COM LICENÇA
O tema não é novo. O primeiro a abordá-lo, e para isso é
preciso ter coragem, foi o colega colunista Roger Brunetto. Por isso peço-lhe
licença para utilizá-lo.
É comum nos dias atuais alguns riquinhos emergentes, cuja
origem de sua riqueza não pode ser divulgada, dirigir-se aos seus desafetos, de
dentro de seus carrões, em tom de chacota, gritando “viva o PT; viva a Dilma”.
Não se discute preferências partidárias e muito menos
ideológicas. O que se discute, afinal, é a pertinência das observações
proferidas por quem não possui um considerável portfólio de honestidade,
conduta ilibada, patriotismo e brasilidade.
Se a presença da Dilma à frente do governo do País em que se
vive incomoda tanto, é tempo de mudar-se para a Alemanha, onde, seguramente,
será muito mais fácil sonegar impostos e enriquecer de modo repentino
utilizando métodos pouco convencionais. Porém, se a presença de adversários
políticos ou ideológicos é o que incomoda, a opção poderá ser uma mudança para
Minas Gerais, terra de Aécio Neves, onde se poderá praticar a corrupção e a
falcatrua longe do alcance da justiça.
A ELITE NÃO É FÁCIL
A elite brasileira entende que o programa
de moradias populares em São Paulo anda a passos de tartaruga na gestão de
Fernando Haddad do PT. Para justificar sua ganância, faz o sacrifício de
defender os pobres da moradia. O representante mor da elite cochinha, a Folha
de São Paulo “descobriu” que o governo paulistano do PT gasta fortunas com o
bolsa aluguel, que atende aproximadamente 30 mil famílias com o valor de R$
400,00 mensais. Não deixou de mencionar que “antes”, a bolsa era de R$ 300,00
mensais.
Para quem se diverte com as matérias
elitistas que são um engodo quando defendem pobres, é só dar uma olhada no
sítio http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/09/1682252-moradia-popular-patina-e-gasto-de-bolsa-aluguel-sobe-44-com-haddad.shtml?cmpid=newsfolha. De forma subjacente a Folha de São Paulo defende os
pobres, quando o objetivo é atacá-los e a quem os defenda. No frigir dos ovos,
a elite quer mesmo ganhar mais e pagar menos.
EMBATES
A quem convém relegar os embates na
colenda às questões pessoais? Somente à desastrada administração municipal,
pois esta só é competente na fofoca e nas promessas não cumpridas. Aliás, neste
quesito, está no “pódio” há três anos.
O povo é sábio. Tem consciência que os
ataques pessoais aos vereadores de oposição representam iniciativas articuladas
para encobrir a incompetência. Sabe também que o núcleo político que hoje está
no poder é especialista na prática da fofoca sorrateira e no favorecimento aos
seus iguais, que em termos de conceito pessoal representam a escória.
MAIS IMPOSTOS
O Governo Federal está numa sinuca de
bico. Precisa urgente estagnar o déficit público que compromete a
governabilidade e a economia. As soluções para o caso passam pelo aumento das
receitas e/ou redução das despesas. Não há outras formas, mesmo mirabolantes.
Ao aumento das receitas (impostos)
opõe-se a elite capitalista, pois sabe que está na idéia do governo aumentar o
imposto sobre grandes fortunas e os grandes lucros ou reeditar a CPMF, tributos
estes que saem direto dos cofres dos ricos.
O corte nas despesas que a elite coxinha gostaria de ver
adotado é a redução drástica nos benefícios sociais, pois entende que os pobres
só atrapalham a economia e sua eliminação pura e simples seria um favor para o
Brasil. Rechaça o corte nos investimentos, pois além de funcionarem como uma
alavanca para o desenvolvimento, enche as burras das empreiteiras sedentas por
recuperar as perdas na Lava Jato.
Deixando de lado as opiniões ideológicas, cada vez mais
especialistas e autoridades em economia defendem um ligeiro aumento da CIDE
para sessenta centavos de Real em cada litro de combustível, gerando uma
receita adicional de 20 bilhões de Reais entre a própria e o ICMS. Caso isso se
efetive, a necessidade de cortes nas despesas ficaria reduzida à metade.
De uma coisa, pelo menos, a atual crise política e econômica,
aliada ao desmantelamento de focos de corrupção vem servindo: a população
brasileira, seja através da imprensa coxinha ou reacionária ou através de
colunistas de banheiro como este reles escriba, tem condições de avaliar tudo o
que se diz ou escreve e compreender, finalmente, algumas das principais mazelas
de um País de desenvolvimento tardio e excludente feito o Brasil.
VAI CAIR A FICHA
Na marra, a também gloriosa CELESC terá que entrar nos eixos
e economizar 140 milhões de reais até 2017, sob pena de perder o direito de
distribuir energia elétrica no Estado.
Há males que vem para o bem. Espera-se que nesse País,
corroído pela corrupção centenária (não cito milenar porque ainda não fechamos
nosso primeiro milênio) alguém comece a cobrar seriedade. No caso, a ANEEL
(Agencia Nacional de Energia Elétrica) cobra da nossa CELESC o mínimo de
seriedade. Atualmente a empresa gasta R$600 milhões por ano só com a folha de
pessoal, o que representa 80% dos custos da energia. Nesse valor não estão
incluídos os contratos com prestadores de serviço que efetivamente trabalham
para manter o sistema em pé. Salvo melhor juízo, a maior parte do astronômico
valor é gasta no setor administrativo.
Seria o caso da ANA – Agência Nacional de Águas – também
abrir o verbo contra os desmandos na gloriosa CASAN, que consome a maior parte
de seu orçamento na distribuição de benesses a alguns de seus servidores e
dirigentes, sem contar as auferidas à margem da lei. A propósito, sabe-se que
tramita no Ministério Público de São Miguel do Oeste um inquérito civil público
para apurar atos de benefícios sem causa conquistados por mãos leves. Pelo que
se sabe, o tal inquérito vem tramitando a passos de tartaruga com as pernas
engessadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário