”. Eu fiquei calado. Não disse nem que sim e nem que não”, contou Braga, que disse não ter aceitado a proposta, ao Estadão. A conversa aconteceu logo após uma reunião com Milton Ribeiro, em Brasília, no horário do almoço.

Ainda segundo o prefeito, o papo era muito ”aberto”, na frente de todos, inclusive de outros prefeitos, e o pastor chegava a falar quantos ”milhões” ele mandou para outros políticos que estavam presentes só para protocolar as verbas do MEC (Ministério da Educação). 

       Amazônia Real – Você buscou asilo para não morrer?- Não sou covarde. Eu saí porque essa bola estava cantada. Não sei por que o Bruno foi entregar esse dossiê para o MPF e o DPF. E os caras mandaram o “Pelado”, o “Churrasco” e os outros bandidos lá para resolver.

        Amazônia Real – Você foi ameaçado muitas vezes?

- Na Funai, no nosso cargo, quando a gente faz a repressão ao crime ambiental e à invasão, a ameaça é constante. Na Funai tem uma tradição: os mais combativos fazem rodizio para se preservar. Em Marabá, fui ameaçado dentro da Assembleia Legislativa.

 

3. Quanto vale uma vida? Considerando as ocorrências na Vila Cruzeiro e no Jacarezinho (Rio de Janeiro) onde 52 negros e pobres foram assassinados pelas autoridades fardadas, uma vida vale nada e 52 valem 52 vezes menos.

 

4. Quanto valia a vida de Genivaldo? Genivaldo de Jesus Santos, que sofria de esquizofrenia, teve mãos e pés amarrados, morreu por asfixia após ter sido trancafiado no camburão da Polícia Rodoviária Federal sob efeito de gás de pimenta e lacrimogêneo, em Umbaúba-SE. O motivo da ação foi o fato de Genivaldo andar de motocicleta sem capacete.

Desde 24 de junho de 1928, quando foi criada, a então Patrulha Rodoviária, esta veio ampliando sua atuação. Atualmente possui poder de polícia fardada e armada e até dedica-se a organizar manifestações políticas, como é o caso da nossa ridícula “Chega de Esmolas”. Não demora vai governar o Brasil.

 

5. Quanto vale nosso futuro? Considerando o atual estado de repressão em vigor, só haverá futuro para quem diz “Amém”! Recentemente, com a criação de escolas “cívico-militares” o futuro das nossas crianças será a ordem unida, a hierarquia e a disciplina. Nada de filosofia, história, geografia e ciências, isto considerando que os “mestres” convocados para a cátedra acham que desempregado é vagabundo e bandido bom é bandido morto.

Até aa próxima e... “attenti al lupo èh”

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