sexta-feira, 23 de outubro de 2015

SOLUÇÕES



SOLUÇÃO DO PSDB
O PSDB, partido de um dos símbolos da fauna brasileira, “ícone” do respeito e da honestidade, interessadíssimo em solucionar o problema da crise brasileira, tem a receita certa para colocar o País nos trilhos. Ela vem de seus expoentes máximos Gustavo Franco e Armínio Fraga, pensadores descendentes de Fernando Henrique Cardoso, e foi publicada na coluna de Ilimar Franco no jornal O Globo, acima de qualquer suspeita.
A receita é reformar o PIS/COFINS, unificar o ICMS, aposentar-se aos 65 anos; desvincular recursos na saúde e educação, revisar a estabilidade no setor público, dar um pontapé na lei trabalhista acertando tudo por acordo, desvincular as aposentadorias do salário mínimo e manter o fator previdenciário.
O objetivo da receita é preparar o plano de governo para uma possível tomada do poder no terceiro turno através do golpe do impeachment.
Com uma receita dessas de melhorias modernas para o andar de cima, o povo, com certeza, haverá de pensar que é muito melhor ficar com a Dilma e seus 40 ladrões, do que introduzir mais alguns banqueiros e grandes empresários neste bota fora.

SOLUÇÃO DO JUDICIÁRIO
       O Brasil já teve alguns “santos” que iriam salvá-lo. Um dos últimos foi Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF, algoz do PT no mensalão. Depois de prestar seus serviços, foi condenado ao ostracismo pela aposentadoria compulsória. Vieram outros como Gilmar Mendes, membro efetivo e vitalício graças a uma manobra de Eduardo Cunha que empurrou a puberdade de Mendes para o resto de sua vida. Com isso Gilmar Mendes poderá atacar o PT e defender o PSDB no STF, o qual vem se transformando num partido político.
O último milagreiro é o STF que resolveu fatiar as investigações da corrupção, em departamentos, dando uma fatiazinha para cada investigador e tirando o prato de Sergio Moro e Rodrigo Janot.
Ocorre que o Juiz e o Procurador Geral estão chegando muito perto de outros núcleos de corrupção que não sejam exclusivamente do PT. Isto coloca os pregoeiros do golpe de orelhas em pé, tendo que urgentemente tomar providências através da suja política brasileira. Sem o fatiamento do STF, sobrarão poucos políticos para contar a história deste nefasto momento por que passa a política brasileira.

SOLUÇÃO DO PMDB
       O PMDB é o próprio Circo Victor Hugo Cardinali, onde seu proprietário e principal artista circense Victor Hugo Cardinali Júnior apresenta os seus “Cavalos em Liberdade”. No espetáculo, o artista “brinca” com seis cavalos adestrados, três brancos e três alazões, fazendo com que os animais fiquem de joelhos, troteiem pelo picadeiro e façam coreografias diversas. Em momentos especiais e no ápice do espetáculo, o artista fica em pé sobre o lombo de um ou até dois cavalos que troteiam faceiros pelo picadeiro.
       O espetáculo circense é o próprio congresso nacional, onde o PMDB dá espetáculos, fazendo dos partidos de quem se diz aliado os verdadeiros cavalos de circo. Como na prática partidária, sempre há um cavalo disposto a carregá-lo sobre o lombo, sem ofensas aos animais. No atual momento, brinca com o PSDB, o cavalo com asas e bico comprido. Brinca também com parte de seus próprios pangarés e com mais alguns petiços matungos famintos por pegar um naco de alfafa deste quintal chamado Brasil. Esta é a verdadeira crise que a mídia reacionária e golpista tenta mascarar para consumo do povo.

SOLUÇÃO DO NÚCLEO DO PODER
       O núcleo do poder da República pensa em solucionar a crise política resolvendo a crise econômico/financeira. Até os pardais com uma asa cortada de Barra Bonita sabem que a economia é cíclica e como tal se divide em ciclos virtuosos e viciosos. O Brasil chegou nessa situação por conta de um ciclo virtuoso fabricado sobre bases não adequadas, mormente a infra-estrutura defasada, para suportar o incremento no PIB. Todos os cadernos escolares classificam o desenvolvimento nacional como sendo tardio e excludente. Só o governo ainda não sabe disso. Todas as cartilhas de economia trazem estampadas em suas páginas os riscos de uma economia entregue nas mãos do mercado, cujo nome atrativo atende por “liberalismo econômico.
       A história fala de um momento histórico onde o tal liberalismo foi experimentado e não deu certo. Mas foi tentado novamente sob esta roupagem de “neoliberalismo”, que qualquer brasileiro sabe seu significado.
       A principal acusação imputada ao atual governo, é a quebra dos ditames capitalistas, com tendência para o socialismo bolivariano e comunista. Isto é uma meia verdade.
       O Brasil, na mão do PT nunca foi tão capitalista, patrimonialista e lucrativista quanto no atual momento. A ditadura do capital é um risco à democracia. A Grécia, berço dela, está dando um passo atrás impondo alternativas de governo, cuja grafia possui algumas letras de Lênin.

SOLUÇÃO DOMÉSTICA
       Aqui no quintal de casa, a solução para a crise política passa pelo refúgio de políticos, bem ao exemplo dos refugiados sírios.
       “Fuja e não olhe para trás, foi a ordem dada a Ló e sua família quando estavam saindo de Sodoma, cidade que seria alvo do Juízo Divino”.
       O final do mês de setembro é o prazo fatal para que nossos políticos “sírios” ou da “família de Ló” fujam de seus partidos.
       As escrituras de boteco dão conta que uma grande migração está em curso: a presidenta da colenda estaria migrando para LINS (Lugar Incerto e Não Sabido). Há comentários sobre uma plumagem de tucano, uma possível “república” ou a “social democracia”. Mas como na política tudo acontece, não se pode desconsiderar que pelo PMDB poderá passar um cavalo encilhado, pois a fuga de Albert Einstein para os Estados Unidos foi danosa à Alemanha.
       O PDT tem vagas. É um partido trabalhista que trabalha. O suplente Raul Gransotto estaria com as ferramentas prontas para trabalhar. O PSB ficaria desfalcado de seu principal nome, assim como o PR, que despacharia seus dois expoentes também para junto dos trabalhistas. O projeto especulativo recolocaria os trabalhistas no rumo, já que o DNA do PMDB estaria preservado embora a saída de Moacir Fiorini.

Nenhum comentário: